Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 267

“Abigail Zapata Monterrey”

O dia tinha passado leve e tranquilo, sem a confusão que tinha sido o dia anterior cheio de notícias. Para nossa alegria ninguém tinha ousado perturbar aquele dia feliz. O Martim voltou a loja de presentes e comprou canecas para dar a notícia aos irmãos, ele tinha adorado aquilo, todas com a mesma frase, “adivinha quem vai ser titio/titia?”, embaladas em caixas de presente brancas com laços coloridos.

A família começou a chegar e até a Natália e o Mário voltaram de sei lá onde estavam para o jantar que eu convoquei dizendo que precisávamos falar com todos eles. E foi bom ela ter voltado, eu estava ansiosa para saber como tinham sido as coisas com o Mário.

A casa estava cheia, iluminada, com conversas e risadas felizes. Era a casa que eu sempre sonhei viver, cheia de vida e alegria.

- Abi, foi bom você ter convocado essa reunião, porque eu quero comunicar uma coisa para a família. Embora vocês já imaginem. – O Tomás chamou a atenção de todos logo depois de chegar com a Magda.

- Nossa, mas o que é tão importante assim, Tom? – Eu perguntei, mas já tinha um palpite.

- Irmãos, irmãs, cunhados, eu quero dizer a vocês que eu estou namorando a Magda. Eu sei que vocês gostam dela, mas eu gostaria que vocês a recebessem agora como minha namorada. – O Tomás anunciou todo formal e eu achei a maior graça, principalmente porque a Magda ficou vermelha.

- E você acha que isso é novidade, Tom? – O Maximilian perguntou ao irmão. – Todo mundo aqui já sabe disso. E a Mag já sabe que ela é bem vinda.

- Obrigada, Max. – A Magda sorriu. No fim, eu pensei que reunir os Monterrey seria um castigo para a Magda, mas acabou sendo a melhor coisa que poderia ter acontecido com ela.

- Bom, já que vamos anunciar... – O Mário começou, mas foi interrompido pela Pilar.

- Ai, Mário, perde tempo não, todos nós já sabemos que você está namorando a Nat, você está como um cachorrinho atrás dela. – A Pilar, fez todos nós rirmos, até o Mário.

- Ah, Pipa, é esse charme irresistível dos Monterrey! – O Tomás respondeu todo convencido.

- É, tá, o charme dos convencidos. – Eu estava rindo, mas eles realmente eram irresistíveis com aqueles olhos verdes em tonalidades diferentes como as personalidades, mas eram todos cativantes. – Agora parem de fazer comunicados no meu jantar, se quiserem comunicar mais alguma coisa me avisem e eu faço outro jantar pra isso.

- Olha a cunhada, cheia de regras. O que vocês querem falar pra gente deve ser muito importante, né? – O Maximilian perguntou e eu olhei para o Martim.

Nós havíamos combinado dar a notícia depois do jantar, mas o Martim estava quase explodindo de ansiedade e o fato dos outros terem começado a fazer comunicados não ajudou muito.

- Tá, vamos falar agora, ursinho! – Eu atendi a súplica do seu olhar e ele deu um pulo animado do sofá, indo até o escritório buscar os presentes.

- Nós temos um presente para vocês. – O Martim falou ao voltar.

Ele distribuiu as caixas entre os irmãos e até a Magda e o Mário ganharam uma, mas o Emiliano, como foi muito apressado, ficou de mãos abanando. E nos olhou com aquela cara de pobre coitado que ele fazia perfeitamente.

- Podem abrir. – Ele incentivou os irmãos, que abriram as caixinhas rapidamente e nos encararam emudecidos e confusos.

- Gente, deu defeito neles, ursinho. – Eu comentei e o Martim riu.

- Se eu soubesse que isso os faria ficar quietos eu teria engravidado você antes, coelhinha! – O Martim brincou e quando ele acabou de falar os irmãos saíram daquele torpor e as reações foram as mais efusivas.

- Nós vamos ser tios! Finalmente um sobrinho! – O Tomás comemorou e foi o primeiro a me abraçar.

- Não é uma má idéia, Max, meu filho crescer com os primos. – Eu sorri para a possibilidade. – Agora, Emiliano, explica pra eles porque você vai ser o padrinho.

- Anotem, pra vocês não esquecerem, eu sou o melhor amigo dos dois, o irmão de coração dos dois, o responsável pela união dos dois, que é o motivo desse bebê existir. Então, se conformem, porque eu posso reivindicar o apadrinhamento de todos os filhos que eles tiverem. – O Emiliano tinha perdido o limite.

- Não empolga! – Eu avisei e peguei a caixa que estava escondida atrás da parede. – Mas sim, Emi, você é tudo isso e nós amamos vocês todos, mas o primeiro bebê será afilhado do Emi e da Pipa. – Eu entreguei a caixa e os olhos dele brilharam.

Dentro haviam duas canecas, uma para ele e outra para a Pilar, dizendo que foram promovidos a padrinho e madrinha.

- Não me conformo, a Pilar furou a fila só porque está namorando o Emiliano e eu acabei ficando por último. E se até lá vocês desistirem? – A Natália reclamou.

- Bom, Nat, aí você apela para os seus irmãos, porque o meu primeiro filho com a minha bruxinha será afilhado do Martim e da Abi. – O Emiliano se apressou em dizer e a Pilar engasgou.

- Biscoitinho, você sabe que isso vai demorar a acontecer, não sabe? – A Pilar olhou para o Emiliano como se fosse uma advertência.

- Não sei não, bruxinha, eu tenho métodos de convencimento muito eficazes e você sabe disso. Além do mais, agora que a Abi já sabe que será madrinha, ela vai te deixar louca. – O Emiliano avisou e nos fez rir.

- Droga! Perdi o meu segundo afilhado. – A Natália se jogou no sofá fazendo drama e nos fazendo rir um pouco mais.

A noite foi perfeita e agradável, tudo o que eu tinha ao lado do Martim. Eu estava muito feliz e havia encontrado tudo o que eu sempre quis. Mas lá no fundo do meu coração eu senti uma pontadinha e lamentei por meus pais não estarem vivos para segurar o neto ou neta. Mas a vida era essa e eu estava grata por meu filho vir em uma família que tinha tanto amor para compartilhar e muitos braços para me ajudar.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga