Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 123

Resumo de Capítulo 123: De onde menos se espera: Contrato para o caos: amor à primeira briga

Resumo do capítulo Capítulo 123: De onde menos se espera de Contrato para o caos: amor à primeira briga

Neste capítulo de destaque do romance Romance Contrato para o caos: amor à primeira briga, GoodNovel apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

“Magda Zapata”

O que tinha acontecido ali? Aquele idiota do Enrico colocou tudo a perder e não adiantava nem discutir, a Abigail não ia me deixar ficar. Eu no lugar dela não deixaria. Mas o que deu no Enrico? Ele ia agredir a Abigail e isso era demais até pra mim. Mas não deveria me surpreender, dizem que a fruta não cai longe da árvore e o Enrico era como o pai dele em tudo, agora, até nisso.

E tudo por causa de uma mulherzinha daquelas. Ele foi capaz até de me virar as costas por causa de uma piranha que ele acabou de conhecer. O que aquele idiota tem na cabeça?

Bom, mas de nada adiantaria eu ficar chorando o leite derramado. Eu precisava tomar providências urgentes ou dormiria na rua. Eu precisava ligar para o Antônio. Eu peguei o meu celular e fiz a chamada.

- Magda, o que foi? – O Antônio me tolerava, mas não gostava de mim. Eu nunca me importei com isso, eu também nunca fui muito simpática.

- Antônio, eu preciso de um favor. As regras foram quebradas, eu estou saindo da casa da Abigail, mas eu estou sem um centavo e não tenho para onde ir. É possível que você adiante o valor da pensão pra mim? – Eu deixei todo o meu orgulho de lado para pedir aquele favor.

- Infelizmente eu não posso adiantar o valor da pensão, Magda, são as regras do espólio. – Ele falou e eu fechei os olhos já me desesperando. – Mas eu posso te fazer um empréstimo, não do valor integral, mas o suficiente para você se hospedar em algum lugar até a pensão ser paga.

- Eu te agradeço muito, Antônio. Você pode descontar direto o valor que vai me emprestar da pensão. – Eu respirei aliviada, pelo menos não ficaria na rua.

- Você quer que eu vá te buscar? – Ele ofereceu gentilmente.

- Não, Antônio. Eu pego um taxi. – Eu respondi.

- Então peça ao motorista para levá-la ao Hotel Tenor. Eu estarei esperando na porta e pago a corrida. – Ele foi mais gentil do que eu pensei que seria.

Eu fechei a mala e desci as escadas. Estavam todos lá, certamente a Abigail ainda faria alguma gracinha antes que eu saísse e dessa vez eu teria que suportar calada. Eu vinha suportando tudo nessa casa, pois sabia que não tinha para onde ir e nem conseguiria me manter com a pensão, considerando a velocidade que o Enrico gastava o dinheiro que eu recebia.

- Magda, você tem pra onde ir? – A Abigail me perguntou, ela iria tripudiar sobre mim.

- Quer tripudiar sobre o cadáver do perdedor, Abigail? – Eu a encarei de cabeça erguida.

- Não, Magda! – Ela bufou. – Eu só não vou te deixar na rua, você é a viúva do meu pai e em honra a memória dele, enquanto você precisar, eu não vou te deixar desamparada, Magda.

- É, o Zapata te criou muito bem. – Eu precisava admitir isso. – Mas não se preocupe, eu liguei para o Antônio, ele vai me emprestar um dinheiro e eu vou me hospedar em um hotel.

- Magda, se eu fosse você, alugaria um apartamento, um bom apartamento fica mais barato que um hotel. – Ela sugeriu e estava certa, era melhor que eu pensasse em fazer isso, esse casamento estava sólido demais e, depois de hoje, eu perdi a esperança de separar esses dois. – O Max tem uma imobiliária, ele pode te ajudar, não é, Max?

- Foram tempos difíceis. – Numa fração de segundo eu me lembrei da minha juventude, das escolhas ruins que fiz. – Sim, ele me agrediu algumas vezes. Eu era jovem demais, tão jovem quanto a Pilar.

- Algumas vezes significa que a senhora não se mandou na primeira. – Ele falou e eu pensei em como explicar porque eu fiquei e fui agredida outras vezes.

- É difícil. Eu estava grávida, sozinha, com medo. Mas depois eu precisava proteger o meu filho, aí eu tive que ter coragem. – Aquilo ainda me doía, mesmo depois de tanto tempo eu ainda me lembrava.

- E a senhora protegeu o seu filho até hoje. E ele se voltou contra a senhora. E agora, tia, como vai ser? – Ele me fez uma pergunta que eu não sabia responder.

- Eu não tenho idéia! – Era o que eu podia dizer.

Quando ele parou em frente ao hotel o Antônio já estava lá. O Tomás saiu do carro, pegou as minhas malas e cumprimentou o Antônio rapidamente, mas antes de ir embora, pegou a minha mão e colocou um cartão ali.

- Tia, é o meu cartão, se precisar de alguma coisa ou se quiser ouvir uma música boa, me liga. – Ele sorriu e piscou pra mim, deu um tapinha no ombro do Antônio e foi embora.

Eu estava de pé ali vendo aquele Mercedes se afastar e pensando que, enquanto o meu filho me virou as costas por causa de uma piranha e de um pai bandido, de onde eu menos esperei as mãos foram estendidas para me ajudar. E ao invés de me preocupar em onde o Enrico estava, foi isso ficou me incomodando a noite inteira.

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