CALIENTE (morro) romance Capítulo 35

- RUSSO -

Puxo o ar com força pelo nariz , sentindo o efeito da cocaína no meu corpo , me dando a impressão de ser invencível enquanto mantenho minha arma na cabeça da piranha que não quer me falar em que quarto minha mulher está.

Porra , ela acordou.

Quando fiquei sabendo disso eu não pensei em mais nada , larguei tudo que estava fazendo e vim , vim na sede de olhar praqueles olhos claros e constatar com os meus que ela está bem .

Mas quando cheguei fui barrado por um trio de puta mal comida que de início ainda se jogou pra cima de mim, ram , dei nem idéia.

Sou da minha pretinha e dela ninguém me tira.

Felizmente , ou não , logo os dois arrombado se juntaram a mim querendo o mesmo.

Não reclamei , três fazendo a mesma coisa e botando o terror em geral resulta nos bagulho mais rápido.

-- Bora caralho , desenrola essa porra aí , se adianta - pressiono minha arma nela que se treme todinha enquanto digita no computador .

Sugo meu lábio , ansioso , quando ela me entrega três cartões escrito : "visitante , quarto 35 " bagulho chique de hospital particular , o melhor da capital .

Penso algumas vezes antes de entregar pros outros dois e no final faço .

Tô feliz pra caralho por saber que a minha feiticeira acordou e nesse momento nem a presença deles vai tirar isso de mim.

- Valeu - respondem em unisom.

Aceno com minha cabeça e me viro pra piranha de novo .

-- O papo é o seguinte, a gente vai entrar ... - aponto pra ela - Se o bagulho der ruim e pintar polícia aqui eu faço questão de matar vocês três - aponto pra cada uma delas - Antes de fugir ou ser preso tentando - ameaço e saio ouvindo os outros dois botando mais um pouco de pressão nelas .

No corredor passo pela Brenda que se não tivesse tremendo tanto poderia ser confundida com uma estátua humana .

Mó malucona.

Me aproximo do quarto 35 sentindo um misto de emoções dentro de mim , minha mão sua ao encostar na maçaneta , mas eu a giro , abro a porta e entro .

Meu olhar vai direto pro da mulher deitada na cama de hospital e tudo ao redor some , ficando só nós dois enquanto sem quebrar o contato visual eu me aproximo dela .

Toco seu rosto com cuidado , olhando atentamente pra cada pedacinho da pele que eu fui obrigado a ficar longe durante três semanas mas que hoje ignorei todo o risco só pra ter a certeza que ela estava bem e estranho o fato de ter um machucado que não estava aqui antes .

Abro a boca pra perguntar sobre mas me calo ao ouvir uma voz feminina chamar minha atenção.

- Senhor ... - me viro pra mulher , uma preta de olhos claros , assim como a minha - Mantenha distância dela , por favor - seu olhar assustado oscila do meu rosto pra minha mão .

A arma .

-- Merda , foi mal ai doutora - guardo a glock na cintura - Pode relaxar , pô . Ela é minha mulher , vou fazer mal pra ela não - garanto e a mulher solta o ar com tanta força que eu até me assusto.

Cê é doido.

Afrodite - Bóris ? - sinto a mão pequena e fria entrar em contato com a minha, um arrepio fodido atravessa meu corpo em resposta. 

Senti tanta falta disso.

-- Minha pretinha - sorrio me virando pra ela , um sorriso fraco se forma nos lábios que eu tô doido pra beijar , sentir. Mas que no momento eu vou me contentar em ver - Tú me deu mó susto . Pensei que tinha te perdido.

Afrodite - Eu sou sua mulher - a confirmação do que eu já sabia vem acompanhada de uma careta de dor - E você não vai se livrar de mim tão fácil.

Fico preocupado com sua expressão , mas também feliz pra um caralho com sua fala .

Como pode uma mulher me fazer sentir tanto em tão pouco tempo ?

Só pode que isso é feitiço, dos brabo .

Brenda - A teimosa já está falando , né? - a tremedeira ambulante entra no quarto - Amiga , você não pode ...

Afrodite faz uma expressão como quem pede pra ela ficar calada e a loira obedece.

Tem caô aqui.

-- O que aconteceu ? - pergunto sério , fazendo as três me olharem com cara de doidas , foco na doutora que até agora eu não entendi o porque de tá aqui com um papel nas mãos ao lado de uma máquina que tem uma televisãozinha invocada lá .

Afrodite - Pai ? - olho pra trás vendo ele parado na porta .

O rosto molhado de lágrimas e o olhar arrependido olhando pra qualquer lugar menos pra ela .

Afrodite - Vem cá - sua voz quase não sai e eu me preocupo com essa porra , não sei se era aquele caralho que tava na boca dela que machucou ou algo que eu ainda não sei , mas eu vou descobrir.

Jão - Me perdoa , minha filha . Me perdoa , por favor - ele chora passando por mim e eu dou espaço vendo ele se ajoelhar perto da cama dela .

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