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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 525

“Camilo”

Depois do café da manhã, deixamos a Manu e a irmã do Flávio no escritório. Manu estava muito preocupada e ela não se acalmaria, o medo estava nos olhos dela e eu a entendia, ao longo da vida minha irmã já havia sido bastante punida por aquela mulher que se dizia mãe dela.

- Flávio, eu estou muito preocupado com a minha irmã. Ela está com medo. – Comentei com o Flávio no caminho até o hotel onde nos encontraríamos com o pai dele.

- É. – Flávio respirou fundo. – Vou ser franco com você, eu tenho vontade de matar aquela mulher. A Manu me contou que ela a chicoteava. Cara, isso é horrível de muitas maneiras. – Os olhos do Flávio estavam em chamas. Eu me lembrei da minha reação quando descobri.

- Eu só não fiz nada com ela porque a Manu implorou, pois é a mãe dela. Humpf... mãe, que mãe que nada! Eu tenho certeza, Flávio, esse DNA vai dar negativo. – Eu estava bem ansioso pelo resultado que pegaríamos à tarde.

- Tomara! Se for assim, eu acabo com a raça dessa mulher se ela se aproximar da Manu de novo.

- Flávio, depois de tanto tempo, se ela trocou os bebês, ela pode ser presa por isso? – Olívia, que estava sentada no banco de trás, perguntou.

- Pode se nós comprovarmos que foi um sequestro. Mas o caso é todo nebuloso, Olívia. O policial que está investigando isso pra mim está bem convencido de que há algo de errado em toda essa história. Vamos encontrá-lo depois de falar com meu pai. – Flávio respondeu.

- Hoje o dia vai ser cheio. Obrigado por estar me ajudando com isso. – Agradeci e o Flávio se virou pra mim.

- Camilo, eu viro o mundo pela minha baixinha. – Os olhos dele suavizaram ao falar da minha irmã e eu fiquei grato por ela ter encontrado um homem bom que cuidaria dela e estava disposto a tudo para protegê-la.

Chegamos ao hotel e encontramos o pai do Flávio em uma suíte muito elegante que tinha uma sala contígua muito bem decorada. O ambiente era luxuoso, muito bem iluminado, um conjunto de sofás em tecido branco, um tapete em tom areia, duas poltronas no mesmo tecido do sofá e uma enorme mesa de centro de madeira nobre, compunham o lugar, além de objetos de decoração variados em tons de branco, bege e marrom. Ao lado uma vista panorâmica da cidade se descortinava. O ambiente era tão opulento quanto o homem que se apresentou trajando um fino terno carvão feito sob medida.

- Filho, bom dia! Obrigado por possibilitar que eu me apresentasse ao Sr. Blanco. – O homem abraçou o Flávio calorosamente.

- Pai, eu estou apenas acompanhando o Camilo, quem possibilitou esse encontro foi a Manu. – Flávio falou em um tom muito sério.

- Ah, e como está a minha nora? Por que não veio com vocês? – O homem parecia extremamente simpático, mas o Flávio já havia me alertado que era uma raposa.

- Ela está trabalhando. – Flávio respondeu e fez as apresentações. O pai dele me cumprimentou efusivamente e se dirigiu a Olívia como um lord inglês, tomando-lhe a mão e beijando o dorso numa reverência.

- Sra. Blanco, engraçado, mas sua fisionomia me é familiar. – O pai do Flávio a olhou com interesse.

- Talvez o senhor se lembre de algum dos meus trabalhos. – Olívia respondeu com aquele sorriso deslumbrante que deixava qualquer um aos seus pés.

- Minha esposa era modelo, viajou o mundo e estampou campanhas de marcas famosas até se aposentar cinco anos atrás. – Expliquei.

- É claro, Olívia Ferrante! – O homem olhou para ela com admiração.

- Agora, Olívia Blanco. – Ela tornou a sorrir para ele.

- Camilo, você é um homem verdadeiramente afortunado. – Ele olhou para mim com novo interesse e eu agradeci.

Pelas duas horas seguintes falamos de negócios e foi realmente bem interessante. Eu tinha que reconhecer que o César Moreno era um empresário extraordinário e tinha uma perspectiva interessante sobre os negócios. Ele era sedutor, inteligente e articulado. No final da reunião eu fiquei interessado em uma proposta de parceria que ele sugeriu. Eu não estava interessado em tê-lo como sócio ou se metendo na empresa da minha família, mas eu fiquei interessado com a possibilidade de algumas ações conjuntas que, se dessem certo, impulsionariam ainda mais a nossa empresa.

- Olha, César, de fato é muito interessante. O que você acha de aprimorarmos essa idéia? Você e seu filho são muito bem vindos para conhecer a nossa empresa e nossas fazendas. – Convidei para que ele visse com os próprios olhos que o negócio seria bom para ele também.

Ele contou tudo o que descobriu com a velha enfermeira Rosália e não foi pouco, eu mesmo não sabia de todas aquelas coisas. Quando terminou o seu relato eu tive certeza, assim como ele, tinha algo de estranho com a morte da minha mãe.

- Agora eu vou atrás da tal Gisele, tenho certeza que ela tem muito pra contar, mas antes de me apresentar eu estou investigando o que ela andou fazendo todos esses anos, quero ter uma carta na mão, pois pelo que entendi é uma mulher muito esperta, não quero que ela escape. – Breno era um investigador inteligente e ágil.

- Ótimo, Breno. Agradeço por fazer isso por nós. Aqui está a lista que você pediu, com o nome de todas as mulheres que trabalhavam na área administrativa da empresa na mesma época que a empregada que morreu afogada. – Flávio entregou uma cópia da lista que eu havia feito.

- Com isso eu posso procurar a irmã da empregada de novo. – E foi como se ele invocasse a mulher, tão logo fechou a boca seu celular tocou. – Olha que coincidência, é ela! – Ele atendeu imediatamente. – Dona Meire, como vai? Sim, estou bem. – Ele ouviu o que ela disse e foi abrindo o sorriso. – Isso é ótimo, D. Meire. Posso buscar isso hoje ainda? Ah, maravilha! Nos vemos mais tarde então. Obrigado! – Ele desligou o telefone e nos olhou satisfeito. – Ela encontrou cinco caixas com pertences da irmã. Disse que eu posso ir buscar e o que não me servir eu posso jogar fora, ela não vê porque guardar mais nada.

- Mas isso é excelente! – Flávio sorriu.

- Sim, eu vou buscar as caixas, quer participar da caça ao tesouro, delegado? – Breno sorriu para o Flávio.

- Com certeza eu quero. Podemos nos encontrar lá em casa amanhã? – Breno confirmou e estava marcado. – Você vai querer ver isso não é, Camilo?

- Com certeza! Mas e a Manu? Ela vai perguntar. – Minha irmã ficaria curiosa, eu a conhecia.

- Relaxa, amor, eu tiro as meninas de casa. – Oli deu a solução.

- Ótimo. Tudo indo muito bem. Agora só falta o DNA! – Eu estava muito ansioso pelo exame.

Saímos do restaurante e fomos para o laboratório que ficava ali perto. Minhas mãos estavam suando. Me apresentei no balcão e pedi o resultado. A atendente voltou instantes depois com um envelope nas mãos. Aquele envelope queimou em minhas mãos quando o peguei. Nos sentamos na recepção do laboratório mesmo, eu não esperaria mais nem um segundo. Abri o envelope e meu coração errou as batidas.

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