Casada por acidente com o CEO romance Capítulo 18

CAPÍTULO 18

Luana Davis

Precisei piscar muitas vezes para acreditar que o Igor realmente estava aqui na casa dos meus parentes! Que diabos resolveu fazer aqui, justo hoje que a minha mãe está tão enfurecida? Céus... ela vai matar ele!

Sei lá o que tem na cabeça dela, que não acredita de jeito nenhum que ele seja o pai do meu filho, talvez seja as roupas dele, não está vestido e encapado de grande CEO do grupo Smith, está apenas de Igor, com bermuda jeans, e camisa, e se não me engano está um pouco amassada, até dá a impressão de que brigou com alguém, mas não... com quem ele brigaria... claro que não!

Depois que me enfiou atrás do sofá, como se eu quisesse ir, e começou a fugir da minha mãe, igual o diabo foge da cruz, até achei divertido... será que sou maluca? É que eu pensei que eu fosse a única que temia a minha mãe, mas depois do que eu estou vendo agora, já posso “rir em paz”, um CEO famoso fugindo da dona Lúcia? Isso deveria ser hilário, e talvez a notícia do século...

O problema é que fiquei preocupada com ele, a minha mãe parecia uma maluca, desnorteada, correndo atrás dele, e aquilo deveria parar, pelo bem de todos!

Me levantei do chão, e Gritei com força:

— CHEGAAAA!!! ELE É IGOR SMITH, CEO DO GRUPO SMITH, E O PAI DO MEU FILHO! PARA DE TENTAR AGREDIR ELE! — cheguei a ficar sem ar, mas deu resultado, pois a minha mãe parou aonde estava, e pareceu pensar em algo. Engoliu seco, mas antes que eu respirar se aliviada, ela falou:

— Certo! Se esse é o “famoso” Senhor Smith... certamente tem um documento que comprove, não é? Eu deveria ter pedido antes... — Falou a minha mãe, pensativa, e agora sim, tudo bem.

— Cadê o seu documento... — eu segui perguntando, mas notei que ele se remexia todo como se tivesse uma lagartixa nas roupas, e agora fiquei preocupada.

— Eu não sei aonde foi parar! O que será que aconteceu? — ele falou e continuou se remexendo, mas nada do documento aparecer, e comecei a suar frio.

A minha mãe voltou a gargalhar igual a Morticia da família Adans, e fiquei muito preocupada...

— Ahhh! Claro que esse homem mente! Escondeu o documento na cueca? — riu com a frase, e eu e o Igor nos olhamos. Não tem como ter vindo de barco sem documentação! — zombou.

— Só posso ter perdido... — resmungou ele.

O Igor continuou procurando, e quando viu que ela iria começar a escorraçar ele outra vez, falou:

— Liga para a minha empresa, ou a minha família... eu estou com o celular! Pode usar o meu! — tentou entregar para a minha mãe, mas ela o impediu.

— Nem pensar! Seu oportunista! Me fale o número da sua família, e não da empresa, que eu vou ligar do meu celular! Somos humildes, mas tenho um celular para fazer uma ligação! — falou ela, desdenhando.

— Certo! — engoliu seco. — ligue para a minha avó Olga, o número é (××××××××), ela sabe que eu vim para a ilha resolver alguns problemas por aqui! — Igor falou, e fiquei apreensiva demais com a decisão.

Ele se aproximou do meu ouvido, e falou:

— Aonde foi que eu errei, e você não me alertou que a sua mãe é uma peste endemoniada? — falou com os dentes serrados, e vi o olhar da minha mãe para ele, e tive medo que ela tenha ouvido.

— Está chamando! Vou colocar no viva voz! Se estiver mentindo vou te entregar a própria sorte, aos Ilhéus que já estão chegando!

Ligação onn...

— Alô...

— Vó? Sou eu, o Igor! Preciso que a senhora confirme que sou Igor Smith, CEO do grupo da Smith Engenhary! — ele falou, e a minha mãe batia o pé no chão ansiosa, pois sapato ela nem tinha mais...

— No que se meteu agora, Igor? Me diga aonde está! Não falou que iria para a ilha, resolver os problemas com os Ilhéus? O que foi agora, meu filho? — o Igor iria responder, mas a minha mãe pegou o celular de volta, e começou a falar feito doida...

— Acontece minha senhora... que esse “um” que a senhora falou, acabou de invadir a minha casa, e está praticamente gritando a quem quiser ouvir, que engravidou a minha filha! E, agora? O que faremos com eles? — a minha mãe deixou o Igor até branco.

— Céus! Por acaso a sua filha é a moça do cruzeiro? — perguntou a avó dele, e fiquei pasma o olhando, e cochichei:

— Você contou para a sua avó?

— Não! — franziu o cenho.

— Ué! Como ela sabe, então? — perguntei e voltei a olhar para a minha mãe que ainda estava no viva a voz...

— Eu sei lá de cruzeiro... mas deve ser! A Luana andou falando que trocou de quarto lá e dormiu com um estranho! Deve ser...

— Caramba, que coincidência! Eu estava justamente procurando por ela! Não se preocupem! Amanhã mesmo estaremos na ilha, e nos responsabilizaremos por tudo! — a avó dele falou, e a minha mãe ainda parecia chateada, quando desligou.

— Olha aqui, rapaz! — apontou o dedo para o Igor. — Não é porque você é quem diz ser, que gosto de você! Não confio, e nem vou com a tua cara, então não vai dormir e nem ficar aqui dentro até a tua avó chegar! Vai dormir lá no armazém.

— Armazém? O Igor perguntou franzindo o cenho.

— Armazém, mãe? Porquê? Deixe-o em paz!

— Nem pensar! Não confio nele! O meu combinado foi com a avó dele, e tem sorte de eu deixá-lo dormir lá, e não o entregar para os Ilhéus! — falou ela de cara feia, e virou o rosto querendo sair. — ajude-o a encontrar o lugar, Luana!

Olhei para ele que estava visivelmente nervoso, e ao sair de dentro da casa, ele me seguiu, e vimos os Ilhéus do outro lado do portão, então fiquei tranquila que pegamos o lado oposto.

— É sério que aquela velha louca da sua mãe, vai me fazer ficar aqui? Olha pra isso, Luana! Eu não sou nenhum clandestino, invasor, como ela falou, e comprovou isso! — reclamou o Igor.

— Eu sinto muito! Eu sei que não merece estar aqui, e eu não deveria ter te metido nisto, mas é melhor evitar mais confusão! A minha mãe costuma ser assim mesmo! — falei sem graça.

— Como que pode isso? Você não observa as coisas? Ninguém se importa com você... nem na empresa e nem em casa, você não conseguiu nem convencer sua família de que eu não era um clandestino. A sua vida é complicada, Luana! A sua mãe me perseguiu e você mal conseguiu que ela fizesse uma ligação! — ele falou, parecendo bravo, mas ele tem razão... ninguém me respeita e nem me ouve em lugar algum! A minha vida é realmente complicada!

— Eu sei! Está cada vez mais difícil, mesmo! — comentei.

— Além disso, por que você está vestindo roupas tão feias de novo? Eu não acabei

de mudar sua imagem? Aonde estão as roupas que eu comprei para você? — perguntou, mas eu não me acostumei a usar roupas tão sofisticadas no dia a dia.

A verdade é que eu não sou do mesmo mundo que o dele, sou uma pessoa simples, que trabalha e paga suas contas, e não fica com dinheiro para esbanjar por aí. Qual seria o cabimento de eu andar com roupas tão sofisticadas, quanto as que ele me comprou e morar naquele lugar onde eu moro? E, trabalhar em um lugar como aonde eu trabalho? Não faria sentido, então eu guardei comigo.

— Eu sinto muito, Igor! Eu gostaria que tudo fosse diferente, e eu pudesse ter outra vida, mas não consigo, sinto muito! — ele passou as mãos pelos cabelos, e se aproximou de mim, segurando em meus braços.

— Ei! Não sinta muito! Não se desculpe! Se eu disse algo que não gostou, enfrente! Ergue a cabeça, seja firme, Luana! Eu já te expliquei sobre isso! — colocou uma mexa do meu cabelo atrás da orelha. — a sua maior fraqueza é a baixa alto estima, se valorize!

O Igor insiste, em me motivar e me deixar sempre para cima, mas eu sei que no fundo a minha vida é realmente bem complicada.

Depois daquele cruzeiro eu tenho tentado mudar muitas coisas que acontecem comigo, até já percebi alguns retornos, mas tem coisas que eu simplesmente não posso evitar, e parece que tem muita coisa dando errado depois daquele dia, e sem contar que não falamos nada sobre o bebê ainda, ele nem me perguntou, e por mim vou permanecer assim.

— Você ficou triste... não fique! Afinal foi você que me salvou da velha doida, e também me defendeu! Obrigada! — deu um beijo na minha testa.

— Foi engraçado te ver fugindo da minha mãe! Sem contar que foi salvo por uma ligação resgate! Pensei que eu fosse a única azarada por aqui, mas me senti melhor, sabendo que tenho companhia... (risos)

— Você vai ver quem é a azarada! — falou e começou a me fazer cócegas, na porta do armazém.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Casada por acidente com o CEO