Resumo de Capítulo 82: Sentimentos não revelados – Capítulo essencial de Contrato para o caos: amor à primeira briga por GoodNovel
O capítulo Capítulo 82: Sentimentos não revelados é um dos momentos mais intensos da obra Contrato para o caos: amor à primeira briga, escrita por GoodNovel. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
“Abigail Zapata Monterrey”
Por incrível que pareça, eu me senti de alma lavada por poder dar uma lição naquela galinha da Letícia. Eu não gostava de brigar, detestava escândalos, mas não aceitava ser feita de idiota. Eu voltei para dentro do escritório e parei em frente a Maria Luiza na recepção. Curiosamente já não tinha ninguém mais ali assistindo o show, só a Maria Luiza, o pateta do Emiliano e a besta do Martim.
- Escuta bem, Marilú, não pensa que eu não sei que tem dedo seu nisso, porque eu sei que tem. – Eu comecei a falar, ela me olhava com os olhos estatelados.
- Ma-mas... – Ela tentou falar, mas eu não deixei.
- Caladinha! É só pra você escutar, então presta atenção! Da próxima vez que eu pelo menos sonhar que você está armando pra mim, o que eu fiz com aquela galinha vai ser pouco perto do que eu vou fazer com você. Entendeu, jararaca de unha postiça? – Eu a encarei e ela balançou a cabeça.
Eu passei pelo Emiliano e pelo Martim que me olhavam não sei se chocados ou divertidos, talvez uma mistura dos dois. Eu parei, encarei o Martim e no rosto dele havia apreensão também. Então eu voltei até a recepcionista.
- Agora, aprendiz do demo, pega o telefone e avisa para aquela galinha e quem mais estiver no meio disso, que o Martim é meu e essa ceninha que ela tentou fazer não vai fazer com que eu brigue com ele. – Eu avisei e dei as costas para ela, indo em direção a minha sala.
Eu passei pelo Emiliano e pelo Martim, que se entreolharam e me seguiram. Quando eu entrei em minha sala, eles também entraram e eu sabia que ia começar o falatório.
- Abi, o que aconteceu? Você não costuma reagir assim! – O Emiliano me encarou, ele sabia bem que para eu fazer esse circo tinha que ter um bom motivo.
- Aconteceu, Emiliano, que vocês dois são dois parvos! – Eu estava muito irritada. O Emiliano olhou para o Martim como se pedisse explicação.
- A Letícia invadiu a minha sala e partiu pra cima de mim. – O Martim deu a versão resumida.
- Ah, tadinho, tão pequenininho, tão indefeso, que dó que eu tenho! – Eu estreitei os meus olhos pra ele e notei as manchas do batom daquela galinha no maxilar dele e na camisa. – Olha isso, Emiliano, olha isso! – Eu me aproximei e apontei para as manchas.
- O que foi? – O Martim me encarou.
- Meu amigo, você está coberto de batom! – O Emiliano queria rir, eu sabia que queria.
- Sai daqui, Martim, sai daqui e vai tirar o batom e o perfume daquela galinha de cima de você e só volta pra trazer essa camisa pra eu queimar! – Eu falei e apontei a porta.
- Você vai queimar a minha camisa? – Ele me olhou como se a camisa tivesse valor sentimental.
- Ah, vou, eu vou sim! Vou queimar porque tem certas bactérias que precisam ser queimadas para não contaminar nada mais. Ou você quer guardar a camisa de recordação? – Eu avisei e ele me encarou derrotado e saiu da sala.
- Abi, o que é isso? Eu nunca te vi tão nervosa! – O Emiliano me encarou e os meus olhos se encheram de água.
- Ela estava em cima dele, Emiliano. – Eu reclamei. – Aquela galinha estava em cima dele.
- Isso tudo é ciúme, Abi? – O Emiliano deu um sorriso doce. – Ah, querida, você não precisa se preocupar, Abi, o Martim te ama!
Quando o Martim voltou para a minha sala, segurando a camisa suja de batom, eu estava encarando o Emiliano como se ele fosse uma espécie de bruxo que tivesse me revelado o futuro.
- Aconteceu alguma coisa? – O Martim perguntou um pouco inseguro.
- Aconteceu sim. – Eu peguei a camisa da mão dele e entreguei para o Emiliano. – Some com isso, eu tenho outra coisa pra fazer.
O Emiliano pegou a camisa e saiu da minha sala. Eu empurrei o Martim até ele se sentar no pequeno sofá que ficava encostado junto a parede da porta.
- Abi, eu te dou a minha palavra, eu não tive culpa. Eu jamais faria aquilo com você, eu nunca te trairia assim. – O Martim começou a se justificar.
- Eu não pensei isso nem por um segundo, Martim. – Eu me sentei em seu colo. – Eu tenho certeza que você não vai me trair, porque você não é assim.
- Abi, me desculpa, eu não consegui me livrar dela, ela se agarrou em mim como um carrapato. – Ele ainda estava se justificando.
- Eu te desculpo, mas você tem dona e sou eu! Entendeu? – Eu capturei a sua boca com a minha, sentindo o seu cheiro limpo e o seu gosto bom. Naquele momento, eu precisava beijá-lo, como se só assim eu fosse conseguir pensar com clareza em tudo o que eu ouvi do Emiliano, como se o beijo dele fosse me revelar os seus sentimentos ainda não ditos e os meus próprios.
N.A.:
Queridos, nos últimos dias eu tive imprevistos e acabei atrasando um pouquinho, mas à partir de amanhã estaremos de volta ao horário regulamentar. Obrigada! Beijo no coração!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...