Bela Flor - Romance gay romance Capítulo 60

Pov: Jaejun

Eu estava pronto para o retorno após um mês da minha ida ao psiquiatra. Terminava alguns trabalhos na Jung's e Hajun havia me permitido sair mais cedo, visto que talvez ele também já soubesse o que eu tinha reservado para aquele dia.

Assim que terminei, me despedi de Dahyun e me apressei a descer. Hyun-suk estava me esperando bem ali, na frente do meu trabalho.

Quando enfim cheguei a rua, sorri ao vê-lo encostado numa moto. Foram poucas as vezes em que eu pude vê-lo pilotando e que eu também o acompanhei na garupa.

Ele vestia uma calça preta jeans, camisa branca e tinha uma jaqueta jeans por cima. Seus cabelos loiros estavam bagunçados, voando um pouco com o vento e seus olhos estavam cobertos por um óculos escuro, mesmo que eu soubesse que por trás daquilo, estavam como duas pequenas linhas rasgadas, visto que seu sorriso aumentou ao me ver e suas bochechas os esmagaram como sempre faziam.

Me joguei em seus braços, não ligando para mais nada além dele. O beijei, suspirando de saudade. Fazia quatro dias que não nos víamos devido Hyun-suk estar fora da cidade. Mas somente por causa da minha consulta aqui está ele, de volta a mim e pronto para me acompanhar nisso.

ㅡ Senti tanto a sua falta. ㅡ falei, sentindo seus lábios me beijaram pertinho da orelha.

ㅡ Também senti, amor. ㅡ ele sussurrou, me causando um arrepio.

Encarei Hyun-suk nos olhos, sorrindo como um bobo ao vê-lo me olhar com tanta atenção.

ㅡ Como você está?

ㅡ Bem. ㅡ o respondi.

ㅡ Nem um pouco nervoso?

ㅡ Na verdade, não. Acho que será tranquilo.

ㅡ Que bom que se sente bem com isso.

ㅡ E você, como está? Fez uma boa viagem?

ㅡ Sim, fiz. Finalmente resolvi tudo o que tinha em atraso e tenho uma novidade para você?

ㅡ Mesmo? O quê?

ㅡ Tirei o fim de semana inteiro de folga. Desde a sexta até a segunda. Vou ser inteiramente seu e farei o que quiser.

ㅡ Hm... ㅡ brinquei, tocando sobre a gola de sua camisa. ㅡ falando assim parece que você não quer mais ser o meu senhor... será que agora eu serei o seu?

Hyun-suk cerrou os olhos, mantendo o sorriso pequeno para mim. Suas mãos que apenas me abraçavam, me apertaram. Ofeguei baixo, sentindo minhas bochechas queimarem.

ㅡ Você acha que tem pulso firme suficiente para me dominar? Olhe só você, está ficando completamente vermelho e certamente todo molhado... e eu nem fiz nada. Acha que seu caralho consegue me foder forte como eu gosto, uh? Acha que consegue meter bem assim, Jeon?

Respirei fundo e mordi meu lábio inferior.

ㅡ Não... ㅡ ele negou, sorrindo. ㅡ acho que precisamos praticar um pouco, talvez você tenha esquecido quem realmente manda aqui.

ㅡ Eu nunca me esqueceria a quem pertenço e obedeço, senhor Park.

Hyun-suk desceu a mão, apertando sutilmente meu quadril quando fez com que nossos corpos colassem ainda mais.

ㅡ Que bom, porque no dia em que você for me foder, será quando, onde e como eu quiser, entendeu?

Minhas bochechas queimaram mais, certamente eu estava idêntico a um morango, mas o pior era o que o meu corpo sentia. Ele queimava. Com poucas palavras, Hyun-suk conseguia me excitar e ter o desejo de implorá-lo a me foder.

Assenti, compreendendo suas palavras, sonhando com o dia em que eu fosse estar dentro dele também.

ㅡ Vamos lá. ㅡ ele me largou, me causando instantaneamente uma leve frustração. ㅡ depois da consulta, vou te levar a um lugar. ㅡ avisou, buscando o segundo capacete.

Sorri, ele ao menos agora tinha realmente dois capacetes.

ㅡ Para onde me levará? ㅡ perguntei encaixando aquilo na minha cabeça.

ㅡ É um segredo, mas antes quero que faça uma coisa.

ㅡ O quê?

Hyun-suk se aproximou, erguendo o mindinho na altura dos meus olhos, o que me fez rir com antecedência.

Suas mãos são tão pequenas, mas o seu dedinho é a coisa mais fofa que eu já vi no mundo inteiro.

ㅡ Prometa que não se sentirá tímido. Que fará o que eu pedir, e não se deixará se intimidar pelas pessoas que talvez estejam nesse lugar.

ㅡ Nós não vamos a uma nova boate, é?

ㅡ Não, não tem a ver com isso.

ㅡ Mesmo? Nem com sexo? Hyun, eu não consigo fazer aquilo que as pessoas fazem no quarto de vidro!

ㅡ Aquilo?

ㅡ É, praticar para que todos vejam. Eu... não vou conseguir não ficar tímido. Imagina ter um monte de gente olhando pra minha bunda? Deus me livre, Hyun, Deus me livre!

Hyun-suk riu. Ele simplesmente explodiu em uma risada.

ㅡ Não é nada sobre praticar. Pode ficar tranquilo.

Cerrei os olhos, mas aceitei no fim. O abracei com firmeza na cintura, me divertindo quando ele acelerou a moto e fez algumas pessoas ao redor olharem, e seguimos para o hospital.

Não me sentia mesmo ansioso, isso parecia ser um bom sinal.

[...]

Ouvia atentamente o que meu médico dizia e me sentia feliz por ele mostrar que já havíamos tido um resultado pequeno, mas significante na melhora dos meus sintomas.

Em trinta dias, os primeiros ainda foram os mais rotineiros com os sintomas mais padrões que eu vinha tendo. Porém, mantive a medicação de modo correto e não pulei sequer um dia. Talvez tenha sido apenas na terceira semana que as coisas começaram a amenizar e os meus dias começaram a ser mais tranquilos.

Não completamente, é claro. Mas era algo um pouco melhor para se viver bem.

Quando finalizamos, sai do consultório com uma nova receita para o mesmo medicamento e as mesmas dosagens. Não teria como diminuir ou aumentar quando ainda estávamos no primeiro mês.

Encontrei com Hyun-suk na recepção e como da primeira vez ali, ele me abraçou.

Senti seus lábios repousarem em minha testa e como sempre, seus olhos meigos me observaram e sua boca proferiu o que talvez fosse a frase que ele mais me pergunta:

ㅡ Você está bem?

ㅡ Estou. ㅡ segurei sua mão e o puxei para fora do lugar, indo até o balcão da recepção para marcar o meu retorno.

ㅡ Quer comer algo? ㅡ Hyun-suk pergunta guardando a receita do meu remédio e também o comprovante do retorno ao médico.

ㅡ Hm... que tal, carne?

ㅡ Bovina?

ㅡ Hm, faz muito tempo que não como carne bovina, Hyun.

ㅡ ótimo, então vamos até o Kim's.

ㅡ O K-Kim's? ㅡ arregalei meus olhos, parando de frente com o elevador. ㅡ mas podemos comer num restaurante comum.

ㅡ E porque o Kim's seria incomum? ㅡ ele sorri como se não soubesse da resposta.

ㅡ Porque é cinco estrelas? Hyun, olhe só as roupas que estou...

ㅡ Hm... é verdade. Então vamos primeiramente ao nosso destino inicial.

Cerro os olhos para Hyun-suk, mas sigo ao seu lado para fora. Antes de irmos ao tal destino, passamos novamente na farmácia e compramos o meu remédio.

Quando ele enfim decide me informar aonde iremos, fico boquiaberto quando me vejo de frente a um dos shoppings mais caros da cidade.

ㅡ Hyun, você não fez isso. ㅡ sussurro, ouvindo-o rir. ㅡ eu não estou...

ㅡ Arrumado? ㅡ Hyun-suk me olha e parece que ele até leu minha mente. Assinto, mas ele nega. ㅡ Você está com um terno caro, amor, é claro que está.

Analiso minhas roupas e suspiro.

Desta vez não tenho como usar essa desculpa.

Ele verifica o relógio e sorri quando um carro se aproxima e estaciona ao nosso lado. Como uma pessoa que passou muito tempo na casa dele, conheço rapidamente que esse veículo é um dos que lhe pertence.

Vejo quando um de seus funcionários desce de lá, é o motorista que mais trabalha com Sunhee do que com Hyun-suk de fato. Ele nos cumprimenta, busca as chaves da moto e os capacetes. Em seguida, entrega a chave do carro e se despede, subindo na moto e simplesmente indo embora.

ㅡ Você pediu para ele trazer aqui? ㅡ me encontro surpreso.

Hyun-suk aciona o alerta do carro e guarda a chave no bolso. Ele assente, abraçando minha cintura.

ㅡ Pediria para que ele ficasse para nos levar onde quisermos, mas gosto de ser só eu e você quando estamos passeando por aí. Por isso ele levou a moto.

ㅡ Então porque você não veio logo com o carro?

Hyun-suk ri e retira os óculos do rosto, encaixando-o na gola da camisa.

ㅡ Porque queria andar um pouco de moto com você. Gosto como você sempre ofega quando acelero ao máximo e como aperta minha cintura com medo de cair. Sinto que sou a sua segurança.

Reviro os olhos. Até parece que se fosse de cair da moto ele não iria junto ao chão comigo igual um pãozinho.

Caminhamos diretamente até uma das lojas da Chanel e me perguntei porque tudo estava tão vazio ali e três seguranças estavam parados bem na entrada.

Eles pareciam fechar a loja, mas quando eu e Hyun-suk nos aproximamos, eles simplesmente nos cumprimentaram com um acenar de cabeça e abriu passagem.

Olhei ao redor, a loja é inteiramente preta e branca e os destaques da coleção atual são de tirar o fôlego.

ㅡ Olá, boa tarde. Seja bem-vindo senhor Park. ㅡ uma moça se aproximou e em seu crachá estava destacado que era a gerente do lugar. ㅡ Senhor Jeon, como está?

ㅡ Ah, estou bem. ㅡ respondi sem jeito. Eu não a conhecia, mas ela parecia simpática.

ㅡ Podemos dar uma olhada a vontade? ㅡ Hyun-suk perguntou sem largar minha cintura.

ㅡ Ah, claro. A loja é toda sua, senhor Park.

Hyun-suk a agradeceu. Seguimos até a sessão masculina e uma coisa me chamou atenção.

ㅡ Hyun? Porque tudo está tão quieto?

ㅡ Porque só há nós dois aqui.

ㅡ Só a gente? Mas... é um shopping, eu nunca vi isso.

ㅡ É comum, a loja está reservada por uma hora inteira.

ㅡ Mesmo? ㅡ arregalo meus olhos, vendo-o assentir. ㅡ e por quem?

ㅡ Por mim, oras. ㅡ ele sorri de modo tranquilo, me fazendo engasgar.

ㅡ Vo-Você reservou à loja? Tipo... toda loja?

ㅡ É claro que sim. Sei que assim você estará mais à vontade para escolher o que quiser.

Eu não tive sequer o que falar. Estava surpreso, é claro, mas nem deveria estar. Hyun-suk é assim, eu já devia saber.

ㅡ Você é muito doido. ㅡ ri baixo, desviando os olhos para alguns atendentes que estavam no canto da loja, todos disponíveis para nós dois.

ㅡ Escolha o que quiser, eu tenho uma segunda surpresa para você.

ㅡ Surpresa?

ㅡ Uhum, mas não irei contar ainda. Só escolha algumas roupas leves, iremos precisar.

ㅡ Leves? Mas estamos na primavera, Hyun, não está fazendo calor ainda.

ㅡ Mas acredite em mim, uh?

Hyun-suk deixa um beijo em meu pescoço, me fazendo corar por ver algumas moças sorrirem ao nos ver de chamego. Mas decido ouvi-lo e desvio os olhos para as poucas araras de roupas.

Me sinto tímido no início, mas noto que nenhuma das peças há o preço nelas, o que é certamente devido seus valores serem exorbitantes, mas tento não focar nisso e realmente ver o que me agrada ou não.

É difícil quando quase tudo me agrada, a qualidade é tão boa e os detalhes tão bonitos, mas não quero parecer um aproveitador e por tanto escolho poucas coisas. Hyun-suk para ao meu lado, entregando as peças que escolhi a uma das moças e desvia os olhos para algumas peças à mostra.

Ele busca uma camisa. Uma das que gostei, mas decidi não escolher.

ㅡ O que acha dessa?

ㅡ É muito bonita, Hyun. Ficaria bem em você.

ㅡ Para você, Jaejun. O que acha?

Mordo meu lábio, mas assinto quando digo:

ㅡ Eu gostei.

ㅡ Da cor também?

ㅡ Uhum.

ㅡ Ótimo. ㅡ ele olhou o tamanho e a estendeu para a mulher. ㅡ levaremos essa também.

Sinto minhas bochechas queimarem, mas vejo-o buscar por outras peças e sempre buscando minha aprovação, Hyun-suk as separa também.

ㅡ O que acha dessa? ㅡ Hyun-suk busca uma camisa transparente e branca. Olho-o nos olhos, também assinto, mas ele se aproxima e faz questão de quase colar nossos corpos. ㅡ imaginei como ficará gostoso nessa.

ㅡ Seu safado. ㅡ sorri sem jeito, ficando ainda mais sem jeito.

Ele também riu, separando-a com as outras.

ㅡ Vamos até o andar de cima. ㅡ ele entrelaça os dedos aos meus, e atrás de nós, seguem dois homens e uma mulher. A mesma que nos atendeu no início.

Quando chegamos ao piso superior, ofego com as prateleiras com sapatos. Tenho certeza que meus olhos estão iluminados agora.

Passeio meus olhos por todos os pares, mas Hyun-suk é mais rápido e prático do que eu sou. Ele simplesmente olha as peças e as escolhe, pedindo seu tamanho e sendo atendido no mesmo segundo.

ㅡ Olhe esse, meu bem. ㅡ Hyun-suk me indica um par de mocassim preto.

ㅡ É lindo, amor.

ㅡ Você quer?

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