CALIENTE (morro) romance Capítulo 52

- AFRODITE -

Só me fodo .

Quando eu penso : Agora as coisas vão ficar tranquilas a vida sempre dá um jeito de me surpreender .

De verdade , o que foi que eu fiz pra merecer essa maré de azar ?

Não responde , eu acho que sei .

Respiro fundo , deslizando mais uma vez a mão pelo meu rosto enquanto tento inutilmente parar de chorar no colo do meu pai .

Não quis ficar perto do Bóris , por mais que ele me faça sentir segura e amada com a maturidade e a certeza que me quer que ele tem , eu não consegui.

Bóris queria que eu fosse com ele conversar com a Laise, mas me diz como que eu ia chegar lá e encarar ela sabendo que assim como eu ela pode estar carregando um bebê dele , e só dele .

A insegurança bateu forte .

Laise dá de dez a zero no quesito beleza e maturidade em mim , e se ele decidir ficar com ela porque eu além de esperar um filho dele também espero do meu ex ? ex que eu não sei nem que fim tomou porque toda vez que eu pergunto sobre nunca obtenho resposta .

Helena - Ouvi dizer que precisavam de uma velha aqui ? - ela surge na porta do meu quarto e eu levanto rápido indo abraçar ela - O minha menina , porque tanto choro ?

Dou de ombros , além de tudo ainda estou com vergonha de falar o porque.

Sei que eles vão falar que eu estou sendo imatura e não tô pronta pra receber mais esse adjetivo.

Jão - Isso eu vou descobrir agora . Cheguei e ela já estava assim , não fala nada , só sabe chorar . Isso tem quase uma hora - sinto sua mão afagar meus cabelos - Não sei da onde tem saído tanta água. Esse reservatório não seca não ? - sorrio em meio ao soluço que escapa da minha boca - O papai já volta , minha chorona - ele beija meu ombro - Cuida da nossa menina, Lena .

Helena - Não se preocupe , eu vou meu filho - meu pai sai e ela me leva pra cama - Quer me falar o que aconteceu ?

-- Agora não - fungo deitando no seu colo macio e fico sentindo ela fazer carinho no meu cabelo enquanto eu choro tudo que preciso.

As lágrimas levam tudo , inclusive a vontade de ficar acordada ...

-

Acordo com o barulho de gritos no andar de baixo , muitos .

Meu quarto está escuro e quando olho pra janela percebo que não é só ele , já anoiteceu.

Estremesso de frio , embora esteja embrulhada ainda sinto e depois de conferir a temperatura do ar entendo o porque, está no mínimo.

-- De certo queriam que eu congelasse - resmungo abraçando o cobertor e desço da minha cama king size indo em direção a porta acender a lâmpada ainda ouvindo as vozes gritantes .

Me concentro em entender o que dizem antes de sair do polo norte que virou meu quarto.

Jão - Tú não vai subir esse caralho , vai deixar ela quieta . Amanhã se ela quiser te ver eu mesmo levo .

Russo - E tú acha que eu vou ficar uma noite sem a minha mulher ? Porra nenhuma. Nem quando ela estava no hospital eu fiquei. 31 dias e todas as noites eu estava lá, nem que fosse só pra ver ela dormir. Eu estava.

Jão - Eu não vou falar de novo , porra! Caralho Russo , tú vacilou irmão, da um tempo pra ela digerir isso ai.

Russo - Que mané tempo, Jão. Tempo dela é do meu lado , nem que seja puta comigo . E não vem com essa que eu vacilei porque eu tenho certeza que não é meu . Diferente de tú que só fode no pelo eu sempre uso camisinha e costumo checar depois.

Ouço a gargalhada irônica do meu pai .

Jão - Filho da puta mentiroso. Só fodesse com camisinha Afrodite não teria engravidado de tú .

Russo - Afrodite foi minha única exceção , pra tú ver . Eu fiquei com a Laise durante seis anos e ela nunca engravidou. Fiquei com tua filha duas semanas e já mandei logo foi um herdeiro pra ela gerar .

Os dois começam a rir .

Jão - Minhas netas .

Russo - Teu cú , arrombado. Se vier duas meninas eu mando direto pra um convento . Deus me livre duas meninas com a genética safada dos pais . Dou conta não ... Antes que eu esqueça , se eu fosse tú eu ia dar uma volta por aí .

Meu pai xinga ele e antes que eu me afaste da porta ela é aberta e o brutamontes surge na minha frente .

Me arrepio inteira com seu olhar que cai sobre mim e culpo o frio do quarto por isso .

-- Tá fazendo o quê aqui ? - ergo a mão até minha boca tirando uns fiapos do cobertor desviando o olhar do seu.

Minha vergonha é tanta que eu se quer olho na sua imensidão acizentada.

Russo - Olha pra mim , pretinha . Não fica me negando não - ele fecha a porta e se aproxima .

-- Não tô te negando nada - sinto suas duas mãos envolverem meu rosto me fazendo olhar pro seu - O que você quer ?

Russo - Tú sabe que é você - respiro fundo e como a rendida que eu sou sorrio fraco com a sua confissão - Não faz mais isso comigo - ele me envolve no seu abraço.

-- Eu não fiz nada . Nem falei .

Russo - Esse é o ponto . Quero te ver falar , gritar comigo mas nunca ficar calada.

-- Eu queria era te dar uns tapas , te arranhar inteiro , descer a madeira em tú e naquela siliconada da lanchonete - sou sincera , ele me afasta segurando nos meus ombros , o olhar indecifrável quando ele olha pra minha boca e só então sobe pros meus olhos - O que foi ? Falou pra mim não ficar calada , tô te mandando a real .

Mordo meu lábio , acho que fui muito sincera.

Russo - Já tomou banho ? - muda de assunto , faço que não vendo um sorriso de lado surgir no seu rosto - Vem , eu vou te dar um e te colocar pra mamar , quer dizer , levar pra um lugar - brinca vindo pras minhas costas.

Russo me abraça e eu juro , consigo sentir sua ereção tocar minha bunda.

-- Porque você é assim ? - ele tira o cobertor de mim - Sempre leva tudo pro lado sexual ?

Russo - Dá um desconto , eu fiquei um mês sem o calor da tua buceta , quero  mais é tirar o atraso . E depois , eu sei o que eu quero, não tenho tempo pra gastar com coisas e pessoas que não me interessam. - ele diz isso tudo enquanto caminha comigo pro banheiro.

Me despindo e fazendo o mesmo ...

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: CALIENTE (morro)