Casada por acidente com o CEO romance Capítulo 30

CAPÍTULO 30

Luana Davis

Decepção é uma palavra muito pequena para descrever um pouco do que estou sentindo! Eu não queria me casar com ninguém, e também não obriguei ninguém a se casar comigo! Para agora eu estar me sentindo uma criminosa no meu próprio casamento!

Não sei o que dizer, e nem pensar disso tudo que o Igor me falou, eu até entendo as razões dele, e entendo o fato dele ainda amar a bailarina, e também tem a questão da avó dele ter pressionado tanto a situação... mas não consigo entender o fato dele desconfiar de mim, mesmo depois de tudo que já conversamos e vivemos juntos, ele não confia em mim, e isso está me deixando muito triste.

Eu já passei por muitas humilhações na minha vida, e até poderia dizer que já estou acostumada com isso, mas a verdade é que hoje foi a pior de todas elas, pois eu sei que não fiz nada de errado, pelo menos não de propósito, e ainda assim estou sendo tratada como uma inimiga, uma desconhecida, interesseira e, é como se eu estivesse implorando pelo amor dele coisa que não vai acontecer.

Preciso colocar na minha cabeça de que ele está certo, isso é apenas um acordo, de maneira nenhuma posso permitir com que ele continue entrando no meu coração, pois já percebi que não tem nenhum espaço para mim no coração dele.

Eu penso muito na vida dos ilhéus e na minha família... e é apenas por isso que eu não mando o Igor ir tomar naquele lugar, e se ferrar! Pois preciso ser forte e ajudar as pessoas de quem eu gosto, mas a minha vontade era de fazer ele engolir todos aqueles papéis que me fez assinar.

Ele simplesmente foi para o quarto dele novamente, e me deixou ali sozinha naquela sala. Agora ainda tenho o problema de que eu não posso tocar em quase nada, pois não sei o que devo e não devo tocar, ou o que tanto aqui dentro, é da Elisa... Isso é realmente patético.

Não conheço nada da casa, e nem muito menos sei para onde que é para eu ir, ele não falou aonde eu dormiria, e como eu viveria a partir de agora, então apenas sentei no sofá e fiquei... mais uma vez estou aqui em uma solidão profunda, acho que de certa forma até já me acostumei com isso, sem contar que agora posso dizer que não estou completamente sozinha, e um ser tão pequenininho me acompanha.

Passei as mãos pela minha barriga, mas ainda está completamente reta como sempre foi, não consigo observar nenhuma mudança, nem inchada ela não ficou... mesmo assim fui descendo a minha mão lentamente e imaginando de que forma estaria o meu bebê, provavelmente ele seja ainda muito pequeno, pelas contas que eu fiz hoje ele deve ter em torno de um mês ainda, umas quatro ou cinco semanas.

— Você já me ouve, bebê? A mamãe está aqui! Vou cuidar de você, tá bom? — falei com o meu pequeno, enquanto passava a minha mão na minha barriga suavemente, e acabei me assustando com alguém entrando na sala.

— Quem é você? — perguntei para uma mulher que entrou por uma porta que eu ainda não havia ido.

— Me desculpe, senhora! A dona Olga me mandou cuidar bem da senhora, e pediu para que eu fizesse uma sopa de legumes com carne desfiada, mas não sabia que estava aqui, pensei que estaria no quarto! — falou a mulher.

— Tudo bem! Eu estou sem fome, na verdade, mas eu como um pouquinho para não fazer desfeita para a senhora Olga! — falei.

— Ok, senhora! Vou trazer...

— Qual o seu nome? — perguntei.

— Edineide, senhora! Com licença...

— Obrigada, Edineide! — aquela mulher tão simpática se retirou e logo voltou com um potinho com sopa, eu nem iria comer mas estava muito boa, então eu até fiquei melhor. A dona Olga é realmente um amor, sempre pensando e se preocupando com tudo, é uma pena o Igor ter ficado tão diferente dela.

— Senhora... me desculpe a intromissão... mas a senhora não vai dormir no quarto? Já está ficando tarde, e a senhora deveria descansar bastante! São ordens da dona Olga! — Edineide falou, parecendo preocupada.

— Por hoje vou ficar aqui mesmo! O sofá é muito confortável, e não quero entrar em outros cômodos da casa, por enquanto vou ficar aqui! — Falei.

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