Contos Eróticos: O Ponto I romance Capítulo 98

Leonard dera de ombros.

—Meu apartamento está sempre disponível para ocasiões como essa.

—Para sua casa então – concordara a morena, pressionando o botão de um chaveiro e desativando o alarme de uma Renegade negra bem próxima deles – Não me parece que podem dirigir, então eu cuido disso.

—A bêbada é ela – provocara Leonard, apontando para Katie.

—Sou mesmo… – sorrira a loira com as bochechas avermelhadas.

—Mas realmente, sempre voltamos de táxi ou com alguma amigo.

Kimberly sorrira concordando com a forma como agiam. Katie ainda a olhava como se a devorasse com os olhos. Aquela noite seria definitivamente perfeita.

Vinte e cinco minutos depois Leon deslizava a porta do apartamento e o trio adentrava o Inferno de Dante. Contra todas as recomendações não ditas em voz alta, Katie seguira direto para a mesa de bebidas do rapaz, colocando pedras de gelo e Gim em um copo.

Leonard avançara até o player e colocara Real Quick Lovin para tocar.

—Eis onde a esperança é deixada lá fora e o pecado não mora ao lado, mas sim dentro de todos que adentram o recinto – dissera Kimberly.

O rapaz voltara o olhar na direção da morena, suspirando.

—Uma distorção das palavras, mas se encaixa no contexto – argumentara.

—Já conhecia o apartamento de Leon? – indagara a loira, bebendo.

—Estive aqui em outra ocasião, posando como modelo para nosso artista.

Fora a vez de Katherine encarar o amigo.

—Hum… uma noite de segredos revelados – cutucara ela.

—Não é um segredo – comentara Leon, seguindo para a mesa de bebidas onde a loira estava – Já retratei inúmeras e inúmeros modelos. Posso dizer com plena sinceridade que Kim é uma das mais belas que já me dera o prazer.

—Encantada – respondera a trans deitando a cabeça para o lado enquanto sorria, aquele sorriso capaz de derrubar homens, mulheres e deuses.

—Meninas, vou deixá-las por cinco minutinhos. Estou com o cheiro do suor no ar do Pink por todo o corpo. Necessito urgentemente de um banho antes que morra – dissera o anfitrião – Sintam-se à vontade. Mi casa es su casa.

Katie avançara na direção de Leonard, ameaçando o beijar.

—Ah, como amo quando fala assim, vejo um homem tão gostoso e sedutor… – dissera apenas o provocando.

Leon se desvencilhara do abraço, seguindo na direção do banheiro.

—Sou gostoso e sedutor, mas não é para o seu bico, Madonna. Acalme esse fogo – protestara ele, fugindo da garota – Hey, Kim, me dê uma ajuda aqui.

—Com todo prazer – respondera a morena com a camisa vermelha caindo dos lados nos ombros, deixando o top branco completamente à mostra.

Tão logo o artista deixara a espaçosa área de serviço da entrada, Kimberly se dirigira ao sofá, aquele mesmo sofá onde há pouco tempo Josh e Leo tinham transado na presença e com a participação de Isadora. Agora o mesmo estava coberto com um enorme lençol de cor vinho.

Kim abrira o zíper na lateral das botas que usava e as retirara lentamente, uma, depois a outra. Tinha pés pequenos e delicados, as unhas pintadas na cor rosa bem clara com desenhos feitos à mão. Havia uma pequena tornozeleira no pé esquerdo com um pingente em forma de cristal. Abaixo da joia era possível ver uma minúscula tatuagem que Katie não conseguira identificar o que era.

Após retirar as botas, a morena retirara a camisa xadrez vermelha. A peça já estava com a frente aberta desde o começo, as mangas longas dobradas até perto do cotovelo. Katie apenas terminava a bebida e observava. Em seguida, a trans retirara o pequenino short jeans azul, ficando apenas com o top branco e uma calcinha de rendas da mesma cor.

—Parece que somos só nós duas – dissera ela, se dirigindo à loira.

A melhor notícia da noite – pensara Katie em silêncio. Até havia cogitado o elogio em voz alta, mas sabia que Leonard tinha câmeras de vigilância por todo o apartamento. Não queria ter de lidar com uma crise de ciúmes do rapaz depois. Ainda mais quando sabia que ele logo se juntaria a elas.

A loira dobrara o joelho direito trazendo o pé até perto do bumbum a fim de desabotoar a sandália que usava. Fizera com um e depois com o outro, surpresa por ainda conseguir se equilibrar depois do tanto que havia bebido.

Deixara as sandálias no chão perto da mesa de bebidas onde estava. Fitara a morena no sofá e seguira em sua direção, tirando o top de crochê pela cabeça no caminho. Jogara a peça sobre uma mesa antes de alcançar a amiga, torcendo para não a ter lançado sobre alguma tinta ainda fresca.

Katherine se sentara ao lado de Kimberly, a encarando sem dizer nada. Fora a morena que avançara, passando uma das mãos por trás da cabeça da loira, a puxando para mais perto e lhe tomando os lábios em um beijo. Kim tomara a face de Katie com as duas mãos, acariciando sua pele e alisando suas madeixas douradas. Fora um beijo longo e molhado que só acabara quando as duas haviam perdido o fôlego.

—Você é boa nisso – elogiara Katherine quando os lábios se descolaram.

—Eu diria que só funciona se ambas partes forem boas – devolvera Kim.

Agora, naquele distância, Katie realmente entendia o quanto aquela garota era linda. Os cílios negros e longos. Os olhos escuros e brilhantes, a pele lisa e sem nenhuma marca a não ser uma pequena pinta no lado direito acima dos lábios. O cabelo liso e curto caindo em uma pequena franja sobre sua testa.

—Preciso do seu pau – dissera a loira diretamente enquanto afundava a face no pescoço de Kimberly aos beijos ao mesmo tempo que levava a mão esquerda para o meio das pernas da morena, alisando sobre a calcinha – Quero muito a sentir em mim.

—Estou ofendida – respondera a morena, apertando a loira ainda mais em seu abraço, adorando os carinhos que ela fazia – Isso é tudo que vê em mim?

Katherine colara sua face à da moça, seus narizes se tocando, os lábios tão próximos que ambas dividiam o mesmo ar que respiravam.

—Claro que não – sussurrara a loira. Tudo que ela dizia parecia sair apenas em sussurros – Você é muito mais. Estou bêbada, não leve tudo que digo tão ao pé da letra. Procure as palavras em meus olhos.

De fato, a última parte dos argumentos era provocante. Se perder naqueles lindos olhos azuis era algo que Kimberly faria com prazer.

—Bêbada, é? Essa vai ser a sua desculpa para essa noite?

—Claro que não. Não preciso de uma desculpa para essa noite – sussurrara a loira em resposta – Tudo o que faço, sóbria ou… um pouquinho mais alegre – rira ela ao dizer – Sou mulher para assumir prontamente. Mas claramente é uma vantagem. Bêbada sinto muito mais tesão. E te quero muito.

—Quero você todinha – sussurrara a morena, puxando Katherine para mais perto, voltando a beijar o pescoço da loira e a morder sua orelha.

A garota embriagada apenas gemia sem se conter. Uma das coisas boas em assumir para si própria sobre sua sexualidade completamente era o fato de não precisar mais se segurar quando uma oportunidade surgia. Katie aceitava o fato de ser ninfomaníaca por escolha própria. Descobrira aquele fogo e aquele desejo ardente e quase infinito por sexo logo que perdera a virgindade.

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