- E vou continuar tentando levá-la para a North B. Não vou desistir de você, Bárbara.
- Para ser a sua secretária e andar quase sem roupa me oferecendo para você? – gargalhei. – Não me confunda com as suas vagabundas.
- Bárbara... – ele mordeu o lóbulo da minha orelha.
Senti sua língua na parte sensível da minha orelha e me arrepiei. Depois passei meus braços sobre seu pescoço e o beijei como se o mundo fosse acabar em cinco minutos e só houvesse nós dois. Quando acabei, o afastei do meu corpo e disse:
- Mande o elevador descer. Quero ir embora.
- Está louca, Bárbara?
- Agora! – ordenei, com firmeza, o encarando friamente.
Ele não contestou. Ligou para alguém e em minutos o elevador desceu.
Assim que chegamos no térreo, saí, me sentindo um pouco tonta e ele me seguiu. Quando passei pela porta do edifício, já do lado de fora, disse:
- Obrigada por me acompanhar, senhor Casanova. Foi um prazer.
Virei as costas e fui embora, sentindo meu corpo completamente cansado e o coração explodindo de felicidade.
Notícia ruim do dia: vou ter que fazer uma espécie de cirurgia em função da endometriose, que se agravou.
Notícia boa do dia: eu transei com Heitor Casanova. E... Ele parece outro homem e não mais aquele idiota que eu conheci no corredor da Babilônia.
No fim, o sexo com ele deixou a notícia do médico menos tensa e triste.
O que eu percebi ao longo do trajeto? Ele foi embora com a minha calcinha no bolso.
Assim que cheguei em casa, fui direto para o banheiro. Precisava urgentemente tirar o suor do meu corpo o cheiro dele... Ou poderia não dormir à noite, sonhando com o desgraçado.
Encontrei Ben saindo do box.
- Cheguei primeiro. – Ele debochou, cantarolando.
Comecei a tirar a roupa na frente dele. Ficou parado e me observou entrando no box e ligando o chuveiro.
- Que foi... Nunca me viu nua?
- Nua sim... Vindo para casa sem calcinha, não.
- Eu...
- Não me diga que transou com Sebastian Perrone? – ele colocou a mão sobre o vidro do box, limpando para me ver.
- Não... Eu... Posso ter perdido.
- Ninguém perde uma calcinha.
- Dormiu com Sebastian... – ele vibrou.
Fechei meus olhos e deixei a água extremamente quente cair sobre meu corpo, tirando a tensão e o tesão.
- Sua bunda está roxa... – ele entrou no box.
- Ben... Nunca ouviu falar sobre privacidade?
- Com quem você dormiu?
- Eu não dormi com ninguém... Literalmente.
- Com quem você fez sexo? – ele reformulou a pergunta.
Recostei a testa na parede, sentindo a água nas costas, me relaxando aos poucos. O banheiro começava a ficar completamente vaporizado.
- Meu Deus... – ele disse. – Casanova...
Assenti com a cabeça, sem olhar para ele.
Ben tocou minhas nádegas e disse:
- Ele... Apertou você... Bem apertada.
- Não tem noção do que eu fiz com ele. – comecei a rir.
- Babi... Me conta, por favor... Eu imploro.
Virei para ele e soltei um grito incontido, louco, cheio de felicidade.
- Céus, amiga...
Puxei ele de volta para o chuveiro e o abracei. Ele estava de roupa e ficou me olhando seriamente, ficando todo molhado de novo.
- Foi bom... Muito bom, Ben. A gente transou no elevador.
- Caralho... De onde?
- Uma clínica...
- Qual clínica? Vai dizer que de novo o elevador estragou com vocês dois dentro?
- Não... Ele mandou pararem o elevador.
- Ele pode fazer isso?
- Eu acho que sim. Ele é Heitor Casanova.
- Babi, você transou no elevador, menina! Quantas vezes foi? Você... Gozou?
- Ben, ele se ajoelhou e fez um oral e mim... Perfeito... Inesquecível. Eu gozei no oral... E depois... De novo.
- Está dizendo que Heitor Casanova, que se vangloriava para você que todo mundo queria chupar ele fez um oral em você?
- O que foi, Ben? Não acha que eu sou atraente para receber um oral dele?
- Amiga, eu acho que você tem Heitor Casanova nas suas mãos, linda. – ele tocou meu rosto. – Ele está apaixonado.
- Não... Eu... Acho que não é possível.
- Caralho... “Você” está apaixonada.
- Não! Foi... Sexo. Você mesmo me disse: sexo é sexo.
- Seus olhos brilham quando fala o nome dele. Você gritou, Babi... E aposto que deu para ouvir da rua.
Ele saiu do box. Fechei o chuveiro e fui atrás dele.
- Sabe, Ben... Eu gostei muito. Tenho certeza de que foi o melhor sexo da minha vida inteira. E o que mais dói em mim é saber que não vai acontecer de novo. E se eu não tiver esta conexão com outra pessoa novamente?
- Para o mundo que eu quero descer. – ele colocou as duas mãos na minha direção, pedindo para eu parar. – Por que não aconteceria de novo?
- Porque era só isso que ele queria de mim. Já teve... Acabou a curiosidade de como era transar com Bárbara Novaes. Agora não vamos mais nos ver... Ou ficaremos inimigos novamente.
- Eu aposto meus dois rins, novinhos em folha, funcionando perfeitamente, como ele vai procurar você, Babi. Heitor Casanova está fodidamente apaixonado pela mulher que riscou o Maserati dele.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Por que pula do 237 para o 241 ?...