Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 110

Eu estava me fodendo para o que ele falaria sobre Sebastian e Milena. Porque agora eu só queria ficar presa à cama.

- Ok, eu aceito. – Tentei fingir que eu não estava completamente ansiosa por aquele momento que ele me oferecia.

- Sebastian e Milena se envolveram quando eu fui para a faculdade. Ela viajou e os dois se conheceram, no país de origem dele. A questão é que a Perrone e a North B. sempre foram rivais... Porque hoje a Perrone comprou um prédio na frente da North B. Porém no passado, quando a North B. era comandada somente pelo meu pai, ele afrontou a Perrone no seu próprio país, tentando produzir o que eles produziam: vinho.

- Allan... Fez isso?

- Negócios, Bárbara... Nada mais que negócios. A questão é que meu pai teve um caso com a esposa de Francesco Perrone.

- A mãe... De Sebastian?

- Sim.

- Neste tempo Milena e Sebastian já estavam juntos?

- Sim. E se não bastasse, meu pai engravidou Soraia Perrone.

- Por meus sais... Como diria Ben.

- Soraia teve um aborto espontâneo e perdeu o bebê. Ou o tirou por vontade mesmo. Não há como saber. Sebastian tomou as dores do pai... Da família. E deixou Milena. Coincidentemente foram estudar no mesmo país depois. Neste tempo eu já fazia faculdade e adivinha quem era meu colega?

- Sebastian Perrone.

- Bingo! O filho do homem que engravidou a mãe dele.

- Que porra de azar!

- Então, já nos odiamos de imediato. Eu por ele ter mandado matar meu pai... Ele por eu ser um Casanova.

- Sebastian... Mandou matar seu pai?

- Ele... O pai dele... Pouco importa. Como acha que meu pai foi parar naquela cadeira de rodas?

- Eu... Devo ficar com medo?

Ele sorriu e alisou meu rosto:

- De Sebastian, sim. Dos Casanova, não.

- Será? Eu... Não imagino Sebastian sendo capaz disto.

- Agora entende porque os Perrone e os Casanova se odeiam? Francesco é o responsável por meu pai estar inválido.

- Allan pode ser qualquer coisa, menos inválido.

- Hoje eu e meu pai andamos sempre com seguranças armados.

- No caso, Anon 1 e Anon 2.

Ele arqueou a sobrancelha:

- No caso, Anon e Otávio. – Corrigiu, confuso.

- E por isso Sebastian e Milena se separaram?

- Ela teve outra pessoa depois... Mas nunca soubemos quem era. Ela não nos apresentou. Numa das voltas da faculdade para casa... Nós transamos. E ela apareceu grávida, alegando que o filho era meu.

Fiquei sem palavras, olhando para ele.

- Talvez... Não fosse meu. Ela tinha um namorado.

- Um filho seu? O homem que não transa sem camisinha? – ironizei, puta da vida.

- Sinceramente, acho que não era meu. Seria muito azar.

- Azar ou falta de preservativo? Aliás, conhece uma coisa que se chama teste de DNA? Acho que não, já que sequer sabe o que é camisinha.

Me afastei, indo para o outro lado da banheira.

- Porra, Bárbara! Eu estou contando a verdade, como você pediu.

- Heitor, não me preocupo em ficar grávida, juro. Mas em pegar um DST de você, sim. Já estou em surto, morrendo de medo...

- Eu não tenho nada, porra! Eu juro.

- Irresponsável.

- Ciumenta.

- Descuidado.

- Manipuladora.

- Desclassificado.

- Gostosa.

- Gos... – olhei para ele. – Estou falando sério.

- Eu também. Você é ciumenta, manipuladora, usou de sua beleza e sedução para me fazer contar tudo. Depois fica morrendo de ciúme e me trata feito...

- Feito...

- Um irresponsável.

- E não é?

- Não julguei você, Bárbara. Eu poderia ter dito que você participou do relacionamento tóxico com seu ex porque quis. E você, usou camisinha com ele? Usou com o “prostituto”?

Levantei e saí da banheira, furiosa. Ele foi atrás de mim e me pegou pelo braço:

- Você não vai fazer isso! Não hoje. Foi uma noite longa e difícil e você sabe disto. Não foi fácil chegarmos neste ponto. Eu tenho um passado e ele é cheio de problemas.

O encarei:

- Acho que não mais que o meu. – Baixei a cabeça. – Não transei sem camisinha com Jardel... Porque sabia que poderia sim, contrair uma doença. Então, dentre os oito anos que passei com ele, a única vitória que tive foi esta. Não usei camisinha com o prostituto porque não houve penetração.

- Não houve penetração?

- Só oral...

- Você nele?

- Ele em mim.

- Quem em sã consciência não comeria você... Bem comida?

O jeito de falar dele acabou comigo completamente:

- Me come, Heitor... Bem comida... Amarrada na cama. – Implorei, olhando para o lugar onde há pouco tempo transamos.

Nossos lábios se encontraram violentamente, como se pudéssemos morrer caso não nos beijássemos. Ele me pegou no colo, ainda nua e molhada, e me jogou na cama, sem descuidar da língua na minha, exigente, selvagem. Mordeu meu lábio inferior, puxando com os dentes vagarosamente, abrindo os olhos e me encarando enquanto a mão tentava encontrar algo no chão.

Me soltou e pegou uma caixa branca, que eu sequer havia observado ali. Retirou um par de algemas de couro, pretas, e colocou num dos pulsos, passando a corrente por detrás da cabeceira da cama, fechando a outra no pulso esquerdo.

Tentei retirar meus braços, que ficaram trancados, com movimentos completamente limitados.

- Você... Já havia previsto isso? – perguntei, um pouco temerosa.

- Sim... Desde o dia que a vi pela primeira vez. Pensei: preciso domar esta mulher. Ela vai ver quem comanda.

- Eu comando. – Afirmei.

- Não... “Eu” estou no comando agora. – Ele retirou da caixa uma venda preta em cetim e sorriu, sedutoramente. – Vou acabar com você, Bárbara Novaes. Me vingar por tudo que me fez até hoje. Inclusive pelo que faz...

- Eu...

- Antes de eu cobrir seus olhos, quero que confesse que morre de ciúmes de mim.

- Eu não vou fazer isso... Até porque... Eu não tenho ciúme de você.

Ele levou o dedo ao meu clitóris e começou a fazer movimentos circulares, fazendo eu gemer e me contorcer de forma veemente.

Comecei a umedecer instantaneamente, abrindo minhas pernas.

- Quer meus dedos ou meu pau? – perguntou, apertando e movimentando mais rápido.

- Os dois. – gritei, sentindo que eu iria gozar.

- Agora?

- Agora, porra!

Ele retirou o dedo e lambeu o dedo enquanto me olhava:

- Não existe melhor sabor que o seu, Bárbara. Quer provar?

- Eu... Quero você... – meu coração estava explodindo e o sangue fervia nas minhas veias.

- Então confesse que sente ciúme.

Fechei as pernas e senti minha respiração cada vez mais ofegante. Porra de homem dos infernos:

- Eu morro de ciúme de você, seu desclassificado. Sou louca, completamente louca por você.

Ele deu um meio sorriso, satisfeito, colocando gentilmente a venda. Então tudo se escureceu à minha volta.

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