Colocar tudo aquilo pra fora foi ótimo, não só por ele ser a primeira pessoa, fora da casa onde cresci, que ficava sabendo das tristezas que enfrentei, mas também porque era uma parte de mim que Patrick se interessou em saber, ele me perguntou sobre minha vida e ficou me ouvindo até o fim.
Nem preciso dizer que aquele beijo nos levou a mais uma rodada de sexo quente, ele parecia uma máquina e apesar de eu estar dolorida eu o queria na mesma intensidade.
Cada toque dele me deixava queimando de desejo, me fazendo querer mais dele. Por isso quase não saímos da cama pelo resto do dia, já era fim de tarde quando eu me levantei da cama, tomando todo o cuidado para não acordá-lo.
Patrick dormia profundamente apesar da hora e da máscara incomoda que ele insistia em não tirar do rosto. Eu me perguntava quando ele ia começar a se abrir comigo e finalmente me deixar ver seu rosto por completo sem aquela coisa atrapalhando.
Comecei a preparar um almoço rápido, depois de uma olhada na geladeira e nos armários eu decidi fazer massa e um bife, não sabia qual era o gosto dele, mas já tinha o visto comer os dois.
Eu me sacudia mexendo a panela com o molho e com o balanço da música que vinha da televisão que tinha ali na cozinha, o lugar exalava dinheiro em cada cômodo. Rosa me ensinou a cozinhar, mas eu nunca realmente tive essa liberdade de fazer o que quisesse, mas ali eu finalmente estava começando a me sentir em casa, começando a ficar a vontade.
— Não sabia que você tinha esse gingado todo. — a voz grossa e inconfundível me alcançou me fazendo dar um pulo.
— Não sabia que tinha acordado, nem te ouvi chegando. — murmurei tirando um tempo para olhar o corpo dele.
Era maldade que ele estivesse exibindo o belo peitoral abdômen e braços, usando só aquela bermuda. Eu ainda estava me acostumando com a beleza dele e o que me fazia sentir sempre que eu o via assim.
— Eu queria ver o que você estava aprontando, o cheiro está incrível. — ele falou dando a volta no balcão da cozinha e chegando até onde eu estava. — Acordei e minha esposa não estava na cama. — Patrick sussurrou perto da minha pele, me arrepiando dos pés a cabeça. — Eu queria ter te acordado.
As mãos dele deslizaram pela lateral do meu corpo, até pararem sobre meu quadril. Ele estava tentando me seduzir mais uma vez, porém dessa vez eu não podia ceder.
— Você vai ter outras chances de me acordar o quanto quiser, agora porque não se senta ali e me deixa terminar nosso almoço? — falei tentando ser firme e o empurrei com a bunda para longe.
— Se continuar fazendo isso não vamos almoçar tão cedo. — ele sussurrou contra minha orelha, antes de mordiscar o lóbulo e sair. — Vou parar de te distrair e fazer umas ligações rápidas.
Patrick saiu e eu fiquei olhando as costas dele e pensando que a mãe dele tinha estado certa, ficarmos isolados ali realmente nos ajudaria, já me abri com ele, Patrick estava sendo um sonho de homem, cuidadoso, interessado e cheio de desejo. Eu só esperava que as coisas não voltassem a ser um inferno quando retornassemos pra casa.
Terminei de fazer o molho, fiz uma salada e coloquei a mesa, mesmo que fossemos só nós dois eu queria tudo perfeito.
Fiquei esperando por Patrick, mas não tinha nem sinal dele então antes que tudo esfriasse eu me levantei e fui procurar por ele.
Entrei no escritório que tinha no andar de baixo, mas ele não estava ali, subi até o nosso quarto, era o único lugar plausível que ele poderia estar.
O barulho vindo do chuveiro me atraiu imediatamente pra lá, a porta estava entre aberta e eu não hesitei em terminar de abri-la e olhar pra aquele corpo nu mais uma vez. Mas o que eu vi me parou no mesmo instante.
Uma voz de mulher saía no viva voz do celular dele.
— Ok, se você não gostou eu posso mudar isso. Vou só tomar um banho pra despertar, assim que mudar para o que você quer eu mando uma foto pra sua aprovação querido.
— Obrigada, e desculpe te acordar tão cedo, mas eu realmente precisava disso Suzie.
— Sem problemas, sabe que estou a sua disposição. — a mulher respondeu com a voz suave e doce, antes de desligar a ligação.
Eu corri para fora do banheiro antes que ele me visse ali espiando. Enquanto descia as escadas meu coração ficava mais apertado, a cada degrau parecia que um pedacinho desabava enquanto as barreiras em volta do meu coração cresciam novamente.
Fui muito burra em achar que Patrick seria fiel a mim, só porque estávamos nos entendendo aquilo não significava que ele ia encara isso como um casamento de verdade, ele tinha dito mais de uma vez que eu estava ali apenas para lhe dar um filho.
Me sentei na mesa já me servindo e comecei a comer, eu não ia esperar por ele, enquanto o infeliz ficava conversando com alguma vadia no telefone.
— Ele que fique lá esperando a foto dela! — resmunguei comigo mesma e enfiei uma garfada de massa na boca.
— Falando sozinha esposa? — a voz dele soou atrás de mim me assustando, nem tinha escutado os passos dele. — E nem esperou por mim, estava faminta, não é?
O sorrisinho dele me deixou ainda com mais raiva, quem ele pensava que era pra agir assim e ficar me chamando de esposa, quando não honrava isso.
Semicerrei os olhos o encarando enquanto ele se servia com o ar de inocência.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Casada com a Fera
Quando vai sair o restantes dos capítulos?...
Estou doida para terminar esse livro... mais tá difícil!!...
Pois, é hoje adicionaram mais um capítulo. Deveriam pôr todos pois diz estar concluído!...
Diz que está concluído mais não sai do capítulo 28!!...
O livro acaba no capítulo 28? Não vejo o restante dos capítulos......