Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 290

Assim que descemos os degraus da escada lateral, a cerimônia ainda rolando, fomos para a área externa.

Qual não foi minha surpresa ao deparar-me com Anya e Breno conversando com Nic, enquanto Maria Lua estava no colo dela, com Be no colo.

Corri até eles, quase caindo com os saltos finos afundando na grama fofa.

Parei no meio deles e Nic, impedindo-os de verem minha filha:

- O que vocês estão fazendo aqui? – Perguntei, sentindo a raiva ficar incontida dentro de mim.

- Nós... Só viemos ver a menina. – Anya disse.

- Vocês não podem vê-la. Ela é nossa filha. – Heitor falou firmemente – Se voltarem a se aproximar, vou pedir uma medida protetiva contra vocês.

- Realmente só queríamos ver a menina. Afinal, não queremos ter o mesmo fim que Daniel. – Breno disse.

- Não entendi... – Me fiz de desentendida.

- Acha mesmo que acreditamos que Daniel sumiu ou foi embora? Ele simplesmente desapareceu do país.

- Não sabemos sobre ele – falei – E nem quero saber.

- Bem, ao contrário de minha esposa, eu sei o que aconteceu com ele. E sinceramente, me agradaria muito mostrar-lhes com detalhes como foram os últimos momentos dele. A começar por você. – Ele tocou com força o peito de Breno, fazendo-o dar um passo para trás.

Anon 2 veio rapidamente na nossa direção, com a mão dentro do casaco, deixando claro que estava armado. Allan tentava vir o mais rápido possível.

- Isso não vai acabar nunca? Ganhamos judicialmente. E vocês jamais poderão mudar a decisão do juiz. – Falei.

- Estamos procurando provas de que você abusou de sua enteada. – Heitor olhou firmemente para Breno. – Não vou sossegar até botá-lo na cadeira, seu psicopata pedófilo. Sequer olhe na direção da minha menina ou sou capaz de acabar com você aqui mesmo, seu verme filho da puta.

- Filho da puta! – Malu repetiu, fazendo-nos olhar para ela.

Que porra! Só faltava essa. Malu aprender palavrão.

- Não pode repetir isso... É feio, ok? – Nic disse – Agora diga aos titios que vão embora de uma vez porque Malu precisa descansar um pouco.

- Vão embora! – ela disse com cara feia, estreitando os olhos, enrugando a testa.

- Como ela se parece com Salma... – Anya deu um sorriso.

- Anya, vá embora, por favor. – Pedi – Quando ela crescer, saberá sobre Salma... E sentirá orgulho da mãe biológica. Mas sabe que isso não acontecerá com relação a vocês, não é mesmo? Sempre deixarei bem claro o quanto nos chantagearam e foram filhos da puta conosco.

- Eu... Posso pelo menos dar um abraço nela? Só isso... Prometo nunca mais me aproximar. – Anya olhou para mim.

- O que vocês faziam aqui? – Perguntei, curiosa – Pensaram em conseguir mais dinheiro às nossas custas?

- Na verdade, não. Estamos morando num apartamento próximo. Enquanto andávamos, vimos a menina... E as iniciais de Heitor Casanova na placa dos carros... E eu quis conhece-la... Só isso.

Ela levantou as sacolas que tinha nas mãos e percebi que devia estar voltando do mercado ou algo do tipo, visto que estavam cheias de mantimentos.

Fui um pouco para o lado e disse:

- Pode tentar abraça-la... Se ela aceitar, tudo bem.

Anya deu as sacolas para Breno e se aproximou de Malu, que ainda segurava o gato no colo. Elas estavam na mesma altura.

- Posso lhe dar um abraço? – Anya perguntou para ela.

Ela abriu os braços, me surpreendendo. Eis uma coisa que ela não gostava: conversar ou ser simpática com estranhos.

Anya a abraçou e quando tentou sair, Malu grudou os cabelos dela, não soltando. A mulher tentou retirar os dedinhos da nossa menina, que enrolava cada vez mais os fios, agora com as duas mãozinhas. Ela começou a pedir ajuda, tentando se desvencilhar. Fui até elas e enrolei meus dedos do outro lado, puxando com força, enquanto fingia tentar ajudar.

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