- RUSSO-
Fico puto . Puto pra caralho com essa facilidade que a Afrodite tem de perdoar e de querer o bem das pessoas mesmo depois delas fazerem mal pra ela .
Porra , qual a dificuldade em falar não ? Em ignorar e mandar a pessoa se foder ? Nenhuma .
Tô vendo que se eu não ensinar pra ela que a banda não toca nesse ritmo a próxima pessoa que ela vai perdoar é a vagabunda da Tabita e é aí que a gente vai se estranhar porque aquela lá eu vou fazer questão de matar estrangulada , olhando nos meus olhos , nem que eu arranque as pálpebras dela pra isso acontecer.
Respiro fundo , o fedor do vômito me incomodando enquanto eu seguro o corpo da Afrodite de lado olhando ela cospir no balde de lixo , minha pretinha só faltou jogar as tripas .
Cê é doido .
Olho pro lado , Zeca tá deitado no chão com os braços amarrados pra trás pedindo pela vida dele e o Ben sentado nas suas costas mexendo no celular esperando uma ordem minha .
Pela primeira vez eu não sei o que fazer , Afrodite me tem nas mãos , isso não é novidade , faço de tudo por essa mulher . Mas deixar o Gam e o pai dele irem embora logo depois de tentar contra ela ? Eu não sei se tenho sangue pra isso não irmão .
Afrodite - Você matou eles ? - sua voz baixa entra nos meus ouvidos mas eu não a olho , nem respondo - Me responde, Russo. Matou ?
Me mantenho calado , na mente a lembrança do que eu fiz rodando como um filme :
Flashback on ...
Wid - Eu sabia que ele ia vim - gargalha do outro lado fazendo meu sangue borbulhar de tanto ódio - Vai fazer o que agora , Russão ? - debocha.
-- Tú vai ver já, já - saio da sala consumido por tudo que à de ruim nesse mundo e vou até a parede de armas no meu escritório pegando a calibre 12 de repetição e uns 8 cartuchos voltando pra onde eu estava .
Posso até não ter tempo de torturar esses fodidos agora , mas deixar eles vivos com certeza eu não vou .
Ben - Vai fazer o que porra ? Deixa ele ai , tá gastando tempo enquanto o cara tá lá com a Afrodite - ele fala desesperado, tô vendo o quanto ele tá preoculpado mas isso tá me deixando mais bolado ainda .
-- Sai daqui , Ben . Desce pro hospital que assim que eu terminar aqui eu vou .
Ele obedece , resmungando mas obedece.
Wid - Tú vai entrar em uma com o Zeca se me matar - ele estufa o peito achando que isso vai me parar , vai porra nenhuma .
-- Vou fazer é um favor pra ele te mandando pro inferno - coloco um cartucho no tubo de detonação e os outros 7 no de carregamento , sempre olhando pra ele que agora me olha assustado - Tu perguntou ? - firmo os pés no chão a uma distância boa dele , travando a coronha da 12 no meu ombro pra conter o coice - E essa é a resposta - miro na sua coxa direita onde tem o corte , tirando a trava do gatilho já apertando e ouvindo ele gritar ao ter sua perna quebrada .
Puxo a telha vendo o cartucho vazio voar pra fora da arma e o cheio tomar seu lugar , repito na outra perna que assim como a primeira fica com o osso e carne exposta sagrando.
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Os comentários dos leitores sobre o romance: CALIENTE (morro)