- Tarado.
- Louca.
Ouvimos um estrondo do outro lado da igreja e todos viraram para a parte lateral, onde uma imagem de santo estava no chão, Nicolete com as faces ruborizadas e Maria Lua com seu gato Be finalmente no colo:
- Fujão! – A palavra dela ecoou pelo ambiente.
- Por Deus! – sai correndo em direção à elas, as pernas abrindo demais para o tecido justo, fazendo a fenda rasgar uns 10 centímetros, fazendo os olhares de crítica para Malu voltarem-se para mim.
Parei, a mão tentando tapar a fenda, voltando-me demais para frente enquanto o zíper se abria atrás. Suspirei, devagar, para não ficar sem vestido.
Senti o blazer de Heitor sobre mim, cobrindo-me:
- Sigam a cerimônia, por favor. Vou tirar minhas mulheres daqui para que o casamento possa ocorrer normalmente. – Ele disse em voz alta, um sorriso sem graça.
Fechei o blazer, vendo Nicolete retirar Maria Lua pela porta lateral. Acenei para Allan, que retribuiu o gesto, sorrindo e balançando a cabeça, junto de Anon 2.
- Eu cuido dela. – Nicolete falou quando nos aproximamos – Vou leva-la para brincar um pouco com o gato aqui na rua. Ela não consegue se concentrar aqui dentro.
- Preciso ir ao banheiro e ver como resolvo a questão deste vestido.
- Acho que vocês precisam levar esta menina mais vezes à igreja. Talvez ela entenda o que é... – Nic nos repreendeu.
- Nic, vou acompanhar minha esposa ao banheiro. Preste atenção em Malu, por favor. Não a deixe voltar para o interior da igreja, ou o padre nos expulsa. – Heitor disse.
Heitor pegou minha mão e seguimos pela lateral, junto dos vidros quadriculados e coloridos, subindo por uma escadaria estreita, até chegarmos num mezanino. Vimos a placa explicativa sobre a localização do banheiro.
- Eu juro que não entendo... Quando provei o vestido ele não ficava tão justo assim... Mas o tecido encolheu. – Me defendi.
- Claro que encolheu... O cardápio italiano diário certamente não é culpado de nada, não é mesmo?
- Claro que não, Heitor. Eu malho diariamente e você sabe disso.
- Você malha? Desde quando? Bárbara, você é muito cara de pau.
- Acha que correr atrás de Malu o dia inteiro não é malhação, marido? Pensa que é fácil?
Heitor abriu a porta do banheiro e entrei. Ele seguiu atrás de mim e eu perguntei:
- Não tinha escrito “Banheiro Feminino” ali na porta?
- Não mesmo. Eu posso ter lido PRIVADO.
- Jura?
Ele trancou a porta com a chave.
- Heitor, estamos na igreja. – Fiz o sinal da cruz.
- Eu não resisto, Bárbara... – ele retirou o blazer que me cobria, analisando meu corpo milimetricamente, um sorriso avassalador e destrutivo surgindo.
Enlacei minhas mãos na sua nuca, encarando-o:
- Sou louca por você, desclassificado!
- Você acaba comigo deste jeito, mulher!
- Trouxe colherinhas? Acho que preciso.
- Não trouxe... Se você derreter, quero apará-la na minha boca, sua gostosa. – A mão dele entrou pela fenda, chegando facilmente à minha intimidade completamente encharcada.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...