Casada com a Fera romance Capítulo 26

Eu não precisei pensar para onde iria, o único lugar onde eu podia ir era para a casa de Rosa, eu tinha certeza que ela não me deixaria na rua e me deixaria em paz para pensar e tomar minhas decisões.

Ela tinha me aconselhado a dar uma chance a Patrick, para que eu encontrasse um pouco de felicidade na vida, mas agora eu não tinha mais certeza se eu encontraria isso algum dia. Tudo o que eu precisava agora era ficar longe dele enquanto penso sobre minha vida sobre todos os problemas que me aconteceram ao longo dessa semana.

Enquanto o carro que Audrey chamou, me levava até a casa de Rosa, eu só conseguia pensar o quanto fui boba, fui tola e me encantei facilmente. Eu já estava fazendo o nosso casamento funcionar, enquanto ele estava pagando para uma mulher transar com ele.

Cada vez que esse pensamento voltava a minha mente e a foto da bela mulher nua preenchia meus pensamentos, eu tinha uma vontade de me encolher e vomitar ao mesmo tempo. Nunca pensei que seria tão burra assim na vida.

Eu remói isso por muito até que peguei no sono encarando a paisagem do lado de fora, não sei por quanto tempo eu dormi, mas quando o barulho da cidade grande me rodeou foi inevitável não acordar. Despertei com calma, mas me assustei com a moto próxima ao carro, um homem vestido todo de preto estava perigosamente perto da janela onde eu estava.

Nada como a loucura habitual da cidade para me acordar. Mas foi só cair sobre mim a realidade do porque eu estava ali e não na casa de Patrick, para que eu murchasse novamente.

— Já chegamos senhora. — o homem anunciou me tirando dos meus pensamentos.

Olhei em volta vendo a casinha que Rosa tinha me mostrado apenas por fotos, mas que eu nunca pude conhecer pessoalmente.

— Obrigada. — murmurei descendo do carro e mantendo meus olhos na casa, o homem colocou a mala no chão ao meu lado, antes de entrar no carro e ir embora.

A casinha laranja, com o jardim cheio de rosas na frente era a coisa mais linda que eu já tinha visto, mesmo olhando de fora eu já sabia que era aconchegante, assim como os abraços dela.

— Procurando alguma coisa moça? — a voz masculina ao meu lado me fez pular na calçada.

Eu olhei para o lado me deparando com um homem alto e forte, de cabelo baixo e várias tatuagens espalhadas pelo corpo. Ele semicerrou os olhos chamando a atenção para o tom entre esverdeado e mel, só tinha uma pessoa que eu conhecia que tinha aquele mesmo par de olhos.

— Estou procurando a Rosa. — murmurei ainda incerta, mas quanto mais eu olhava para o homem a minha frente, mais certeza eu tinha de que ele era filho dela.

— O quer quer com a minha mãe? — ele perguntou me encarando dos cabeça aos pés e parando os olhos na minha mala.

Ele estreitou os olhos parecendo ainda mais perigoso, quando cruzou os braços a frente do corpo ressaltou ainda mais os braços fortes e as tatuagens.

— Eu sou a Sophie, morava na casa que ela trabalha...

— Mãe! — ele gritou tão alto que quase fiquei surda, então abriu o portão me olhando com um sorriso largo e caloroso. — Minha mãe falou muito de você, por todos esses anos, é bom finalmente poder dar um rosto a protegida dela.

Eu ainda estava atordoada sem saber o que dizer ou fazer, quando a mulher que era minha figura materna, vó, amiga e minha confidente, surgiu na porta.

— Menino pra que está gritando assim... — ela parou de falar quando né viu e levou as mãos a boca, não consegui conter meu sorriso e ela não se conteve em correr em minha direção. — Aí minha menina, nem acredito que está aqui! Porque não disse que vinha, eu teria preparado algo especial, estaria te esperando no portão.

Ela jogou os braços em volta de mim e eu suspirei com aquela sensação tão familiar. Até mesmo o cheiro dela né trazia conforto e eu a apertei ainda mais forte, nunca tinha estado longe dela em todos esses anos, era uma saudade imensa, misturada com a montanha russa de emoções das últimas semanas. Já fazia um mês que eu não a via.

— Aí Rosa, não sabe a saudade que eu estava de você e do seu abraço. — eu funguei não me importando de parecer ridícula, Rosa não iria me julgar.

— Anda filha, vamos entrar. — ela disse já me puxando para dentro do portão. — Alejandro trás a mala dela agora!

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