Bela Flor - Romance gay romance Capítulo 5

Resumo de Capítulo cinco: Bela Flor - Romance gay

Resumo de Capítulo cinco – Uma virada em Bela Flor - Romance gay de Evy Maze

Capítulo cinco mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Bela Flor - Romance gay, escrito por Evy Maze. Com traços marcantes da literatura Erótico, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

É quase dez da noite quando decido enfim erguer meu corpo do chão para desligar a TV e caminhar de volta ao meu quarto.

Eu penso em deitar e fingir que dormi, mas é o som alto de batidas em minha porta que me fazem bufar mais uma vez aquela noite quando eu sequer consegui realmente chegar até a cama. Giro sobre meus calcanhares, rumando de volta para a sala, indo até a porta para abri-la e dar de cara com Kim Taeshin.

ㅡ Eu te odeio... ㅡ falo quando abro e o vejo sorrir.

ㅡ Odeia nada. ㅡ ele estala a língua entra.

Eu o observo caminhar até meu sofá, e lá, abrir a bolsa que trouxe consigo.

ㅡ Aqui, veste. ㅡ e ergue as roupas para mim.

Busco sem dizer nada e observo as peças.

É uma camisa social branca transparente.

TRANSPARENTE!

ㅡ Nem fodendo. ㅡ digo, negando.

ㅡ Usa isso aqui também. ㅡ tira um cinto preto, totalmente exagerado, e uma pequena gargantilha.

Nego, olhando tudo, mas busco a calça também.

ㅡ Não vai caber em mim. ㅡ falo olhando-a. ㅡ vai ficar folgada, sua bunda é maior que a minha.

Taeshin analisa, mordendo o lábio inferior.

ㅡ Então usa a guerreira, sua bundinha vai ficar empinada.

ㅡ Taeshin ... ㅡ eu choramingo. ㅡ O Park vai mesmo estar lá?

ㅡ Jaejun, que coisa. Ele não vai te pegar a força ou algo assim. É uma social.

ㅡ Eu sei que ele não vai, se ele tentar algo assim, eu chuto as bolas dele. Mas é que eu não quero ir...

ㅡ Não quer mesmo? ㅡ ele me olha. ㅡ Ok, não vá.

Quando vejo Taeshin ficar de pé, buscar o celular, e começar a caminhar em direção a porta, eu sinto um desespero tão grande, que apenas me pôr à frente dele e o segurar pelos ombros foi o que pensei.

ㅡ Tá bom, eu vou...

ㅡ Vai porque quer? Porque se não quiser ir, pode ficar em casa mesmo. A gente só quer mesmo se divertir.

ㅡ Eu vou... ㅡ falo, suspirando. ㅡ Eu só... estou com medo ainda...

Vejo Taeshin desmanchar a marra e amolecer, tocando em meu pulso com delicadeza.

ㅡ Medo do quê? ㅡ ele pergunta e caminha de volta ao sofá comigo. Sento ao seu lado, encolhendo meus ombros.

ㅡ Eu não sei, mas estou confuso...

ㅡ Por causa do beijo?

ㅡ Mais ou menos...

ㅡ Desabafa comigo. ㅡ ele pede e me puxa para que eu deite minha cabeça em seu colo. Eu rio, mas deito sem cogitar.

ㅡ Eu passei o dia pensando nele. ㅡ falo, encarando o teto.

ㅡ No Park? ㅡ assinto e até encolho um pouco as pernas. Taeshin é um bom amigo, dos que gosta de ouvir. ㅡ e você acha que isso é ruim?

ㅡ Eu não sei, e é por isso que tenho medo... Eu não sei se sou gay, mas Jack disse que não devo me rotular e tudo bem... mas eu gostei tanto de beijar ele... Gostei ainda mais do toque forte...

Taeshin assente, pensativo.

ㅡ Está tudo bem, Jae. Você gostou de como ele te tratou. Isso é bom, de certo modo, é quem você realmente é, está se descobrindo.

ㅡ Eu pensei nele o dia todo e nem o conheço. Estou com medo de ir nessa social e vê-lo novamente. Não sei como reagir a isso.

ㅡ Você não quer beijá-lo mais? Porque se não quiser, é só dizer isso a ele, ele vai entender. Estaremos todos lá, ele não vai te forçar a nada. Prometo que te protejo. ㅡ ele pisca.

Eu nego novamente e até sorrio.

ㅡ Não é isso, o meu medo é justamente o contrário disso. Eu acho que eu... quero beijá-lo mais.

Ouvi o riso soprado de Taeshin.

ㅡ Você realmente está se descobrindo, Jae.

ㅡ Você acha?

ㅡ Claro que está e não se prive. O autoconhecimento é algo muito bom, assim você poderá respeitar seus limites e extrapolar quando se sentir à vontade para tal coisa.

Me sentei e o encarei.

ㅡ Tudo bem. ㅡ dei-lhe um sorriso, me sentindo um pouco mais tranquilo.

Talvez eu realmente devesse tentar me conhecer mais.

Após alguns minutos, Taeshin me expulsou do meu próprio sofá, para que eu fosse tomar outro banho, mesmo eu resmungando que ainda estava limpinho e cheiroso.

Vesti as roupas que ele havia sugerido, e no fim até gostei. A calça que ele disse para vestir ㅡ e que realmente era a única que eu tinha ㅡ realmente caiu bem no corpo e com a camisa transparente que ele fez questão de me instruir a deixar dois botões abertos para não ficar muito careta.

O cinto não foi opcional, eu fui obrigado a vesti-lo, mas a gargantilha foi a que mais gostei de usar no fim.

Era a minha primeira vez usando algo como aquilo. Sempre vi a peça como algo apenas para garotas, mas o Jack sempre usava e eu achava muito bonita.

E seguindo o conselho de Taeshin eu resolvi me conhecer, e talvez eu também gostasse de usar aquilo, pois eu realmente me senti mais bonito e até atraente quando a coloquei em meu pescoço.

Enquanto penteava meus cabelos, ouvi batidas à minha porta e como se fosse uma grande onda no mar, o barulho de todos os meus amigos chegando de uma só vez adentrou meu quarto.

Ouvi Jackson perguntar onde eu estava e não demorou para que ele subisse as escadas e já estivesse no meio do meu quarto sem nem pedir licença.

ㅡ trouxe para você. ㅡ ele diz.

Olho para ele através do espelho e vejo que está erguendo uma pequena caixinha. Quando me viro, vejo ser de um perfume importado.

ㅡ Para mim? ㅡ arregalo os olhos, me aproximando.

ㅡ É. ㅡ e ele responde simples, sorrindo em expectativa.

Busco o frasco vendo que é o mesmo perfume que ele e Minah usam.

ㅡ Comprei para te dar ontem, mas esqueci.

ㅡ Tudo bem. ㅡ falo olhando-o, ainda sorrindo. ㅡ muito obrigado.

ㅡ Iti, eu vou me derreter todo assim.

Eu sorrio para ele, e coloco um pouco do perfume. Jackson me observa, e apenas com um erguer de mão, me pede para se afastar e analisar minha roupa.

ㅡ Você está uma delícia. ㅡ é o que ele diz. ㅡ Park que me perdoe, mas que florzinha gostosa.

ㅡ Ah, vai se lascar vai. ㅡ sorrio, deixando o perfume junto aos meus poucos produtos. ㅡ Já estão todos prontos?

Ele assente, caminhando comigo até minha pequena sala já lotada.

Taeshin e ele é quem chama os carros que irão nos levar até onde é a tal cobertura do Jung. No carro, eu sinto minhas mãos suarem, e nem consigo esconder que estou ficando mais nervoso a cada segundo que passa.

Não demora para estarmos todos na entrada de um grande prédio, e para que Taeshin sorria para o porteiro dali, assim que nossa entrada é liberada.

Esse é aquele momento em que eu apenas fico quieto.

Vejo meus amigos todos bem vestidos e animados, sorrindo e observando o lugar completamente luxuoso, e tudo o que consigo fazer é ficar quieto.

Não sou de me sentir à vontade em ambientes novos e é sentindo uma enorme estranheza que caminho até o elevador que nos leva até o último andar e já nos deixa dentro do enorme apartamento do Jung.

ㅡ Minha nossa. ㅡ sussurro, totalmente chocado com tudo no lugar.

ㅡ Faz a fina. ㅡ Jackson sussurra de volta para mim.

Assinto, vendo meus amigos sendo recebidos pelo anfitrião.

Taeshin e Hajun se cumprimentam com um selar, mas logo o mais velho vem falar conosco, e é sorrindo grande que ele me cumprimenta.

Ele nos pede para ficarmos à vontade, mas eu não conseguiria sequer se quisesse.

Há muitas bebidas num canto, também há petiscos estranhos e música, que toca num tom tão brando que até relaxa um pouco.

Vejo a porta que, provavelmente, dá para a área externa ser aberta, e é nesse momento que o meu coração dá uma pausa tão grande que até me assusto com a possibilidade de morrer no meio da sala de Jung Hajun.

Eu vejo Kim Hanguk e Park Hyun-Suk adentrarem.

Percebo Jackson se conter ao ver o crush bem ali, a sua frente, mais bem vestido que qualquer um daqui.

Porém, nem demora essa minha percepção, pois meus olhos só conseguem focar nele e em como ele está ainda mais bonito que na noite anterior.

Ambos nos cumprimentam também, e sentam no sofá enorme que há na sala.

Eu apenas engulo em seco, e pisco nervoso. É claro que meu coração está tão acelerado que tenho medo que consigam ouvir as batidas que mais parecem cavalos trotando.

Eu pego uma bebida qualquer e devagar e sem demonstrar minha curiosidade, eu caminho para o lado de fora também.

O lugar é realmente enorme. Não deveria me causar espanto, comparado ao lado de dentro, mas é inevitável não me surpreender.

Caminho ainda devagar e paro no guarda corpo de vidro transparente que proporciona a visão ainda mais vasta de toda a área abaixo, e a cidade adiante.

A noite está muito bonita e a cidade parece calma, mesmo que Seul praticamente não durma.

O vento frio bate contra meu corpo e até bagunça meus fios, mas antes mesmo que eu possa organizá-los, sinto a mão delicada tocar em meu pulso e subir vagarosamente por meu braço.

Respiro fundo, engolindo em seco quando a voz que pouco foi ouvida por mim, mas que, sem comandos, arrepia todo meu corpo, ecoa no meu pé de ouvido junto ao ar quente da respiração dele.

ㅡ Você demorou.

Suspiro.

Ainda sinto a mão dele me tocar e assim subir, tocando meus fios alaranjados, e, devagar, escorregar até minha bochecha, acariciando-me.

ㅡ porque não me ligou?

Admito que estou a pouco de começar a tremer. Olho-o ainda de soslaio e engulo em seco outra vez.

ㅡ Não te despertei interesse? ㅡ Park acaricia outra vez minha pele, me arrepiando somente com aquilo. ㅡ Não gostou do beijo que te dei?

ㅡ Eu... não disse que... ㅡ suspiro quando ele para ao lado, me encarando de pertinho enquanto sorri com seus olhos pequenos ainda mais apertados. ㅡ que ligaria... ㅡ respondo, fraco.

Park segura meu queixo dessa vez, e diferente do modo em como ele apertou minha cintura quando nos beijamos, seu toque agora é leve.

Ele me faz lhe encarar, suspirando outra vez com o toque que me parece tão bom.

ㅡ Amarílis... ㅡ ele se aproxima aos poucos centímetros que faltam e arrasta o nariz do meu ombro até meu pescoço, subindo até minha orelha. ㅡ você tem um cheiro tão bom. ㅡ ele sussurra, descendo o nariz até minha nuca, roçando e inalando ainda mais do meu cheiro.

ㅡ Porque me chama por uma flor? ㅡ fecho os olhos ao senti-lo ainda com o nariz em minha nuca, mas guiando seu corpo cada vez mais para trás de mim. ㅡ Eu sou um homem...

ㅡ Que bom que é. ㅡ ele comenta, rindo baixinho e deixando um beijinho estalado na minha pele. Encolho-me quando sinto outra vez meu corpo arrepiar por ele. ㅡ Mas ainda é delicado como uma flor. E é belo como tal. Seus cabelos... ㅡ sua palma vai para meus fios, infiltrando-se devagar ali. Seguro-me para não gemer quando ele desliza os dedos, tocando com as pontas, outra vez minha nuca, pois a sensação é boa. ㅡ me lembram o vibrante mais intenso de uma amarílis na primavera. E ela é minha flor favorita.

Ainda sentindo os pequenos beijos que ele deixa em minha nuca, eu nego com fraqueza.

ㅡ Eu não sou delicado, Park. ㅡ digo em um fio de voz, me sentindo totalmente embevecido nas sensações. ㅡ não sou...

ㅡ Ah, você é, Jaejun.

ㅡ Você lembrou meu nome? ㅡ sorrio e sinto o corpo dele se posicionar atrás do meu com mais pressão, encurralando-me ao vidro.

ㅡ Não havia como esquecer... Pensei muito em você, fiquei à espera da sua ligação.

Suspirei ao sentir as mãos pequenas irem para minha cintura, segurando firmemente como ele me segurou na noite anterior.

Eu gosto disso. Gosto do jeito em como ele me deixa.

ㅡ Também pensei em você. ㅡ sussurro, sentindo mais beijos. ㅡ o que quer me ensinar?

Ouço sua risada baixa outra vez, mas espero sua resposta, pois, realmente, quero saber qual é.

ㅡ Eu quero te ensinar a ser meu.

Suspiro mais uma vez ao senti-lo intensificar o aperto, e apenas prendo meu ar quando tenho meu corpo virado sem avisos, parando de frente com os olhos dele. Fito-o em sua particularidade e engulo em seco, fixando meus olhos em sua boca.

Ele se aproxima.

Sinto minhas mãos formigarem por ainda não ter tocado-o, e incerto, as ergo, parando sobre seu peito.

ㅡ Você vai me beijar agora? ㅡ pergunto, incapaz de negar que quero muito isso.

Sinto o peito dele subir e descer com a respiração leve, e até isso tem um charme sem igual.

ㅡ Apenas se você quiser. ㅡ ele diz, aproximando-se mais. ㅡ Você quer que eu te beije, Jaejun?

Novamente engulo em seco, e por breves segundos fico em silêncio. Meu coração está mais acelerado do que nunca esteve na vida, e respirar nunca foi tão difícil como agora.

Mergulho meus olhos outra vez no dele e assinto.

Park sorrir, o que me deixa confuso, mas ainda perto demais, ouço-o dizer:

ㅡ Eu preciso ouvir a sua resposta. Você quer que eu te beije?

Tentando não parecer incerto, eu umedeço meus próprios lábios, respirando fundo.

ㅡ Por favor, Park, me beije...

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