Ponto de vista do MARK
Eu entrei na garagem, completamente exausto. Depois de mais um dia longo de trabalho e diversão eu havia ficado esgotado, e tudo o que eu queria era descontrair e relaxar. Saí do carro e afrouxei a gravata, muito ansioso para finalmente entrar e descansar. Quando entrei em casa, vi a Sydney sentada, me encarando com o olhar vazio dela de sempre. Mal a dei atenção enquanto caminhava diretamente para o meu escritório.
— Quero o divórcio. — Sydney disse antes mesmo que eu pudesse alcançar o refúgio do meu escritório.
Divórcio? A primeira palavra que me veio à mente foi “ridículo”, e era mesmo ridículo o que ela havia dito. O negócio da família dos pais da Sydney tinha sido emprestado ao Grupo GT, que eu era o dono. Era um contrato que beneficiava ambas partes em todos os sentidos. Sydney era só uma mulher com quem eu me casei, que dependia dos pais e de mim para a sobrevivência.
Divórcio, é? Claramente aquela era a nova maneira dela de me chamar atenção, algo que ela gostava de fazer. Antes, costumava ser aquele jeito de coitadinha que ela carregava, o suficiente para convencer até a um estranho de que estava sendo maltratada, apesar de isso nunca ter sido o caso. Estávamos mantendo a fachada de casados há três anos já.
E daí ela então começou tentando uma nova jogada, mas eu não iria cair nessa.
Na manhã seguinte, antes de sair, entrei na sala de jantar para tomar o café, mas só encontrei uma mesa vazia. Franzi a testa e perguntei a um dos empregados que encontrei vagando por ali.
— Onde ela está? E onde está minha comida?
— Não a vi esta manhã, senhor. — O empregado respondeu. Mais tarde, recebi um relatório de alguém que a viu saindo com as malas na noite passada. A maioria dos pertences dela também tinha sumido do quarto.
Ah. Talvez isso tivesse haver com aquela história de divórcio que ela mencionou. Será que ela esperava que eu caísse nisso ou falasse com ela sobre o assunto?
Dei de ombros, peguei minha mala e casaco, e saí. Ela provavelmente só tinha ido para a casa dos pais. Para onde mais é que ela poderia ir? Eles certamente a colocariam um pouco de juízo na cabeça dela sobre como ser uma boa esposa e a mandariam voltar.
Meus olhos se ergueram dos documentos à minha frente quando meu assistente entrou no escritório. Sem nenhuma palavra, ele colocou uma pasta sobre a mesa com uma reverência leve.
— Acho que o senhor precisa de ver isso. — Disse ele antes de se afastar.
Tirei os meus óculos e puxei a pasta, abrindo-a para ver as palavras escritas em negrito “Acordo de Divórcio”. Franzi a testa e continuei lendo os papéis. Ela já os tinha assinado.
— Obrigado, pode sair. — Disse ao meu assistente, que se curvou de novo antes de sair da sala.
Sydney havia dado o primeiro passo num jogo que ela devia estar achando que era inteligente, mas que para mim, era uma bobagem. Será que ela achava que eu tinha tempo para tudo isso?
O Grupo GT não era só o meu orgulho e alegria, mas também a prova dos meus anos de dedicação e trabalho duro. Era uma grande empresa privada com sede na Europa, que era especializada no investimento em diversos setores, como de bens de consumo, serviços, moda, medicina e tecnologia. Tinham mais de 250 projetos de investimento e éramos uma força a ser distinguida no mundo dos negócios.
Estávamos na terceira rodada de angariação de fundos. Precisávamos garantir 5 bilhões de dólares dos investidores ao redor do mundo, era um momento crucial para minha empresa, e o mês seguinte seria uma montanha-russa de atividades. Eu teria de cruzar o mundo e me encontrar com potenciais investidores de Nova Iorque a Tóquio e de Londres a HongKong. Os seis meses seguintes para mim estariam lotados de reuniões, apresentações e negociações.
E lá estava alguém, trazendo aqueles papéis inúteis para a minha mesa.
Com raiva, reuni a papelada e marchei até a trituradora de papéis no canto do meu escritório, observando a cada um deles entrando na máquina e sendo devorados, isso, antes de me sentar novamente para retomar a algo que era mim vezes mais importante.
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