“Fernando”
Eu já estava nos jardins do Clube Social, o lugar onde a Melissa queria se casar. Eu não sabia como ela tinha conseguido fechar o clube para o nosso casamento, mas ela tinha conseguido, eu só podia imaginar que isso tivesse custado uma fortuna ao Otávio e um milhão de favores devidos que ela cobrou de volta. Mas ela realmente tinha escolhido o lugar perfeito, um lugar onde nós vínhamos desde crianças e onde nós praticamente havíamos transformado em sede para as reuniões do nosso grupo.
Mas era mais do que isso, foi nesse mesmo coreto, que agora estava transformado no altar para o nosso casamento, que eu segurei a sua mão, num dia quente de um feriado em que estávamos na cidade e falei no ouvido dela: “Quando eu crescer, eu vou me casar com você!”. Eu tinha nove anos. Eu vi suas bochechinhas rosadas ficarem vermelhas, ela sorriu pra mim e eu dei um beijo no seu rosto. Então ela falou no meu ouvido: “Eu vou dizer sim, tá?”, e saiu correndo de volta para os pais.
Aquela lembrança me emocionou e eu usei o lenço que ela havia me mandado para secar mais uma lágrima. Uma mão pousou em meu ombro e eu me virei para ver o meu pai.
- Você é um homem de palavra! Eu tenho orgulho disso. – Ele falou admirando o coreto no meio do gramado, com parte das grades do entorno removidas para que nossos convidados vissem a cerimônia e não perdessem nada. Meu pai conhecia a história do coreto.
- Ela sempre foi minha! – Eu falei orgulhoso.
- E você sempre foi dela. – Minha mãe apareceu ao meu lado e colocou algo em minha mão. – Não tenha medo, meu filho, vocês são melhores que nós.
Eu abri a minha mão e vi o broche com o brasão da família Molina. Era do meu avô, ele ostentava com orgulho aquele broche na lapela dos seus paletós, dizia que era para lembrar de quem ele era.
- Você vem de uma família que é uma dinastia de homens bons e nobres, príncipes em sua essência, como diz a Melissa, você sempre fará melhor do que nós. – Minha mãe falou colocando o broche na minha lapela. – Seu avô estaria tão orgulhoso quanto nós estamos. – Ela me deu um beijo em cada face.
- Eu tenho uma coisinha pra você também. – Meu pai bateu a mão em minhas costas e me entregou um estojo. Era a caneta do meu avô, a mesma que ele assinava tudo no hospital. – O Álvaro e eu temos muito orgulho de entregar o legado do nosso pai nas mãos do membro mais honrado da nossa família. Essa caneta mudou muitas vidas para melhor, seu avô era bom e generoso, assim como você. Agora, use-a pela primeira vez para assinar o livro do seu casamento e mudar a sua vida para melhor.
Eu olhei a caneta de ouro, com bico de pena, eu a havia admirado muitas vezes sobre a mesa do meu avô e agora ela estava comigo. Eu sorri para o meu pai.
- Eu não vou decepcioná-los, assim como eu não vou decepcionar a Melissa. – Era uma promessa. Eu abracei o meu pai emocionado.
- Aí está o noivo! – A Adèle apareceu com uma prancheta em mãos, me lembrando das vezes em que a Melissa fez o mesmo pelas amigas. – Mas é um príncipe mesmo! – Ela sorriu pra mim. – Agora vamos, pessoal, está na hora do felizes para sempre.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......