Resumo do capítulo Capítulo 81 - Put master de CALIENTE (morro)
Neste capítulo de destaque do romance Erótico CALIENTE (morro), Emah_Post apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
- AFRODITE -
Ben - Roda pião ! - ele ergue a mão me fazendo girar e voltar colando nossos corpos sem perder o ritmo - Pô , essa barriga ai tá atrapalhando o bagulho .
-- Falou o homem que está com a perna no meio das minhas e a mão descendo de novo pra minha bunda - ele rir jogando a cabeça pra trás - Seu safado , meu marido chegar e pegar a gente assim, vai dar bom não.
Ben - O caralho ! - ele fica sério - Tinha esquecido dessa porra - rapidinho eu sinto sua mão subir pro meio das minhas costas.
Sorrio jogando a cabeça pra trás vendo a tia Helena fazer sinal pra trocar de parceiro e aceno em concordância antes de voltar a postura ideal chegando pertinho pra falar no ouvido do Ben.
-- A tia Helena quer dançar contigo - aviso.
Ben - Agora ? - faço que sim - Tá , toma cuidado com aquele velho . Se ele vier de gracinha pro teu lado tú mete o joelho nos bago dele e corre pra mim que eu te protejo - ele alivia o aperto sobre o meu corpo ao ir dançando comigo até o casal de velhos que parecem adolescentes de tanto que se beijam - Na moral , tô pronto pra ver minha vó namorando não. O bagulho nojento .
-- É só fechar os olhos . Agora cala a boca , por favor - ele sorrir falso , me olhando daquele jeito como quem diz "vem calar" - Bóris chegar , você pede pra ele.
Pronto, o homem se apruma rápido .
Trocamos de parceiros e falar pra vocês , eu fico até sem ar quando o senhor pretinho me puxa de uma vez pra ele e num gingado que faz inveja a muitos me guia num ritmo agitado.
Perco as contas de quantas vezes erro os passos e peço desculpas , é muito difícil acompanhar alguém que dança de um jeito diferente do que você aprendeu.
-- Desisto - falo cansada - Eu não consigo te acompanhar . O senhor rebola mais que eu - admito rindo.
Pedro - Senhor está no céu , jovem Afrodite . Já lhe falei . Vamos , você precisa mesmo descansar - ele me guia de volta a mesa em que estávamos .
Embora minha primeira impressão dele não tenha sido a melhor , agora eu vejo o quanto ele é gente boa , foi respeitoso e me pareceu sincero quando falou que gostava muito da dona velha.
E já que a dona velha confia nele , eu me permiti confiar também .
Chegamos a mesa e só então noto que todos estão ao redor dela .
-- O que aconteceu ? - olho pra cada um deles , todos estão suados e parecendo destruídos .
Assim como eu.
Brenda - Eu não sei eles , mas eu ? Estou acabada , derrotada e com calo nos pés de tanto dançar - ela joga a cabeça pra trás rindo de nervoso - E eu nem gosto de forró.
Dou risada me sentando ao seu lado e pego uma garrafinha de água encima da mesa , abro e bebo do líquido pra me refrescar.
Marisa - Eu preciso urgentemente ir ao banheiro. Alguém anima ir comigo ? - ela levanta deixando sua bolsa no colo do esquisito - Segura pra mamãe GH.
Helena - Vamos todas juntas - ela fala tirando a garrafa da minha mão - Né Afrodite ?
-- É tia Helena - sorrio falsa e levanto na base do ódio seguindo as duas com a Brenda do meu lado - Tinha acabado de sentar , tava de boa bebendo minha água... - reclamo baixinho pra ela não ouvir - A vida de uma mandada é difícil...
Vou o caminho resmungando e a Be rindo por eu não falar alto o suficiente pra dona velha ouvir , mas quem falaria ? Tô nem doida pra levar um cascudo.
Os dela doem .
Ao chegar ao banheiro as duas mais velhas entram nas cabines e de lá começam a puxar conversa comigo que uso do tempo pra prender meu cabelo num coque e ficar razoável pra voltar pra mesa .
Marisa - Então ... seus bebês já tem nomes ? - pergunta .
-- Os meninos sim , vão se chamar Gabriel e Dante - suspiro olhando meu reflexo no espelho, falar dos meus filhos é um caminho sem volta , eu começo e não quero mais parar - Agora a minha bonequinha ainda não tem , são tantos nomes lindos que eu estou em dúvida.
Brenda - A vó falou que você ia colocar o nome de Helena , em homenagem a ela .
Helena - Xiuu ! Cala-te boca de sacola - dou risada dela que abre a porta saindo do cubículo guardando algo na sua bolsa - Tô rodeada de gente linguaruda , Deus é mais. Eu vou ... - ela para de falar e olha pra entrada principal fechando a cara na hora - Mas é uma vagabunda muito corajosa de aparecer aqui mesmo .
Franzo meu cenho quando ela e a Brenda que se virou na direção primeiro que eu vem parar na minha frente formando uma parede humana que me impede de ver com quem ela fala .
Abro a boca pra perguntar mas fecho assim que ouço a voz da pessoa que eu gostaria de nunca mais ver na minha vida .
Tabita - Vagabunda não , me respeite sua velha caquetica - a voz que me faz travar vem acompanhada do barulho do seu salto batendo contra o piso enquanto ela caminha pra dentro - Cadê minha filha ? Fiquei sabendo que ela estava grávida e que estava aqui . Vim ver com meus próprios olhos.
Respiro fundo , o medo tomando conta do meu ser ao lembrar da frase que ela falou enquanto me estrangulava .
" A mamãe te deu a vida , a mamãe vai tirar "...
O ar começa a faltar nos meus pulmões e eu estremeço como se estivesse queimando de febre .
Deus ! Eu não posso ter uma crise.
Não agora , não na frente dela .
Fecho minhas mãos apertando a unha contra a palma , tentando puxar o ar pra dentro mas uma bola na minha garganta me impede.
Terminar o que ela começou no hospital.
Brenda - Ah merda - ouço sua voz e logo em seguida o barulho estridente de um tiro que soa alto pelo pequeno espaço deixando o fedor forte de pólvora pra trás.
Tabita cai novamente , o tiro de um segundo atrás atingiu sua coxa direita e agora ela grita apertando o local pra impedir a perda de sangue que jorra pra todos os lados.
Levo mais dois segundos pra rodar meu olhar pelo espaço e perceber que quem atirou foi a tia Helena que está com uma 38 rose gold em punhos , sua mão treme sem parar enquanto ela se mantém olhando pra toda a cena com o olhar horrorizado.
Essa expressão eu conheço bem , eu já a fiz e já senti tudo de ruim que vem junto dela .
Marisa - Vamos sair daqui . Rápido - ela grita pegando na minha mão e me puxa pra Deus sabe lá onde.
Olho uma última vez pra Tabita que ergue o olhar pro meu e repete a mesma frase que ela me disse logo depois de eu deixá-la careca :
Tabita - Vocês vão se arrepender por isso - ouço , e então eu saio em disparada com as outras três.
Já do lado de fora , andamos pelas pessoas que correm em direção a saida , provavelmente fugindo do que elas acham ser um tiroteio , enquanto três delas correm na nossa direção.
Ben vem direto pra mim e pra Brenda nos olhando de cima abaixo , movimentando a boca enquanto fala .
Eu não o escuto , os gritos das pessoas ao nosso redor me impedem de escutar.
Olho pros outros.
Do meu lado direito , o esquisito faz a mesma coisa com a mãe dele e do esquerdo o seu Pedro com a tia Helena que ainda trêmula entrega a arma pra ele e me olha , seus lábios se movimentam lentamente e eu consigo ler eles .
" Você está bem minha menina ? "
Aceno em concordância mesmo que o meu interior diga o contrário e então percebo uma lágrima escorrer pelo seu rosto .
Uma bendita lágrima que ela limpa rápido e que ao ver faz meu corpo inteiro se arrepiar .
Céus. Que coisa estranha .
Ben - Vai com eles que eu vou atrás da Tabita . De hoje aquela vagabunda não passa - a voz dele grita no meu ouvido e eu fecho meus olhos por um segundo quando um zunido ruidoso se faz presente ali .
E agora mais essa.
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