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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 300

“Samantha”

Acordei indisposta, mas não me deixaria abater, eu precisava ser mais forte que essa tristeza que estava sentindo. Tomei um banho longo, me arrumei e enquanto tomava o café liguei o celular.

Achei melhor desmarcar com o Enzo, eu não colocaria mais ninguém em risco. Enviei uma mensagem com uma desculpa qualquer, dizendo que remarcaríamos em breve e ele me enviou uma figurinha de um bebê chorando, muito fofo.

Pensei no que fazer e decidi que assim que fizesse o meu acerto na empresa iria passar uns dias com a minha avó no interior. Seria bom ficar por lá naquela calma um pouco.

Não demorou e eu recebi uma mensagem da empresa dizendo que fariam o meu acerto hoje e eu deveria estar lá às duas da tarde. Ótimo, assim eu iria hoje mesmo para a casa da minha avó.

No horário marcado eu me apresentei na recepção e um segurança me acompanhou até a sala de reuniões da presidência. Não é possível que eles iriam me atacar de novo! Entrei e estavam todos ali: Flávio, Manu, Alessandro, Patrício, Virgínia, Rick, Taís, Nando, Melissa e até o delegado Bonfim. Respirei fundo e me sentei na cadeira que o Alessandro indicou.

- Sam, a Cat só não está aqui porque ela não sabe o que aconteceu. Você sabe que a gravidez dela inspira cuidados. – Alessandro falou com a voz mansa.

- Sr. Mellendez, por favor, vamos fazer o acerto o mais rápido possível. Ou será que eu devo responder a mais alguma acusação, já que temos dois delegados presentes? – Respondi cansada, não estava disposta entrar em um conflito hoje.

- Samantha, nós não somos mais amigos? – Alessandro perguntou suavemente e eu só olhei pra ele, mas não falei nada.

- Sam. – Melissa veio até mim. – Nós estamos preocupadas com você.

- Mel, vocês são as melhores amigas do mundo. Mas, seus namorados e maridos têm razão, eu não posso colocá-las em perigo. – Suspirei tentando controlar as lágrimas. – É melhor eu sair do grupo. Vou ter vocês no meu coração sempre. Assim que eu sair daqui vou pegar minha mala e vou passar uns tempos com a minha avó.

- Sem chance. – Melissa mudou completamente o tom de voz, assumindo a postura impositiva de sempre. – É mais fácil a gente largar esses idiotas do que você deixar de ser nossa amiga. E isso inclui a Cat, Mellendez!

- Ninguém vai largar ninguém, Mel. E a Sam não vai sair da empresa e nem vai passar uns tempos fora. – Alessandro falou calmamente.

- Samantha, eu fui um macho escroto. – Flávio se aproximou. – Eu fui um idiota, fui agressivo e eu não tinha o direito de te tratar daquele jeito. Eu errei. Eu estava nervoso e explodi com você, mas eu não tinha esse direito. Eu me preocupo com a Manu, mas eu me preocupo com todas vocês. Será que você consegue me perdoar.

- Não perdoa não, Sam! – Manu falou e ela estava nervosa. – Mas eu sei onde a sua avó mora, então eu vou te seguir, não quero nem saber, mas você é minha amiga e vai continuar sendo, querendo ou não.

Eu estava chorando de soluçar, mas ri com a determinação da Manu.

- E os outros dois idiotas, Rick e Patrício, não vão falar nada? – Taís deu um tapa na cabeça do Rick.

- Ah, não, a gente foi só idiota mesmo. – Patrício falou.

- Isso, continua de gracinha, bombom, que eu e a Manu estamos de malas prontas pra voltar pro Martinez. Ele já garantiu nossos empregos.

- Ruivinha, quê isso, você não pode me abandonar. – Patrício reclamou.

- Paga pra ver. – Virgínia o desafiou.

- O Heitor...? – Olhei pra Mel.

- Ele estaria aqui, mas precisou resolver uma coisa urgente com a mãe dele. – Melissa explicou.

- Sam, a gente não quer que você se afaste. – Alessandro segurou minha mão. – E muito menos que saia da empresa. Foi idiotice o que aconteceu ontem, não vai se repetir. Você precisa de proteção e nós vamos cuidar de você.

- Samantha, eu estava muito nervoso ontem. Mas hoje vou fazer o que deveria ter feito ontem. Eu até trouxe o Bonfim pra me ajudar. Nós queremos saber sobre as ameaças que você está recebendo e nós vamos investigar isso. – Flávio se abaixou ao meu lado. – Me perdoa?

Olhei bem nos olhos dele e vi que estava mesmo arrependido. Todos eles. Eu estava sensível demais, sobrecarregada e nervosa. Tudo foi uma combinação desastrosa. Não tinha porque não perdoá-los.

- Claro, Flávio. Vamos deixar isso pra lá. – Respirei fundo.

- Não, deixar isso pra lá nada. – Manu se empertigou. – Nós vamos fazer vocês entenderem que se agirem assim de novo vão nos perder.

- Eu já entendi, baixinha. – Flávio falou. – Sem ressentimentos, Sam?

- Sem ressentimentos, Flávio. Eu também peço desculpas, eu tenho andado muito nervosa, mas tem tanta coisa acontecendo. – Ele me deu um abraço e eu retribuí.

- Tanta coisa acontecendo e você não fala com a gente, Sam. – Taís reclamou. – Você não pode querer que a gente participe da sua vida só quando está tudo bem, nós amamos você, somos suas amigas, para o bem e para o mal.

- Não, Manu, você vai ficar onde está e você também Virgínia. – Falei depressa vendo que Virgínia ia se dispor a ir pra minha casa também. – O meu prédio é seguro, não se preocupem.

- Martinez não vai gostar disso. – Ouvi a Melissa resmungar, mas preferi não comentar.

Justo nesse momento o meu celular tocou. Eu não reconheci o número e atendi meio desconfiada, quando ouvi a voz do outro lado coloquei no viva voz e olhei para o Rick.

- O que você quer? Já falei pra não me procurar. – Falei irritada.

- Darling, eu sou persistente. Não vou desistir de uma beleza como a sua no primeiro não. – Reinaldo falou do outro lado da linha.

- Pare de me ligar ou eu vou denunciá-lo por estar me perseguindo. – Eu estava no meu limite emocional.

- Darling, está insinuando que eu sou um stalker? Ah, minha cara, não, sou apenas um homem que sabe o que quer. – Reinaldo falava com uma tranquilidade que me irritava.

- Já falei para deixá-la em paz, Reinaldo. – Rick falou antes que eu pudesse me manifestar.

- Ai, meu deus, o chatonildo de novo. – Reinaldo reclamou. – É sempre um desprazer falar com você Ricardo. Samantha, querida, te ligo depois. Beijos. – E encerrou a chamada.

- Esse homem é doido. Ele tinha sumido, porque voltar a me incomodar agora? – Reclamei.

- Deixa eu adivinhar, ele sumiu quando o Heitor viajou. – Alessandro falou.

- Agora que você falou, é isso mesmo. – Respondi.

- E voltou a te procurar quando o Heitor voltou de viagem. Ele quer usar você para atingir o Heitor. Esse crápula! – Alessandro estava mesmo irritado. – Bonfim, Flávio, agilizem aqui com a Samantha. Vou esperar na minha sala. Sam, o segurança volta a cuidar de você.

- Só se você quiser que eu o mate! – Respondi. – Não preciso de segurança. E não insista.

- Vocês são bem amigas mesmo. Uma pior do que a outra. – Alessandro saiu bufando.

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