Ponto de vista do MARK
Eu ronquei de dor enquanto me revirava na cama. Minha cabeça latejava com uma dor surda e segurei-a enquanto me levantava lentamente. Olhei ao redor e me perguntei porquê ainda estava em casa. Eu deveria estar no trabalho.
Apoiei minha cabeça nas mãos e tentei me recordar. Não levou mais que um segundo para as memórias voltarem.
Meu assistente conseguiu localizar onde Sydney estava, e eu deixei todo o trabalho que estava fazendo para tentar colocar um pouco de juízo nela. Lembro que ordenei que ela me seguisse e daí…
Franzi o cenho. Tudo ficou preto.
— Aquela bruxa! Como se ousou em me bater? gritei enquanto me levantava da cama. Notei alguns remédios na mesinha do lado e cambaleei para fora do quarto.
O que estava acontecendo com ela? Porque estava levando aquilo tão longe? Pensei.
O som de portas batendo ecoou pela casa enquanto eu abria todas as portas.
— Onde está ela?!
Os empregados da casa ficaram ali, mudos. Alguns deles recuavam cada vez que as portas batiam.
Perguntei onde ela estava uma dúzia de vezes, tendo sempre a mesma resposta: Não sabiam onde ela estava. A última vez que a tinham visto foi com uma mala, depois que ela saiu da minha casa. Eu me lembrava daquele dia também. Fiquei ligeiramente surpreso. Perguntei-me de onde ela tinha tirado coragem e pensei que ela iria superar o que estivesse passando e que voltaria choramingando.
Meu estômago roncou enquanto eu continuava a bater as portas. Cheguei até a verificar a garagem. Sinceramente, parecia que eu estava ficando louco. Meu estômago roncando junto com minha cabeça enquanto minhas frustrações só aumentavam.
Voltei para o meu quarto e tomei um banho para tentar me acalmar, banho esse que só limpou a sujeira da minha pele.
Quando terminei de me vestir, usei um analgésico dos remédios que estavam na mesinha para parar a dor de cabeça.
Peguei as chaves do carro, vesti o paletó do terno e saí de casa.
Enquanto dirigia para o trabalho, apertava no volante com força e pressionava o acelerador com intensidade. Estava bem acima do limite de velocidade, mas era a única coisa que me impedia de voltar para aquela casa onde ela estava e a estrangular.
Ela queria minha atenção. Então ela tinha ganhado a minha atenção.
— Onde ela está? — Berrei para o meu assistente assim que ele fechou a porta atrás dele.
— Eu não sei, senhor. — A voz dele tremia enquanto falava. — Eu a deixei na vila e corri com o senhor para uma clínica próxima antes de o trazer de volta para casa. Deixei os medicamentos que eles prescreveram na sua mesinha.
Ele pigarreou antes de continuar. — Mas ela também disse para eu não a chamar mais de Sra. Torres e sim de Srta. Turner. Disse que uma nova dama herdará esse título em breve.
Eu só o encarava enquanto ele falava, com minha raiva aumentando a cada palavra que saía da boca dele, pronto para explodir.
Ele deu um passo à frente, com um arquivo balançando em suas mãos. — Ela também falou que reenviaria o acordo de divórcio, e aqui está. — Ele colocou o arquivo na minha frente. — Recebi antes do senhor chegar. Ela quer que o senhor assine o mais rápido possível para que não percam o tempo um do outro.
E era isso. Aquela maldita palavra. Cego pela raiva, agarrei nos papéis e os lancei pelo escritório.
— Se eu ouvir a palavra “divórcio” mais uma vez, você está fora! — Falei duramente. Se ela quiser que eu assine os papéis, é melhor que ela mesma os traga.
Minhas mãos se fechavam e abriam enquanto eu tentava segurar a minha raiva. O que ela estava pensando exatamente? Será que ela havia ficado louca? Não bastava eu a deixar morar na minha casa e se alimentar lá? Em que base ela achava que tinha o direito de pedir um maldito divórcio?
— Eu não quero ouvir essa palavra de novo, jamais! Entendeu?
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