Tentei argumentar com ela novamente. — Pelo menos. — Apontei para o telefone em sua mão. — Como você deve ter visto, eu não tenho tido contato com… — Levantei as sobrancelhas e fiz aspas no ar com os dedos ao redor das próximas palavras. — O seu homem desde o divórcio. Então, eu não sou uma ameaça para você.
Não importava o que eu dissesse, Bella ainda segurava o telefone com firmeza. — Sente-se e tome uma xícara de café comigo, então eu devolvo.
Sério?!
— Eu não quero sentar e tomar uma droga de café com você. Apenas devolva o telefone! — Declarei com clareza, exasperada, segurando o impulso de avançar sobre ela.
— Então tá. — Ela recostou-se na cadeira e enfiou o telefone no bolso. Depois olhou para mim com um sorriso enganosamente doce. — Pode ir embora.
Meu peito subia e descia de raiva. Era tão frustrante que ela estivesse grávida, caso contrário, eu não hesitaria em descarregar minha raiva e frustração nela. E eu sabia que era exatamente nisso que ela estava apostando, era por isso que ela se atrevia a agir assim. Ela sabia que, não importa o que fizesse, eu não encostaria um dedo em uma mulher grávida. E mesmo se eu o fizesse, a culpa ainda recairia sobre mim, e a polícia definitivamente não ficaria do meu lado quando chegasse. Afinal, eu estaria agredindo uma mulher indefesa e vulnerável.
Revirei os olhos e suspirei, resignada. Afundei-me na cadeira. Então, chamei um dos garçons e pedi uma nova xícara de café, recusando-me a reconhecer o olhar repugnante de satisfação e triunfo que Bella exibia abertamente.
— Apenas uma xícara de café, por favor. — Pedi ao garçom atencioso que já estava ao meu lado. Ele acenou com a cabeça, sorriu e voltou para buscar o pedido.
Finalmente me virei para encarar Bella quando ouvi seu riso irônico. Ela exibia uma expressão zombeteira. Então, abriu a boca e despejou suas palavras de escárnio. — E eu achando que você estava correndo para encontrar um homem. Acho que te dei crédito demais, não é?
Olhei para ela, irritada. — Você pensa demais em irrelevâncias nessa sua cabeça, Bella. Veja bem, eu não desperdiço todo o meu tempo valioso com homens, como parece ser o seu caso. Não tenho dias sobrando para tramar como arruinar o casamento de alguém ou bolar maneiras de enfiar minhas garras no bolso de um homem rico. Eu tenho minha própria carreira para me ocupar.
Ela ficou em silêncio por um instante, seus olhos ardendo de fúria enquanto me encarava fixamente. Então, respirou fundo e disse, sarcástica. — E qual é essa sua 'carreira'? Ser uma perseguidora e ficar ouvindo os segredos dos outros por umas moedinhas? Desde que eu te conheço, você tem sido desempregada e quebrada.


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