Ponto de vista de SYDNEY
Assim que regressei ao aeroporto, já podia ver a Grace acenando animadamente para mim do outro lado. Sorrisos e risadas espontâneas surgiram nos meus lábios à medida que eu me aproximava dela. Minha pequena viagem havia chegado ao fim, e eu diria que foram os três meses mais felizes da minha vida depois de muito tempo.
Puxei a minha a mala ainda mais rápido e me apressei, acenando de volta para Grace enquanto corria ao encontro dela. De princípio, não havia notado, mas alguém familiar passou rapidamente por mim. Não pude evitar parar e me virar, eu podia jurar que conhecia aquelas costas. Ninguém me convenceria o contrário, só podia ser Mark. Era mesmo ele.
Eu estava certa, confirmei comigo mesma quando parei e olhei para a pessoa. Era Mark, eu não poderia ter me enganado, andando com aqueles passos rápidos como de costume. Ele provavelmente não me tinha visto? Ou talvez não me tivesse reconhecido? Eu só havia ficado fora por apenas três meses, mas se esse tempo tivesse sido suficiente para que ele não soubesse mais quem eu era com apenas um olhar, então isso queria dizer que eu tinha feito um ótimo trabalho ao apagar aquela mulher que ele costumava conhecer da minha vida. Claro. Da maneira como eu estava, eu não me parecia mais com a ex-esposa dele.
Minha aparência estava diferente do que ele estava acostumado a ver, mudei meu cabelo, não estava mais preso em coques ou aqueles penteados antiquados. Meu cabelo estava caído, ondulado e volumoso. Meu rosto brilhava com o bom cuidado da pele e maquiagem impecável muito bem-feita. Um vestido vermelho justo realçava minhas curvas nos lugares certos. Em resumo, eu parecia uma versão melhor e mais bonita do que aquela que deixei para trás como a “Sra. Torres”. Eu ri orgulhosamente, baixei os meus óculos de sol dos cabelos para o rosto, me virei na direção em que estava indo e puxei a minha mala novamente. Nesse momento, Grace já estava vindo na minha direção, então larguei a mala e a abracei animadamente.
— Caramba, amiga. Senti tanto a sua falta! — Ela exclamou, me abraçando.
— Eu também! — Suspirei ao nos afastarmos, afastando alguns fios de cabelo do meu rosto. — Quase que eu não queria mais voltar. — Eu acrescentei.
— Você está brincando. — Grace fez uma carinha brincalhona. — Quer dizer que não queria voltar hoje?
— Essa é a mais pura verdade. — Dei de ombros com uma risada.
— Então eu provavelmente teria que ir te arrastar de volta. — Grace disse, sorrindo. Ela se abaixou para pegar na minha mala. — Vamos, vamos embora.
Caminhamos até onde o carro de Grace estava estacionado. Era um carro diferente do que ela usou da última vez que me deixou no aeroporto, um jipe preto.
— Você comprou um outro carro? — Perguntei a caminho.
— Sim. — Ela respondeu alegremente, como se estivesse esperando que eu perguntasse. — É uma beleza, não é? — Acrescentou ela.
— Com certeza! — Eu comentei. — Acho que também deveria comprar um novo — Acrescentei.
— Como assim 'acho'? Com certeza você vai comprar um novo.
Olhei para ela e ri. — Nossa, você é dramática de mais.
— Podemos ir amanhã. De qualquer forma, o final de semana está chegando.
Eu só concordei com a sugestão e esperei que ela destravasse o carro antes de entrar. Ela entrou de seguida e guardou a minha mala no banco de trás.
Tínhamos dirigido uma boa distância da entrada do aeroporto quando finalmente dei a notícia a Grace, de forma bem casual: — Vi você-sabe-quem no caminho.
Ela me lançou um olhar rápido enquanto dirigia, — Hã? Quem?
— Mark.
— Sério, quando foi isso? — Ela não pareceu surpresa. Talvez porque estava tentando entrar na rodovia.
— Nós praticamente passamos um pelo outro quando eu estava acenando para você.
Os pneus finalmente se estabilizaram na estrada, deslizando suavemente. Eu podia ver as expressões engraçadas no rosto dela.
— Então ele não te reconheceu? — Ela riu. — Cara, porquê estou tão feliz em ouvir isso? A voz dela aumentou e ela começou a rir tão alto que eu tive que a acompanhar.
— Você precisava ver como eu me senti quando percebi também, eu devia estar tão linda que parecia bom demais para ser verdade.
Depois de um percurso longo de conversas e risadas, finalmente subimos a estrada sinuosa até nossa villa compartilhada. Grace parou na entrada e se virou para mim.
— Vou te deixar aqui, querida. — Disse ela.
— Vai para algum lugar? — Perguntei e ela assentiu.
— Sim, acabei de lembrar que fui convidada para uma festa. Não estou muito entusiasmada, mas preciso ir por pelo menos alguns minutos.
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