- JÃO -
- Tem certeza que não está doendo ? - a voz doce pergunta baixinho como se tivesse com medo de mais alguém ouvir .
E nem tem , estamos só nós dois aqui em casa . Já que o Russo e Ben sairam assim que ela chegou .
-- Tenho , pó confiar - fecho os olhos ao mentir descaradamente , sentindo ela enfiar a agulha passando de um lado pro outro na pele do meu ombro , tô anestesiado mas é a mesma porra de não está.
Tô sentindo tudo , se pá , até mais que antes .
-- Não sei pra quê eu fui olhar pra cima - faço tcs me lamentando pela enésima vez - Burrice minha , pô . Por pouco essa porra não pega é no peito - faço drama ouvindo ela rir baixinho .
Tudo que eu queria, a risada dela é tão gostosa de se ouvir.
Brenda - Ai , Jão, para . Tú é tão sortudo que a bala atravessou sem pegar em nenhum tendão - sussurra , sinto algo macio ser posto no meu ombro e abro os olhos vendo ela fazendo um curativo encima dos pontos .
Brenda está tão perto que eu consigo sentir o cheiro bom do seu perfume como se estivesse em mim e isso tá me deixando embriagado.
A ponto de pular encima dela .
Falar pra tú , essa mulher foi minha âncora , o motivo de eu não ter sucumbido depois de quase perder minha menina por culpa minha mermo.
Minha loira chegou de mansinho, me conquistando com o jeitinho doce e cuidadoso dela , mostrando que embora eu fosse um cuzão , ela não ia sair do meu lado .
Pô , não deu outra.
Tô amarradasso nela . Disposto a assumir agora que um peso fodido saiu da minha consciência .
Brenda - Terminei - ela ergue o olhar que se encontra com o meu e logo desvia ficando vermelha, toda tímida ela - Você tem que parar de me olhar desse jeito .
-- De que jeito ? - sou siníco e ela revira os olhos guardando as coisas na mala .
Brenda - Você se faz demais , Jão - ela se prepara pra levantar mas eu impeço - O que foi ?
-- Fica comigo ? - meu tom soa carente enquanto deslizo minha mão esquerda sobre seu braço pegando na sua , mas eu não me importo.
É assim que eu ajo com ela , sem vergonha de parecer um cachorro abandonado .
Afinal , eu sou.
Brenda - Jão , eu não sou igual as mulheres que você está acostumado a ficar , eu ... - sinto o medo no seu tom de voz.
-- Eu sei , sei o que você era e o que você se tornou - engulo a saliva , me sentindo nervoso - E quer saber ? Eu não me importo com esse detalhe . Tô te querendo por inteira , ou não - sou sincero mas não deixo de brincar com a situação .
Ela sorrir entendendo .
Brenda - Você tem certeza ? - confirmo subindo com minha mão pro seu pescoço trazendo seu rosto pra perto do meu.
-- Absoluta , minha loira - vejo um sorriso tímido se formar nos lábios carnudos e antes que ela se afaste eu ataco sua boca com a minha.
Nosso beijo começa lento , comigo podendo sentir bem o sabor vindo da sua boca que tem gosto de cereja , bala de cereja , Brenda desliza sua lingua sobre a minha me devorando enquanto acelera o ritmo , tomando o controle da situação.
Eu sinto meu fôlego chegar ao fim quando ela senta em mim , sarrando safada , sem desgrudar nossas bocas .
Bagulho fica tão intenso que eu esqueço do meu ombro machucado e afasto meu braço direito só pra voltar com a mão aberta dando um tapa forte na lateral da sua coxa .
Gemo de dor ao sentir um ponto ser rompido .
Porra ...
Brenda - Meu Deus ! - ela se afasta ofegante olhando pro meu braço vendo o sangue encharcar o curativo recém feito - Me desculpa , de verdade , me desculpa ... - pede , como se ela fosse a culpada .
-- Fica mec , loira . Foi culpa minha - puxo o bagulho vendo o sangue descer pelo meu braço e peitoral.
Bufo irritado indo pro banheiro , vou precisar de um banho agora.
Brenda - Precisa de ajuda ? - entro no box tirando a calça ficando só de cueca e logo tenho a idéia - Eim ? - ela surge na porta.
-- Ai , tá doendo demais ... Acho que ovô morrer - me encosto no vidro fingindo sentir mais do que eu estou e como imaginei ela vem correndo pra minha frente .
Brenda - Calma , me mostra onde dói - seu tom preocupado quase me faz rir , tão inocente...
-- Aqui - mudo nossas posições prensando ela no vidro , fazendo a loira sentir meu pau duro tocar na sua virilha coberta pelo tecido do vestido floral .
Tô numa curiosidade fodida de saber como é por baixo dele .
Soube que ela fez a primeira cirurgia com 19 anos , sempre tive a curiosidade mas nunca a moral de perguntar sobre .
E agora estando tão perto nem vou precisar , vou vê com meus próprios olhos.
Brenda - Jão - ela geme ficando molinha - Seu braço... - deslizo minha lingua no seu pescoço deixando ela toda arrepiada.
-- Vou te fuder com meu pau , não é com ele não - falo contra sua pele cheirosa - A não ser que tú curta esse bagulho , ai eu faço.
Brenda - Ai ... - ela sorrir nervosa quando eu subo apertando seu corpo com a mão esquerda , vou ter que fazer milagre com ela já que a outra nem erguir direito eu tô conseguindo - Você é maluco .
-- Eu sei disso - beijo sua boca ...
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- BRENDA -
Meu corpo explode em sensações quando sua boca deixa a minha pra descer sobre ele espalhando beijos molhados .
Seu toque é bruto mas tem uma pitada de carinho em tudo que faz .
É perfeito .
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Os comentários dos leitores sobre o romance: CALIENTE (morro)