Casada por acidente com o CEO romance Capítulo 56

CAPÍTULO 56

Igor Smith

Quando eu pensei que a situação não poderia piorar, pois ela piorou! Elisa se levantou de onde estava tentando enxugar as lágrimas que escorriam pelo seu rosto, então eu a vi buscar a sua bolsa e quando vi que estava saindo eu a impedi.

— Elisa, aonde você vai? Fica comigo! — falei segurando o seu braço.

— Acho que não tem nada para eu fazer aqui! As cartas já foram jogadas na mesa, Igor... e quem está sobrando sou eu! Eu sinto muito por nós dois, mas parece que não faz mais sentido! — falou, e saiu a passos rápidos, mancando bastante, então eu a vi entrar no elevador, e corri conseguindo segurar a porta, e entrei junto com ela.

— Elisa, não faz isso! Agora que a gente iria realmente começar algo, não quero que vá! — coloquei a mão nos ombros dela tentando buscar o seu olhar que não queria nem me olhar mais.

— Sabe, Igor... eu não comecei a fazer balé por gosto... eu sempre fui forçada pela minha mãe a fazer, e isso não era suficiente para ela, nunca! Eu sempre tive que ser melhor, sem uma opção de escolha, e isso foi algo que ficou na minha cabeça no decorrer dos anos, uma busca incessante por fazer o meu melhor, e agradar a minha mãe, isso nunca partiu realmente de mim, eu nem sei o que eu realmente quero com tudo isso! A única coisa que eu sei realmente o que eu quero, é você! E agora parece que isso não é possível, eu não o tenho mais... — Falou triste, e o elevador chegou ao térreo, então eu desci junto com ela, e fomos andando no hall de entrada.

— Elisa, não fale essas coisas! Você tem a mim, nunca deixou de ter! Eu só fiquei chateado pensando que você tinha me deixado no meu aniversário, e também não gosto todas as vezes que você me troca pelo seu trabalho, mas eu até te entendo, e isso não é o mais importante, o mais importante é estarmos juntos de novo!

— Só que você é um homem casado, Igor! E eu nem sabia disso, pra mim a gente ainda namorava, você me entende? — falou mais firme.

— Não se preocupe com isso! Ela já assinou um documento de divórcio, e assim que o bebê nascer, ele passará a ser válido, então é como se já tivéssemos praticamente divorciados! Se você puder esperar até o bebê nascer, a gente se casa depois! — falei, segurando a sua mão, e acho que esse era mais um pedido de casamento.

— Não é assim que funciona! É uma situação muito complicada, eu fiquei realmente assustada, nunca imaginei que chegaria aqui e você estaria casado! Você é tudo que eu tenho agora Igor, eu nem sei o que vou fazer da minha vida sem você, sempre pensei que logo nós casaríamos, e viveríamos felizes... teríamos a nossa própria família, e agora você já tem uma família com outra! Você é o meu calcanhar de Aquiles Igor, não posso viver sem você, mas sem resolver essa situação não dá, por enquanto não dá Igor, eu preciso realmente ir! — ela soltou aos poucos das minhas mãos, e aquilo foi difícil, eu não estava esperando por isso, não agora que a Elisa tinha me aceitado.

Ela me olhava sério enquanto se soltava da minha mão e eu tive que mais uma vez a observar partir, e aquilo mexeu muito comigo, foi como se eu voltasse no tempo outra vez, e sofresse de novo por causa das rejeições de Elisa, só que dessa vez a culpa é minha, eu sou culpado, eu tenho uma esposa e um filho, e sou casado, por mais que tenha um papel de divórcio pré assinado, eu não sou bobo e sei que ainda estou casado!

Quando Elisa sumiu da minha vista, eu precisei de alguns minutos para me recompor e depois pegar o elevador voltando para o meu apartamento. Voltei a olhar para a minha avó e a Luana, mas agora a minha cabeça estava agitada e o meu coração estava doendo, então eu acabei ficando com raiva delas.

— Acabou o show! Vamos voltar pra casa! — Falei, e a minha avó segurou no braço da Luana, e foram juntas para o elevador.

— Você não vem junto? — perguntou a minha avó.

— Eu vou com o meu carro! — falei, e elas fecharam o elevador, e foram.

Peguei umas coisas pessoais que deixei no apartamento e fui com o carro em direção a minha casa. Mas, me decidi sair de lá, e lutar por Elisa.

Em casa...

— O que está fazendo, Igor? — a minha avó perguntou quando entrou no meu quarto e me viu fazendo as malas.

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