Resumo do capítulo Capítulo 113: Os convidados chegam na Lanoy de Contrato para o caos: amor à primeira briga
Neste capítulo de destaque do romance Romance Contrato para o caos: amor à primeira briga, GoodNovel apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
“Maurice Lanoy”
E a Mônica conseguiu outra vez! Mais um projeto tirado daqueles panacas do Martim e do Emiliano com sucesso. E esse era gigante, esse projeto resolveria todos os meus problemas e encheria o caixa da empresa e os meus bolsos. Eu até pensei que não fosse conseguir marcar com o cliente, ele não parecia muito interessado e a Mônica conseguiu o projeto muito em cima da hora dessa vez, me deixando com o tempo muito curto.
Eu sempre marcava as reuniões antes da reunião do cliente com a Monterrey Quintana, afinal, quando os clientes viam o projeto que aqueles idiotas apresentavam e me ligavam, eu logo dizia que eles haviam roubado o meu projeto e os convencia a fechar comigo, o original! Claro que todos acreditavam, assim eu não só roubava os clientes dos dois panacas, como também os demoralizava.
Eu tive que ser muito persuasivo para conseguir a atenção do Mário Bianchi, ele era dono de uma rede hoteleira cinco estrelas e esse novo empreendimento dele era fantástico, mas ele era um homem ocupado e eu nem sei como os panacas conseguiram chamar a atenção dele. Na verdade, o meu único problema nesse esquema era conseguir que o Mário aceitasse ver o “meu” projeto. E aí a secretária dele me ligou e marcou a hora, o peixe caiu na rede, ou melhor, o tubarão! E depois que ele visse o projeto, o negócio com certeza seria fechado, foi assim com todos os outros.
Mas uma coisa eu estava notando em todos os projetos os quais já havíamos nos apropriado, a arquiteta dos panacas era muito boa, muito melhor que a Mônica, mais refinada, como se conhecesse e fizesse parte desse universo de alto luxo. Ela fazia coisas ousadas, mas elegantes e cheias de estilo. Talvez eu devesse roubar essa arquiteta dos panacas, eu deveria pensar melhor nisso.
- Mônica, está tudo pronto? – Eu perguntei ao entrar na sala de reuniões.
- Prontinho, Maurice. Pode ficar tranquilo porque isso aqui vai ser um passeio. – A Mônica era confiante demais, tão confiante que nem revisava os projetos que recebia de sabe lá deus quem. Mas, de fato, todos os projetos eram impecáveis.
- Você modificou os valores da proposta e a condição de pagamento? – Eu insisti, precisava ter certeza de que ela havia se lembrado de tudo.
- Pode ficar tranquilo, está feito! – Ela sorriu e se virou, dando um tapinha no meu peito.
- Tem muita coisa em jogo nessa reunião, Mônica. O investidor também estará aqui. – Eu a lembrei.
- Eu não entendi exatamente porque ele estará aqui. – Ela franziu a sobrancelha.
- Ele quer ver de perto a minha habilidade de negociação. Quer ter certeza de que eu sei fazer dinheiro e que seu capital não vai escorrer pelo ralo. – Eu expliquei.
- Isso é comum nesse tipo de negócio? – Ela perguntou. A Mônica não estava habituada a grandes rodas de negócio, às vezes eu a achava simplória demais.
- Em negócios desse montante, os investidores podem pedir para ver qualquer coisa na empresa. E veio a calhar que ele tenha me pedido isso hoje, exibir o meu poder de fechar negócios justamente com um cliente do quilate do Mário Bianchi, vai me possibilitar fazer uma contra oferta para o investidor. Com o Bianchi entrando para a carteira de clientes a empresa fica valorizada. E de outro lado, o Mário vendo que um homem como o Antônio Guerreiro vai investir em nós, ficará mais tranquilo em fechar o negócio. Entendeu? – Eu expliquei e ela fez que sim.
- Sr. Lanoy, o Dr. Antônio Guerreiro chegou. – A secretária apareceu na porta para avisar.
Eu ajeitei a minha gravata e saí da sala de reuniões para encontrar o Antônio na recepção. Ele era um homem que gritava poder e dinheiro, do tipo que fazia um homem rico como eu se sentir um pobre coitado.
- Dr. Antônio. É um prazer tê-lo de volta. – Eu estendi a mão para cumprimentá-lo.
- Na verdade eu estou pensando em me tornar um sócio investidor dessa empresa, mas ainda não estou convencido. Não sabia que você tinha negócios com a Lanoy. – O Antônio sorriu para o Mário, mas nenhum dos dois sorria pra mim.
- Na verdade não tenho. O que eu tenho é um novo projeto e o Sr. Lanoy me ofereceu uma apresentação de uma proposta, ele está interessado em construir o meu novo hotel. – O Mário explicou e eu tinha que dar um jeito de entrar na conversa porque eu já estava começando a me sentir como um intruso na minha própria empresa.
- Isso mesmo! E, Mário, como o Tony preten... – Mas o Antônio me interrompeu antes que eu prosseguisse.
- Não, não, Maurice, pra você é Antônio. Eu não te dei liberdade, não te dei nem dinheiro ainda! – O imbecil do Antônio me corrigiu como se eu fosse uma criança estúpida! Se eu não estivesse precisando tanto do dinheiro desse velho eu o colocaria para fora da minha empresa.
- Ah, claro, me desculpe, Antônio. – Eu tive que engolir todo o meu orgulho ali diante daqueles dois homens que se achavam donos do mundo.
- Mário, se você não se importar, eu gostaria de participar dessa reunião, apenas como ouvinte, sabe como é, para saber se estou colocando o meu dinheiro no lugar certo. – O Antônio se adiantou a mim mais uma vez e eu parecia o estúpido do secretário.
- Por mim, Tony, você é muito bem vindo! – O Mário concordou.
- Ótimo! Então vamos começar logo com isso, Maurice, nem eu, nem o Mário gostamos de perder tempo. – O Antônio falou pra mim e se virou para o Mário. – Por aqui, Mário. – Os dois saíram caminhando em direção a sala de reuniões, conversando sobre algum investimento milionário que o Antônio havia feito no mês anterior.
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Quero ler capítulos 320...