Entrar Via

Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 276

“Abigail Zapata Monterrey”

Eu havia esperado pelo Ulisses no dia anterior, o dia todo, mas ele não apareceu, eu sentia como se ele estivesse apenas mexendo com as nossas cabeças, mas a conversa com o Antônio na noite anterior foi tensa o suficiente para que eu tivesse certeza de que o Ulisses era uma ameaça muito real e assustadora. Não sei o que o Antônio havia dito que deu essa sensação, na verdade foi mais o jeito que ele estava, a sua tensão, o excesso de avisos de cuidado.

- Coelhinha, como você está? – O Martim entrou em minha sala pela décima vez com a mesma pergunta e a preocupação em seus olhos me deixava ainda mais nervosa.

- Ursinho, senta. – Eu falei um tanto autoritária e ele obedeceu. – Ótimo!

Eu fui até ele, subi um pouco a minha saia e me sentei em seu colo, pegando o seu rosto entre as minhas mãos e beijando a sua boca. Ah, sim, isso sim era bom, me tirava o foco do motivo de eu estar tão nervosa. O Martim envolveu os braços em minha cintura, nós deixamos aquele beijo nos levar e à medida que ele acontecia ia ficando mais lascivo, deixando nossos corpos mais quentes. Suas mãos tocaram os meus seios e os apertaram, me fazendo soltar um gemido em sua boca. Era bom, bom demais!

E enquanto ele me beijava e me acariciava eu senti o seu membro ficar duro embaixo de mim e isso me fazia querer beijá-lo mais, me movimentando como se o estivesse montando. Meu marido era a minha perdição e a minha melhor distração. Suas mãos abriram os botões da minha blusa e ele libertou os meus seios do sutiã. Sua bocaça saiu da minha e serpenteou até o meu mamilo que implorava por ela.

Era tudo o que eu precisava, seu beijo, seu toque, seu desejo na minha pele. Mas o telefone sobre a minha mesa resolveu tocar insistentemente e eu queria muito ignorá-lo, mas nós estávamos no escritório e isso não era possível.

- Deixa tocar. – O Martim pediu.

- Não posso. – Eu respondi saindo do seu colo muito contrariada.

Eu atendi o telefone enquanto abaixava a minha saia e ouvi a Pilar dizer do outro lado da linha que o Sr. Ulisses Vasconcelos estava ali para me ver. Era chegada a hora de enfrentar o monstro e me fingir de cordeirinho.

- Ele está aí. – Eu me virei para o Martim e comecei a abotoar a minha camisa.

Depois de me recompor, o Martim e eu caminhamos até a recepção e encontramos o Ulisses, com aquela cara de bobo, sorrindo para nós dois.

- Abigail, querida! Cada dia mais linda! – O Ulisses abriu os braços e me cumprimentou com um abraço e um beijo e só depois se virou para o Martim. – Martim, é um prazer revê-lo. A Pilar e eu estávamos nos lembrando o quanto aquele dia na casa de vocês foi agradável.

- Foi mesmo, Uli! Uma pena que você tenha tido que sair correndo. – A Pilar sorriu amavelmente para ele.

- Também achei, Pilar. – Ele sorriu para ela.

- Por favor, Ulisses, vamos até a sala de reuniões. – O Martim convidou. – Pilar, providencie água e café, por favor.

- Vai vender mobiliada então? – Ele quis saber e eu confirmei. – Algum outro imóvel que você vá se desfazer?

- Eu ainda não sei exatamente, Ulisses. A verdade é que eu não tenho interesse por nenhum dos imóveis ou as empresas, se eu receber uma oferta que o Tony considere justa por alguma coisa, eu venderia. – Eu respondi e percebi que atraí o interesse dele.

- Mas que interessante! Então você estaria disposta a se desfazer de todo o espólio? – Ele insistiu.

- Sim, mas o Tony quem lida com essas coisas para mim, ele cuidava de tudo para o meu pai e continuará cuidando para mim. – Eu confirmei.

- Eu tenho interesse no espólio, Abigail, você poderia falar com o Antônio e me dar a preferência? – Ele perguntou bem animado.

- Mas é claro, Ulisses, eu vou avisar ao Tony que a preferência é sua e que você entrará em contato com ele. – Eu confirmei e ele deu um enorme sorriso.

Eu ainda tive que fazer o famoso “chá e simpatia” para o Ulisses por quase uma hora, mas quando ele finalmente saiu da construtora eu tinha certeza de uma coisa, ele não colocaria as mãos nem sequer em um alfinete que foi do meu pai. Eu esperava que eles conseguissem uma forma de prender o Ulisses e mantê-lo na cadeia bem depressa, porque isso estava demorando muito.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga