— Eu vim aqui porque nós precisamos conversar! — eu menti, tinha ido ali para levá-la de volta, mas olhando para a cena na minha frente não podia arrancá-la dali. — É sobre os negócios da sua família, surgiram mais coisas na investigação e você precisa decidir o que quer fazer daqui em diante.
Joguei a primeira coisa que veio a cabeça, porque vê-la ali tão a vontade com aquele homem que conheceu há pouco tempo acabou comigo. Sophie parecia uma menina feliz e tranquila, com os pés no colo dele enquanto estava sentada na mesa, com um celular na mão e sorrindo de algo que ele disse.
Porra, aquilo fez o incomodo no meu peito voltar e o gosto amargo na boca. Como se eu estivesse vendo um casal apaixonado bem na minha frente e eu fosse o único filho da puta que não tinha ninguém.
Mas não era essa a realidade, Sophie era minha mulher e nada daquele merdinha ali. Porém o fato dos papéis parecerem invertidos me dizia que eu estava fazendo muita coisa errada com ela. Eu encarei ela com o incomodo estampado no rosto, tão diferente de segundos atrás, então as palavras do meu pai e Cris voltaram a minha mente com força total.
— Alejandro Fontes, amigo da Sophie. — o babaca disse se levantando e estendendo a mão para mim, enquanto abraçava minha mulher.
Porra de amigo, ele nem sequer a conhecia! Meu ódio por ele só aumentava a cada segundo e eu só queria socar aquela cara até arrancar o sorriso presunçoso dele
— Patrick Carter, marido da Sophia! — afirmei dando mais entonação a palavra marido e apertando sua mão com mais força que o necessário.
— Sophie me falou sobre você. — ele me encarou profundamente, analisando a máscara que cobria meu rosto me lembrando do meu rosto fodido.
— Engraçado, ela não me falou nada de você. — soltei a mão dele e me virei para Sophie. — Podemos ir querida?
Ela olhou de mim para ela, parecendo confusa ou estava apenas estranhando minha fala, mas logo ela deslizou a mão delicada sobre a minha me deixando levá-la para fora dali.
— Podem conversar lá em casa. — a voz do verme soou atrás de nós e ela parou no caminho parecendo pensativa. — Afinal é onde Sophie está morando agora.
Me virei sentindo meu sangue ferver e meu punho se fechou pronto para acabar com a raça dele, mas Sophie escolheu esse minuto para abrir a boca.
— Tem razão e eu quero que conheça Rosa, vai ser perfeito! — e com toda animação que ela colocou nas palavras eu não podia mais uma vez estragar nada ou negar qualquer coisa para ela.
Deixei que ela me guiasse para dentro da pequena casa, o cheio de bolo invadia o lugar e Sophie abriu um sorriso enorme enquanto chamava a mulher, os olhos dela estava tão iluminado de uma forma que eu nunca tinha visto. Ela apertou minha mão com mais força quando a senhora surgiu na porta da sala.
— Oi filha... Oh não me diga que esse é o seu marido? — ela perguntou me analisando da cabeça aos pés, mas diferente de como a maioria das pessoas fazia não ficou encarando minha máscara com estranhamento, ao invés disso ela sorriu para mim enquanto se aproximava.
— É sim Rosa, esse é o Patrick. — ela olhou para mim parecendo uma adolescente que apresenta o primeiro namorado aos pais e aquilo mexeu comigo de uma forma que eu não esperava. — E essa é a mulher que eu falei tanto sobre.
Inferno, o que Sophie estava fazendo comigo? Não lembro quando eu tinha sentido algo assim, na verdade acho que... Nunca me senti assim.
— É um prazer conhecer a senhora, não teve um só dia na nossa viagem que Sophie não tenha falado sobre a senhora.
A mulher gargalhou e me deu um tapinha no ombro, antes de grudar o braço no meu e me puxar para a cozinha. Aquilo me surpreendeu e ao mesmo tempo me mostrou de onde Sophie tinha tirado toda o bom humor apesar de viver em um inferno.
-— Deixe esse negócio de senhora pra lá, me chame de Rosa. — ela não esperou que eu respondesse antes de me empurrar na primeira cadeira. — E porque não avisou que vinha?
— Patrick me pegou de surpresa, veio aqui porque quer conversar sobre algo da minha família. — Sophie respondeu por mim já se sentando ao meu lado.
— Ahh sim, mas eu aposto que também veio porque já estava com saudade da nossa menina, não é? — a senhora colocou um bolo na mesa enquanto me olhava como se esperasse uma resposta de mim. — É o bolo favorito da Sophie! — ela disse mais dura quando viu que eu não respondi sobre estar com saudade.
A verdade é que eu não queria fazer com que Sophie achasse que não tinha liberdade. Por mais que eu a quisesse comigo não queria prendê-la e aquele stripper babaca já tinha dito que ela tinha sido jogada em meu colo sem ter opção. Bem isso eu não podia mudar mais, mas podia tirar essa ideia da cabeça de Sophie.
Se ela podia se sentir confortável e livre com esse merdinha, então era minha vez de mostrar que podia ser igual pra ela, na verdade mostrar que eu era melhor e que ela não se arrependeria por estar comigo.
— Pode dizer Patrick, o que Suzie descobriu? — Sophie perguntou me servindo um pedaço de bolo e me olhando com expectativa.
Desviei meus olhos para a senhora em pé ao nosso lado, estava prestes a pedir privacidade, mas se Sophie confiava nela era melhor eu começar a demonstrar a mesma confiança.
— A empresa dos seus pais é acusada de cometer várias fraudes...
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Casada com a Fera
Quando vai sair o restantes dos capítulos?...
Estou doida para terminar esse livro... mais tá difícil!!...
Pois, é hoje adicionaram mais um capítulo. Deveriam pôr todos pois diz estar concluído!...
Diz que está concluído mais não sai do capítulo 28!!...
O livro acaba no capítulo 28? Não vejo o restante dos capítulos......