Casada por acidente com o CEO romance Capítulo 70

CAPÍTULO 70

Luana Smith?

Ainda nua, nos braços do Igor, observo que nunca consegui tirar essa aliança do meu dedo. Mentia para mim mesma, que era em consideração a dona Olga, mas agora estou feliz em estar nos braços dele de verdade, e sinto que desta vez ele está sendo completamente sincero comigo.

Estou preocupada com o Louis, com que cara vou encarar ele logo pela manhã? Ele deve saber muito bem o que aconteceu, e fico preocupada, mas a gente não manda no coração.

— Já acordou, princesa? Você é linda, sabia? Porque será que não te raptei bem antes? — brincou o Igor.

— Eu preciso voltar! Tenho que trabalhar, e também dar alguma explicação para o Louis! — falei, e ele balançou a cabeça concordando.

— Se quiser eu te ajudo explicar, mas não acho que seja elegante! — falou ele.

— Só me leva até em casa... puxa! Eu estou de vestido de festa! Na, verdade pelada, né?

— Não se preocupe! Aqui no hotel tem uma loja legal! Pode tomar um banho, que eu vou descer comprar algo para você! — me deu um selinho, e nem cogitei em negar, seria feio voltar com a mesma roupa.

Ele trouxe uma roupa mais jovem, até estranhei, que não foram aquelas de antes, mas adorei, e vesti depressa a calça jeans, com uma miniblusa, depois de sair do banho.

Quando chegamos na casa do Louis, como eu imaginava ele estava bem ansioso e nervoso. O Igor me entregou até a porta e quando foi me dar um selinho para ir, o Louis o chamou para entrar.

— Igor, entre! Quero mesmo falar com vocês! — estranhei.

— Tá bom! — Igor falou, entrando e encostando a porta, então nós sentamos no sofá, e eu só rezava para que não desse treta ali.

— Bom... eu já estou incomodado há algum tempo, mas não queria acreditar nas minhas próprias teorias... o problema é que ontem na exposição, eu vi uma marca nas costas da Luana, e me lembrei dela... aquela cicatriz é a mesma da minha irmã, igual... eu gostaria que você aceitasse da gente fazer um exame de DNA, pois acredito que tenha possibilidade de você ser ela... a minha irmã, que eu procuro há tantos anos! — falou quase sem respirar, e agora quem não respirava era eu.

— Co... como? Teria essa chance? Mas como? Nossa, Louis... a gente até se beijou... — olhei para o Igor que estava com os olhos mais arregalados que eu.

— Bom... eu já ouvi boatos que existe uma certa conexão entre irmãos quando crescem longe, um do outro... talvez eu só tenha confundido as coisas... — falou, e fiquei pasma, como aquilo poderia ser possível? Estamos próximos a tanto tempo e eu nunca imaginei uma possibilidade dessas.

— Mas, porquê teríamos sido separados, e por que você não estava junto com a família? Será que somos da mesma família, ou aquela não era realmente a nossa família?

— É simples! Façam o exame com a sua mãe também! Por aí já saberão mais coisas! — o Igor falou, e eu suspirei preocupada.

— Eu iria amar te ter como irmão, Louis! — falei.

— Eu também, querida! Sempre senti necessidade de te proteger, seria essa a explicação? — perguntou me abraçando de lado.

— Não sei... mas logo vamos descobrir.

1 mês depois...

Eu voltei para Nova York com o Igor, e o Louis veio também, ele está conhecendo uma pessoa daqui, e não quis ficar em Washington! A minha peça (escultura), foi vendida por um milhão, pois prometi para o Igor fazer uma nova, aonde é um casal a erguer o bebê para o alto, e não apenas a mulher, e essa proposta o agradou muito mais... então o dinheiro foi doado ao orfanato.

Já comecei outros projetos, e já tenho mais esculturas em exposição, vamos abrir uma galeria para mim, aqui em Nova York.

Foi um tanto difícil convencer a minha mãe a fazer aquele exame, eu não queria contar a ela sobre o que me incomodava, é que eu estava imaginando que pudesse ter um irmão, mas a situação ficou um tanto complicada, e eu precisei contar, senão ela não faria o exame. O problema é que ela entregou os pontos e eu não sabia se chorava se ria ou o que fazia.

— Eu não sou sua mãe biológica! Quando casei com o teu pai, ele havia acabado de perder a sua mãe no parto, e o seu irmão foi morar com uma parente, que eu desconhecia... mas você me irritava, pois me lembrava que era a sua mãe que ele amava, então eu descobri quem era essa mulher, e te levei até lá! — Falou, e as lágrimas escorriam soltas pelo meu rosto... se antes já era doloroso saber que ela me rejeitou, agora dói muito mais, pois quem realmente me amou, já se foi…

— Mas como isso ocorreu? Pois, eu me lembro de ter crescido aqui, não me lembro de outra pessoa cuidando de mim... (choro).

— O seu pai estava deprimido demais, não comia, e nem dormia... eu então fui atrás de você, e descobri que aquela mulher os havia abandonado... eu andei por dias por aquelas ruas, até que eu dia eu te vi... perto do orfanato que você trabalhava como voluntária... eu te peguei, e te trouxe pra casa, e a cada dia fui tentando melhorar com você! Não me julgue... eu tinha os meus motivos, e até gosto de você...

— Já chega! Não quero mais ouvir! Vou fazer o exame por mim mesma! — Falei, e senti um cheiro forte de peixe, me dando um enjoo insuportável.

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