Contos Eróticos: O Ponto I romance Capítulo 14

—Claro que sim. Me acompanhe, tomaremos o elevador particular. É hora de apresentá-la à Louise. E depois podemos relaxar um pouco.

—Estou ansiosa pelo depois… – sorrira a garota.

Ken era alto e magro, embora seu corpo fosse bem definido. Se vestia com um suéter negro de mangas longas, quase a mesma cor das calças. Katherine podia jurar que ele portava alguma arma escondida. Considerando sua posição no hotel, não seria surpresa que estivesse sempre pronto para se defender.

O rapaz tinha cara de segurança, sabe esses japoneses e chineses que são mestres de Kung Fu ou Karatê? Pois bem, era assim que o imaginava, sempre parecia que um bando de homens surgiriam das sombras e ele os abateria todos. Aquele pensamento quase infantil a fazia rir.

Ela, por outro lado, saíra naquela manhã com um vestido rosa de alças finas e colocara uma gargantilha com uma minúscula pedra verde que imitava a cor de seus olhos. Na bolsa pequena havia apenas batom, o celular e cartões. Nunca lhe ocorrera que seria convidada para ir ao famoso Venatores et Luna.

Quinze minutos depois…

Após saírem do elevador, a linda loira de olhos verdes acompanhara o rapaz por três ou quatro corredores, embora tenha ficado tão entretida com os detalhes que perdera o rumo de onde estava.

Era impossível não ficar tentada pelas peculiaridades daquele ambiente. O som do Scarpan de Katie contra o chão indicava um piso de madeira, marrom e tão brilhante que parecia um espelho, como se tivesse sido encerado há poucos instantes. Os corredores eram escuros, interiores no prédios a julgar pela falta de janelas.

As paredes eram vermelhas, revestidas por algum tipo de tecido aveludado e ao longo era possível se ver belíssimos quadros com diversas pessoas que ela não ousara perguntar quem eram. Também não perguntara os autores, as datas daquelas artes e quanto elas valiam. Mas imaginava ali uma grande fortuna.

Haviam luminárias e candelabros estrategicamente posicionados. As formas da linhas nas peças desenhavam anjos, demônios e dragões e sua cor dourada sugeria serem feitas em ouro, adornados com pequeninas pedras preciosas.

Ficava claro para a garota a importância da segurança naquele lugar.

E quem seria Louise? Uma velha com crises de nostalgia?

Ao se aproximarem de uma grande porta dupla de madeira com inscrições em relevo gravadas dentro de um escudo com as letras LS, a maçaneta girara e as asas se abriram ao mesmo tempo. O interior do aposento parecia escuro até que o casal passara por ele.

—Katherine Patterson – dissera uma voz tão harmoniosa no ambiente que parecia estar vindo de todos os lados, como se estivessem em uma sala com um Home Theater ativado – A garota que conquistou a atenção de nosso querido Ken. Confesso que estava curiosa em a conhecer.

Katie varrera o local com os olhos verdes. Havia um sofá com estofado de couro marrom que parecia ter sido tirado de um museu e restaurado bem ao lado de uma grande poltrona que deveria ser parte do conjunto. Duas estátuas, em cantos opostos, guardavam o aposento, um anjo esculpido em mármore branco e uma armadura medieval de cavaleiro de cor negra.

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