- Confessa que está com ciúme...
- Estou morrendo, me corroendo de ciúme. – Confessei.
Ela sorriu e tocou meu rosto carinhosamente. Ajeitei a bandana com o nome da banda na cabeça dela:
- Você está linda! – Me ouvi dizendo.
- Nem brinca. Estou gorda. Olha o tamanho dos meus peitos.
- Perfeitos... – Olhei os seios fartos dentro da camiseta... Adivinha de quem? Bon Jovi.
Assim que chegamos ao final do corredor, pude ver o nome de Jon na porta branca do camarim. Reconheci a assessora dele, que me acenou, chamando na sua direção:
- Casanova... Que prazer revê-lo!
Ela não havia mudado nada. E seguia simpática. Me estendeu a mão, em forma de cumprimento e Bárbara pôs-se entre nós, tocando a mão dela:
- Prazer por que mesmo? – Arqueou a sobrancelha.
A assessora, que eu não lembrava o nome de cor, ficou ruborizada imediatamente:
- Você deve ser Bárbara Casanova.
- Em carne, osso e barriga. Mais carne do que osso. Grávida! – ela pareceu arquear a barriga para frente.
- Nossa, que legal! Parabéns.
- Bem, vamos terminar logo isso. Ele está esperando-a? – Perguntei.
- Sim... Tudo certo. Poderá falar com Jon por... – ela olhou no relógio – Quinze minutos é suficiente para você? – olhou para Bárbara.
- Quinze minutos? Deus... Bastava um – ela disse, ansiosa – Esperei por isso a vida inteira.
- Que bom. Vamos? Tem mais uma fila esperando para vê-lo. – Sorriu.
- Uma fila? Onde?
- Lá fora. Entra um pouco de cada vez.
- Hum... Que desclassificado. – Bárbara disse.
- Des... O quê? – A assessora perguntou, confusa.
- Esquece. Vamos? – Ela olhou na minha direção.
- Não... Eu não vou. Este momento é seu, não meu.
- Como assim não vai entrar comigo?
- Não quero... Vou esperar você.
- Vai esperar aqui? – Ela pareceu confusa.
- Não... Vou beber alguma coisa... Dar uma volta no banheiro... E voltarei daí – olhei no relógio – Quinze minutos passa rápido... Para você.
- Vamos? Está na sua hora... Os ponteiros do relógio de Jon correm mais rápido que o normal. – A mulher disse, andando alguns passos.
- Ok...
- Aproveita! – Dei um beijo na testa da minha mulher.
Virei e a deixei ir. Se aquilo me deixava enciumado? Caralho, demais! Mas era um sonho dela. E eu só queria que ela realizasse todos os sonhos que tivesse.
Pus as mãos nos bolsos da calça e segui meu caminho. Tinha visto um bar próximo do camarim dos outros integrantes da banda. Um uísque cairia bem naquela hora. Talvez uma ligação para Malu, para me certificar de que ela e o gato de gravata passavam bem...
- Ei, desclassificado!
Parei e olhei na direção dela, confuso:
- O que você está fazendo aqui?
- Seguinte... Eu já vivi de migalhas. E sinceramente, eu não gostava.
Fiquei a encará-la, sem saber o que dizer.
- Prefiro exclusividade.
- Do que você está falando?
- Que eu não quero conhecer o Bon Jovi no privado, entendeu? A última vez que eu estive numa área privativa acabei encontrando o homem da minha vida... Então, não sei me entende... Mas... Eu não quero outro.
- Sua louca... Você fez eu gastar uma grana sem tamanho e não vai ver o desgraçado?
- Não... Eu só quero ver o meu marido... Ninguém mais.
- Me diga que tem colherinhas nesta sua bolsa minúscula, Bárbara Casanova!
- Você não precisa de colherinhas... Se eu derreter, você me apara, lembra? – Ela sorriu, correndo para os meus braços.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...