- AFRODITE -
Não sinto nenhuma dor física , mas a psicológica tem se tornado cada vez maior graças ao Dewid que se mostrou mais maluco do que eu imaginei que fosse.
Eu já vi ele estrangulando uns três, dentre eles seu próprio irmão que ele batia no peito defendendo e pelo modo que ele me olha creio que a próxima vai ser eu .
E eu não sei se vou resistir dessa vez.
Wid - Nunca entendi porque você me trocou pelo filhinho de papai - sua voz é calma mas seus olhos queimam com a raiva presente neles - Eu sempre fui mais homem que esse pela saco do Gam .
-- Eu não ... - me calo quando ele segura meus ombros empurrando pra trás , trazendo a sua boca pra minha.
Wid - Trocou sim , sua vagabunda - reprimo os lábios quando ele tenta me beijar mas ele não se importa e continua deslizando sua lingua por eles procurando um espaço pra entrar .
Sinto seus dedos em forma de grampo apertarem meu nariz me impedindo de puxar o ar por eles .
Wid - Ou tú abre a porra da boca e me beija ou tú morre sufocada - ele sorrir apertando mais e ficando sem ar eu separo meus lábios puxando por eles .
No mesmo segundo sua lingua adentra na minha boca .
Me remexo tentando tirar ele de cima de mim mas falho miseravelmente , Wid é muito pesado , meu estômago embrulha quando ele geme puxando meu lábio com os dentes , sinto tanto nojo que não consigo se quer me mover .
Eu não aguento mais .
Minha vida se tornou uma montanha russa de emoções , numa hora eu tô feliz lá encima e no segundo seguinte chorando ao descer a cem por hora .
E agora eu só tô descendo .
Dewid se afasta , sorrindo diabolicamente enquanto me olha de cima a baixo .
Meu corpo sofre pequenos espasmos de medo por isso , meu olhar não sai dele , atento a cada movimento seu .
Já imaginei mil formas de fugir mas em todas eu fracasso , até porque nem ficar em pé sozinha eu consigo nesse momento .
Se pelo menos o Leonaro estivesse acordado ...
Não perdoei , mas dos dois ele é o que menos me dar medo , Leonaro nunca erguiu a mão pra mim , já o Dewid ... Erguiu tantas vezes que eu perdi a conta , a última foi quando ele me pegou de madeirada , me espancou porque segundo ele o seu "amigo" disse que eu estava rendendo pra geral .
Mentira , eu tinha 15 anos , tinha acabado de perder a vingindade com ele , era completamente apaixonada por esse estrume humano .
Hoje eu só sinto medo , nojo e tudo de ruim por ele .
Wid - Eu daria tudo pra saber o que se passa nessa sua cabecinha , meu amor - me assusto quando ele suspende meu corpo , sua mão entrando em contato com a pele exposta da minha coxa - Tava vestida com esse bagulho curto ? - ele olha pro vestido hospitalar e eu engulo a saliva entrando em pânico - Porra , se eu soubesse...
Minha respiração falha quando ele praticamente me joga na cadeira de rodas , uma ardência que começa no meu cóccix sobe até a base do meu pescoço.
-- Wid , minha coluna - choro sentindo meu corpo cedendo aos poucos e pela primeira vez em anos vejo um olhar preocupado surgir nos seus.
Wid - Tá doendo , meu amor ? - confirmo , sem me importar com sua fala.
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