Eduardo me leva para seu apartamento e quando chegamos, vejo que se trata de um lugar altamente luxuoso. Vejo móveis e decorações da mais alta qualidade. Trata-se da cobertura de um condomínio de luxo desta cidade. Não sei no que ele trabalha, mas sei que é rico por seu carro, apartamento e pelo restaurante. Provavelmente muito rico. Mas isso não me enche os olhos, como muitos podem pensar. Nunca encheu, não será agora que isso acontecerá. Entro em sua frente e sinto-o se aproximar e me abraçar e eu ainda de costas para ele sinto sua boca sedenta em meu pescoço.
— Não quero pressa com você. — Ele fala enquanto suga lentamente meu pescoço, me fazendo ficar arrepiada. — Quero conduzir tudo diferente. Sei que posso te conquistar Bella.
— Vamos parar de falar e viver o hoje como você me sugeriu? — Pergunto virando-me para ele e entro totalmente naquele clima.
— Sim, vem comigo.
Eduardo me leva, subimos uma pequena escada com oito degraus. Eu e minha louca mania de contar tudo o que vejo. Isso é hora de pensar em matemática, Bella? Subimos, viramos à esquerda e entramos em um quarto gigantesco. Um enorme closet com portas de vidro na cor bronze de um lado e na outra lateral, portas de vidros enormes também da mesma cor que dá para uma varanda de onde se enxerga a praia que fica em frente. Vejo também uma porta que provavelmente é o banheiro. E claro, o que não podia faltar é sua cama king size. Que cama! Toalhas, lençóis, tudo com muito luxo. Por isso que ele comprou as melhores toalhas e produtos da loja.
— Quero que se sinta em casa. Ali é o banheiro, podemos tomar um banho e…
Coloco meu dedo em sua boca para que ele pare de falar e o beijo tirando seu casaco e sua camisa. Estou com tanto ou mais desejo do que Eduardo. Nossa! Que peitoral é esse? Que homem! Penso ao vê-lo sem camisa. Nesse momento não quero pensar em nada a não ser transar com ele. Sim. O desejo é grande. Não posso colocar em minha cabeça que quero fazer amor. Isso para mim é em outro nível que não cogito chegar. Desfazemo-nos do restante de nossas roupas e calçados e continuamos em nosso beijo voraz. O quero dentro de mim, quero muito. Eu mesmo o levo até a cama e o empurro, logo após fico por cima dele. Acredito que Eduardo se surpreende com cada investida minha. Mas sou assim, amo dominar nesse momento. Porém, gosto também de ser dominada, e como gosto. Eduardo me vira com uma facilidade inimaginável. Ele me beija com voracidade e faz com que eu fique sedenta por mais amor. Ops, por mais sexo. Ele me faz sentir um prazer incrível quando toca em minha parte íntima. Logo após, ele põe sua boca e começa a me deixar de um jeito que sinceramente o que ele mandar, eu consigo fazer agora.
— Vem para mim. Quero te sentir dentro de mim. Beije-me agora!
— Você que manda minha Bella.
Ele pega um preservativo em uma gaveta próxima e com facilidade o coloca. Depois ele vem com toda força, do jeito que gosto. Eduardo segura minha nuca fazendo-me encará-lo enquanto me preenche. Sinto um desejo que nunca senti. Uma vontade que aquele momento se estenda, mas preciso me lembrar de que será apenas essa noite, apenas uma noite Bella. Apenas uma noite. Entrego-me totalmente e ele aumenta sua velocidade fazendo-me ter ainda mais prazer e alguns minutos depois chegamos juntos ao que tanto procuramos com o olhar, com risos e piadinhas soltas. Desde aquele primeiro olhar, senti que acabaríamos onde estamos agora. Desejei-o desde o primeiro instante. Transamos loucamente mais algumas vezes e em todas elas havia fogo, fogo não, está parecendo mais um vulcão com suas lavas borbulhantes. O que também não faltou foram sedução e palavras picantes que me fizeram derreter. Quando olhei para meu celular já passava das quatro da manhã. Acabei dormindo em seus braços. Desperto e novamente pegando meu celular para conferir as horas, vejo que já são dez para as seis da manhã. Não dormi nem duas horas. O sol está querendo surgir, observo pelas enormes portas. Eduardo me abraça tão forte de uma forma que não sei explicar. Mas seu sono é pesado. Tiro seu braço de cima e levanto calmamente para não acordá-lo. Ando bem lentamente pegando meu vestido, jaqueta, minha meia calça e meu conjunto de lingerie preto pelo chão. Vou até à porta que ele disse ser o banheiro e como imaginei, que banheiro grande! Acredito que seja a metade do quarto. Possui uma banheira enorme também. Mas venho apenas para me arrumar rapidamente e fazer xixi. Espero que quando sair ele esteja dormindo ainda. Essa noite foi maravilhosa, acredito que nunca tenha transado tanto e ficado satisfeita em todas elas numa única noite, mas ela acaba aqui. Alguns minutos depois, já estando arrumada, saio do banheiro e como pensei, ele dorme feito um anjo. Que homem lindo! Mas não posso e não devo ficar mais. Não quero e nem posso me apaixonar. Adeus Eduardo! Penso olhando-o de bruços. Que bunda linda! Seu amigo, então, perfeito para mim. Pena que não tive oportunidade de preencher minha boca com ele, não tive e nem terei. Ficarei com gosto de quero mais. Mas terá que ser assim. Pego minha pequena bolsa preta de alça e minha bota que estava ao chão, levo em minhas mãos, para não fazer barulho. Desço bem devagar e vou em direção à porta que está com a chave. Giro e abro a mesma, em seguida levo um tremendo susto.
— Madrinha?
— Bella? O que faz aqui? — Ela leva um susto também.
— Eu… Eu…
— Ela acaba de me deixar no quarto dormindo, senhora. — Ouço a voz dele bem chateado e fico paralisada por um instante. Quando olho para trás, seu olhar está triste. Não queria deixá-lo assim. — Poderia ter tido a coragem de se despedir pelo menos Bella. — Mais vejam só, agora ele está me chamando covarde? E tem outro nome para o que você acaba de concretizar sua louca? Fico com raiva e eu mesma me repreendo em pensamento e o ouço terminar de falar. — Não iria te forçar a ficar se não quisesse. — Ele está completamente lindo com uma calça de moletom preta e sem camisa. A vontade que dá é de voltar e me entregar novamente, mas isso está fora de cogitação.
— Eu ia… — Não ia. Mentira Bella!
— A senhora deve ser a cozinheira que a agência mandou, não é? — Ele pergunta bem sério olhando para minha madrinha sem, ao menos, me deixar acabar de falar.
— Sim, senhor. Meu nome é Janice de Souza Castrolini.
— Castrolini?
— Sim, o pai da Bella era meu primo.
— Entendo. — Ele se aproxima e estende sua mão para cumprimentá-la. — Meu nome é Eduardo Rizzo Bianchi. A cozinha fica por aqui. — Eduardo fala indicando seu lado direito e vejo minha madrinha olhar diferente para ele, mas não entendo o motivo. — Pode preparar um café para duas pessoas, por gentileza, senhora Janice? Minha cozinha está bem abastecida.
— Sim, senhor. Com licença.
Minha madrinha vai e eu fico de cabeça abaixada sem saber o que falar ou o que fazer. Meu coração está acelerado, porque pelo tempo que ele chegou aqui, então não estava dormindo. Eduardo se aproxima, levantando meu rosto.
— Nossa noite foi tão ruim assim para você fugir de mim?
— Não Eduardo. Não pense isso, por favor.
— Então o que devo pensar ao te ver fugindo? — Eduardo pergunta alterando sua voz e eu me assusto e me afasto. Ele percebe e muda seu tom. — Desculpe-me, mas quando te senti sair de perto de mim, ir ao banheiro, sair arrumada e simplesmente sumir, fiquei muito triste, chateado e com raiva. Muita raiva, eu admito.
— Perdoe-me, por favor. Não queria que ficasse assim. Entenda, nossa noite foi maravilhosa, mas acabou. Já curtimos. Foi sexo e nada mais.
— Sexo e nada mais? — Acabo de falar uma merda e ele repete em um tom pensativo.
Como se estivesse lendo meus pensamentos, Eduardo age debochadamente e fala me rodeando, até que ficando atrás de mim para bem próximo ao meu ouvido.
— Como foi apenas sexo pelo seu modo de pensar, então eu teria que sentir sua boca em mim. Mas se você nem me deu o prazer que gosto tanto como pode pensar que acabou? Não tive essa oportunidade e quero ter.
— Preciso ir embora. — Falo engolindo em seco, agora ele me deixou sem palavras.
— Apenas se tomar seu café comigo, por favor. — Ele fala virando-me para ele e pegando em minha mão. Sinto que não desistirá enquanto eu não concordar com ele.
— Tudo bem, Eduardo. Apenas um café.
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