CALIENTE (morro) romance Capítulo 78

- AFRODITE -

Os lábios dele deslizando sobre a pele do meu pescoço me causando arrepios intensos ...

Minhas pernas se fechando no seu quadril impedindo que ele saia de dentro de mim ...

O gosto da maconha presente no nosso beijo e o jeito lento que o seu corpo desliza sobre o meu ...

Tudo isso fica no passado quando ele se empurra uma última vez contra mim , me olhando no fundo dos olhos .

Nosso mundo explodindo em prazer e só o que fica são duas pessoas , eu e ele , com a única certeza que a gente tem sendo dita através do nosso olhar .

Eu te amo ...

-- De mais - completo quando lentamente ele se retira de mim e deita ao meu lado , me puxando pra si.

Bóris fica comigo até que nossas respirações se acalmam e nossos corações desaleram , afagando meus cachos , olhando atentamente pra cada parte do meu rosto como se não podesse ir antes de memorizar cada mínimo detalhe dele .

Ele toca meus lábios , desliza a ponta do dedo por toda a minha face e então sussurra com a boca rente a minha :

Russo - Eu vou voltar pra vocês ...

Ele fala com certeza mas não se atreve a prometer e eu sei o porque .

Promessa é algo que deve ser cumprido , sempre , independente da situação. E se você acha que não consegue é melhor não fazê-la , é o caso dele .

Russo - Tá ouvindo ? - aceno em concordância , meus olhos piscando lentamente com o sono que me atingiu de repente - Dorme um pouco pretinha , quando você acordar eu já vou ter ido , mas eu volto .

Ele beija meus lábios ternamente , e então me vira de costas pra si me envolvendo numa concha feita pelo seu corpo , sua mão direta vem parar aberta sobre a minha barriga onde seu polegar fica deslizando pra cima e pra baixo enquanto ele sussurra seu amor por nós quatro hora ou outra beijando a pele do meu ombro até que eu adormeço e não vejo , nem sinto mais nada ...

-

Acordo assustada ao ouvir batidas na porta do quarto , sentindo meu coração acelerado batendo forte no peito e minha respiração ofegante .

No automático , eu passo as mãos na minha barriga - coberta pelo tecido que pelo perfume impregnado eu julgo ser da camiseta do Bóris - sentindo meus bebês agitados e a ausência da mão grande que estava sobre ela antes .

Bocejo , e passando minhas mãos no rosto pra despertar sento na cama percebendo três coisas .

Uma : Já anoiteceu .

Duas : Ele não está comigo .

Três : Tem alguém batendo insistentemente na porta ameaçando mandar ela pro chão .

A voz é familiar mas eu me mantenho sentada , calada e olhando pro nada tentando lembrar da conversa que eu tenho certeza ter tido com ele antes de apagar completamente .

- Certeza que ela morreu aí dentro - a voz masculina diz do outro lado da porta e eu viro minha cabeça na direção focando em entender mais da conversa que vem a seguir - Eu vou arrombar essa porra e depois tú fala que foi tú.

- Eu nada . Meu moreno comeria meu cú , e eu nem estou falando no sentido figurado da palavra...

- Olha , cala a boquinha aí que eu não preciso saber que estouraram tuas pregas não ... - sorrio negando.

É o Benício e a Brenda , certeza.

Levanto devagar e com cuidado pra não bater em nada no breu que está meu antigo quarto eu chego na porta , tateio a parede ao lado dela até achar o interruptor e o aperto baixando meu olhar rapidamente ao ser atingida pelo brilho forte da lâmpada.

Estreito meus olhos olhando pro chão e vejo a chave ali , próximo ao meu pé. Me abaixo pegando e destranco a porta vendo os irmãos Tom e Jerry mais conhecidos como Benício e Brenda.

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