- Não consigo imaginar você num relacionamento onde as coisas fogem do seu controle e não são como você quer, Bárbara. – falou, alisando meu colo delicadamente, com os dedos.
Eu sentia a respiração quente dele no meu pescoço, enquanto aconchegava as costas ao seu peito, brincando com a espuma perfumada.
- Me tornei esta pessoa que você vê agora... Que teme a mínima situação que possa me fazer perder o controle.
- Me pergunto como... Aguentou tanto tempo.
- Eu também. Mas foi a prova de que nada é ruim para sempre. Um dia as coisas mudam. E tudo me fortaleceu de alguma forma. Tenho orgulho de quem sou hoje, mas sou grata àquela “eu” que passou tudo que passou para me transformar.
- E depois que ele morreu? O que você fez? Sofreu a morte dele, de alguma forma?
- Depois que ele morreu, eu abri um espumante e comemorei. Era o fim da vida dele, mas o início da minha. Eu já morava com meus amigos, Ben e Salma. Eles acham que os dois anos seguintes foram de luto para mim, mas não... Foi de autoconhecimento.
- Não conheceu ninguém neste tempo? Nos dois anos?
- Conheci... Mas não me envolvi com ninguém. Sequer beijei na boca. Acho que consegui me apaixonar por mim mesma... E recuperei a autoestima. Então veio a porra do prostituto... Que me roubou.
- Então... Eu sou o segundo depois do seu ex controlador?
Eu ri:
- Ah, Heitor, quem dera eu pudesse chamar Jardel de “controlador”... Isso é um elogio para ele. E sinceramente, acho que o “prostituto” não conta.
Ele riu:
- Em outros tempos eu acabaria com você em razão deste prostituto. Sabe disto, não é? Não a deixaria em paz.
- Tudo que disser no futuro sobre isso poderá ser usado contra si mesmo, Heitor Casanova. Mas agora me conte sobre você. Já que abri meu coração... Abra o seu para mim.
- Ele já está aberto, Bárbara. Completamente... – a mão dele desceu pelo meu colo, fazendo uma rápida parada no seio, que ele apertou, descendo pela barriga, abdômen, até chegar na minha intimidade.
Sorri, sem ele perceber, e subi sua mão, parando novamente no seio submerso :
- Conte sobre você e posso ir descendo sua mão, conforme eu for achando interessante.
- Não é justo... – reclamou, levantando meus cabelos e beijando meu pescoço demoradamente, fazendo eu sentir sua língua quente e convidativa.
- É muito justo, Casanova.
Me puxou ainda mais contra seu corpo, me envolvendo pela barriga com as mãos, carinhosamente:
- Ok, vamos lá. Órfão de mão cedo, ainda um menino. Meu pai viveu o luto se jogando no trabalho. Fiquei aos cuidados de minha babá, que antes disso era governanta da casa e melhor amiga da minha mãe. Nicolete me criou... Me deu amor e tudo que uma criança pode precisar após sofrer a perda da mãe tão repentinamente. Não demorou muito e Allan Casanova apareceu com Celine. E em meses os dois se casaram.
- Eu não gosto dela. – Confessei.
Ele riu:
- Ela não é má pessoa. Mas tem seu jeito altivo, personalidade forte.
- É mais que isso.
- Bem, ela tinha uma filha, que morava com o pai. Neste caso, Milena. Tínhamos meses de diferença de idade eu e ela. Inicialmente ela vinha à nossa casa nos finais de semana. Depois de um tempo ficou definitivamente. Aos dezessete anos tirei a virgindade dela, de forma consensual. Éramos adolescentes e fomos pegos pelo calor do momento. Eu estaria sendo hipócrita se dissesse que eu queria namorar com ela ou jurar fidelidade. Neste tempo eu andava com todas as mulheres.
- Jura? – comecei a rir. – Agora não? Quando é que você mudou? Que porra, Heitor, você tem várias mulheres desde sempre? Como posso acreditar em você?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...