Resumo de Capítulo 33 - Bônus (Brenda) – CALIENTE (morro) por Emah_Post
Em Capítulo 33 - Bônus (Brenda), um capítulo marcante do aclamado romance de Erótico CALIENTE (morro), escrito por Emah_Post, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de CALIENTE (morro).
- BRENDA -
Sabem a culpa ?
Eu sinto , me atrevo a dizer que até mais que o homem que atirou contra a própria filha ao se assustar com meu maldito toque , o mesmo que depois que recuperou a sanidade chorou como uma criança arrependido e enfiou uma arma na própria boca ameaçando se matar quando foi informado que a filha corria o risco de ficar tetraplégica por causa da pancada que sofreu .
Tudo se tornou um caos desde então.
Russo perdeu o controle e se afundou nas drogas , assim como o Jão.
A amizade dos dois se perdeu naquela noite , a três semanas atrás , e tenho pra mim que se a Afrodite não acordar logo , a próxima coisa que eles vão perder é a vida .
Porque a trocas de ameaças entre eles tem se tornado cada vez mais agressiva sempre que se topam pela comunidade .
Meu celular toca encima da mesinha ao lado da cama me tirando dos pensamentos e sem demora eu o pego e atendo.
Desde que tudo aconteceu e eu me tornei o contato de emergência do hospital , tem sido assim. Sempre quando ouço ele tocar meu coração dispara com medo que seja do hospital em que ela está e por isso atendo o quanto antes.
-
Boa noite , me desculpe o horário, é a responsável pela jovem , Afrodite Reis ?
-- Sim , sou eu . O que houve ?
Você poderia vim até aqui ? Não podemos falar por telefone por motivos éticos.
-- Já estou indo . Obrigada .
Desligo .
Nunca vou entender o porque desse sigilo ético. Não ligou ? Custa adiantar as coisas ?
Bufo , sentindo meu coração pequenininho e tão rápido quanto atendi o celular eu levanto da cama onde tenho passado as noites em claro e vou pro banheiro tomar um banho rápido pra tirar todo o suor do meu corpo.
Me arrumo rapidamente trocando msg com a única pessoa que eu conheço que tem ficha limpa pra ir e vim sem ser preso caso sejamos parado pela polícia , o meu irmão que se não fosse pela Laise estaria tão afundado nas drogas quanto os outros dois que citei .
Quando estou prestes a sair a voz grave soa pelo quarto me fazendo tremer de cima a baixo.
Jão - Tá indo pra onde ? - pergunta sonolento deslizando a mão sobre o rosto - Não me deixa sozinho , loira - sua voz soa carente e por um segundo eu me sinto culpada por ter criado um elo emocional com ele .
Jão tem , quer dizer , tinha o porte de quem estava pronto pra outro relacionamento mas a verdade é que aquela filha da puta da Tabita fodeu tanto com o psicológico dele que foi uma luta pra eu conseguir romper suas barreiras nessas últimas semanas.
Fiquei com medo dele se matar e por isso sempre estava aqui , saia do hospital e vinha direto . Mesmo que ele agisse como um babaca e sempre me mandasse embora , eu ficava .
Ficava porque me importava e me importo com ele .
Agora mais do que nunca .
-- Eu vou , mas eu volto - evito falar pra onde , isso seria um gatilho pra ele usar mais um pino de cocaína e eu não quero isso . Quero ele limpo pra quando nossa bela adormecida acordar do seu sono - Tudo bem ?
Ele faz carinha de cachorro abandonado que quase me faz desistir de ir .
Mas eu não posso ficar .
Tenho que saber o que aconteceu.
Jão - Cê vai demorar ? - movimento os ombros pra cima e pra baixo vendo ele levantar, sua ereção marcando a cueca me faz olhar rapidamente e desviar logo em seguida.
Muito grosso , lindo de se ver .
Se concentra , Brenda .
Respiro fundo quando ele me abraça e pousa a cabeça no meu ombro cheirando meu pescoço.
Jão - Cheirosa... - deslizo minhas mãos pelos seus cabelos fazendo carinho nos fios levementes cumpridos antes de falar .
-- Eu preciso ir , é sério - sinto uma lufada de ar quente no meu pescoço e me encolho , sentindo minha pele arrepiar quando ele sobe beijando até parar no canto da minha boca.
Jão envolve meu rosto em suas mãos e me dá um selinho demorado que me pega de surpresa.
Afrodite - Estou ... - sua voz soa rouca e baixa , quase inaudivel - Mas tô com sede , minha garganta dói - ela ergue a mão lentamente levando até o pescoço e faz uma careta ao tocar.
Seus olhos rapidamente se enchem de lágrimas, a dor evidente neles .
Uma cena tão difícil de se ver.
Eu volto a chorar e a abraço devagar tentando passar um pouco de carinho e força que eu sei que nesse momento ela precisa pra superar o fato que a própria mãe tentou acabar com a sua vida.
-- Vai ficar tudo bem , amiga - ela soluça, deixando toda a dor sair dela - Queria te pedir perdão. Isso também foi culpa ...
Afrodite - Não - sua mão fria desliza lentamente pelo meu rosto limpando minhas lágrimas - Nenhum de vocês tem culpa do que aconteceu naquela noite - seus olhos olham dentro dos meus - Aconteceu o que tinha que acontecer -sorrir fraco - E tá tudo bem .
Mordo meu lábio , Afrodite sempre defendeu os seus e a sua bondade e facilidade em perdoar fazem dela a mulher mais foda que eu já conheci na minha vida .
Tenho tanta sorte em ter ela.
-- Eu te amo tanto - admito , beijando sua mão - Senti tanto medo de te perder.
Afrodite - Também te amo - vejo sua careta de dor ao falar e se movimentar - Vaso ruim não quebra fácil, esqueceu ?
-- Di , não força . Vou buscar água pra você e já volto , ok ? Fica quietinha.
Ela faz um joinha e eu saio , pego dois copos descartáveis de água no bebedouro do corredor e quando estou prestes a voltar pro quarto dela ouço os gritos vindo da recepção.
Meu coração para por dois segundos , juro , sinto meu corpo perder a cor ao reconhecer a voz dos três homens que com toda certeza seriam capaz de iniciar a terceira guerra mundial de tanto que se odeiam .
Russo , Jão e Ben.
Agindo rápido eu caminho em direção a eles vendo a confusão formada.
Estranhamente eles não estão se matando e sim trabalhando juntos , tocando o terror com as recepcionistas que estão com a testa na ponta de suas Glocks .
Meu Deus , eles enlouqueceram ?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: CALIENTE (morro)