Casada por acidente com o CEO romance Capítulo 26

CAPÍTULO 26

Luana Davis

Coloquei o número do Igor para fazer a ligação, mas só chamou e ninguém atendeu, então eu voltei discretamente até a porta, e peguei as minhas coisas com certo desconforto, pois eram muitas, e deixei aquele povo todo falando sozinho, tudo que eu não precisava hoje era ficar ouvindo desaforos desse povo que não tem o que fazer.

Parei em frente ao café que eu havia me encontrado com a dona Olga pela manhã, e decidi ligar outra vez para o Igor! Eu não sei o que estava acontecendo, mas já percebi que algo não estava certo, principalmente pelo fato dele não ter atendido a minha ligação.

Mas, como ele combinou comigo de vir me buscar, o certo era eu ligar novamente para saber o que estava acontecendo, pois poderia ser algo importante.

Ligação onn...

— Igor? — perguntei ao perceber que ninguém falou nada do outro lado da linha.

— O que foi, Luana? Eu estou trabalhando! — respondeu.

— Ah... tudo bem! É que você falou que viria me buscar na empresa, e liguei para ver se estava ocupado... — perguntei bem sem graça, pois já vi que ele não está no melhor dia...

— Eu sempre estou ocupado, Luana! Trabalho muito, e sou responsável por várias empresas, então agora não é um bom momento! Tchau! — falou ele friamente, e desligou.

Eu não entendi nada do que aconteceu aqui, ele mudou completamente o seu jeito comigo, alguma coisa deve ter acontecido! Eu peguei as minhas coisas e decidi ir para casa dele de ônibus, pois eu já estava com o endereço que a dona Olga havia me enviado de manhã, então para não criar problemas eu iria para lá hoje, eu só não esperava que teria que ir sozinha, e estou me sentindo muito envergonhada com tudo isso, ele claramente não me quer lá com ele, porque eu fui me casar?

O destino é mesmo muito traiçoeiro... aqui estou eu mais uma vez, carregando várias coisas e sozinha, me sentindo inferior, e uma intrusa na vida de alguém!

Como eu queria ter a minha vida de volta, não precisar ter que deixar o meu emprego que eu estudei por tanto tempo, e batalhei para conseguir, a minha casa... aonde eu sei que vou chegar e vou ter paz, e a minha vida simples aonde eu possa decidir tudo o que queira fazer... Mas, infelizmente o tempo não volta, pois se voltasse, e teria me jogado no mar no dia em que acordei nua, no quarto dele.

Depois que voltei daquele cruzeiro, eu aprendi muitas coisas, e posso até dizer que estava com a minha vida muito melhor! Querendo ou não, o Igor me ensinou muita coisa que eu precisava saber e ouvir de alguém, e que me deram coragem para mudar o meu caráter e meu jeito de ser, e deixar com que as pessoas fiquem falando sozinhas quando tentarem me humilhar.

Mas, eu sei que nem tudo é flores! Estava começando a ficar tudo muito bom para ser verdade... me intriga o fato de não saber o que aconteceu, o Igor mudou muito, e passa longe de ser o homem gentil e bacana que eu conheço! Será que a minha mãe tinha razão? E, agora que estamos casados ele possa começar a me tratar mal? Se for isso, eu não vou permitir! Posso muito bem cuidar do meu filho sozinha, agora que decidir que vou tê-lo, não sou obrigada a permanecer casada com alguém que eu não queira.

...

Aquelas sacolas estavam pesadas, e todos os papéis ainda estavam no meu braço, guardei o meu celular na bolsa e a coloquei no pescoço para evitar perdê-la, e então comecei a caminhar procurando um ponto para pegar o ônibus.

Eu estava um pouco atrapalhada e quando fui atravessar a rua, me assustei muito a ouvir uma buzina de um carro, e com o susto fui parar no chão com todas as minhas coisas espalhadas junto comigo. Alguém desceu do carro e gritou:

— NOSSA! ESTÁ TUDO BEM, MOÇA? VOCÊ SE MACHUCOU? — perguntou, e vi que era uma mulher.

— Estou bem, obrigada! Acabei não olhando direito na hora de atravessar a rua! Me desculpe! — e ela falou:

— Deixa que eu te ajudo! — olhei para ela, tentando me levantar, e vi que estava tudo espalhado, mas uma voz masculina me chamou a atenção...

— Pode ir moça! Eu vou ajudar ela! — falou o homem, e a moça falou.

— Tem certeza? Não precisa de nada? — perguntou.

— Não, obrigada! — fiquei meio sem graça, e voltei o meu olhar para o homem, que estranhamente eu pensei já ter visto antes...

Ele estendeu a sua mão, e eu a segurei me levantando dali. Ele começou a pegar as minhas coisas, e foi me entregando, e vi que os papéis da demissão haviam se espalhado, e o envelope laranjado abriu... ele deu uma olhada estranha para o papel, franzindo o cenho, e continuou juntando.

Enquanto isso, eu fiquei ali parada, tentando me lembrar de onde eu o conhecia, era um homem tão bonito, e tinha um sorriso estampado no rosto, que mudou depois de olhar o envelope laranjado, e me entregou.

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