Archie Simons –
Surpresa! Era tudo o que eu queria a causar quando me visse e pelo visto, consegui.
Travei o maxilar a encarando, vendo-a engolir o discurso que provavelmente estava sendo ensaiado a meses.
—Senhor Simons, viu como ficou bem estruturado o hotel? – Perguntou Heitor me cutucando.
—Não vale o preço que me pediu! – Respondi guardando a mão no bolso e dando de costas para ele.
—Senhor Simons! – Gritou ele vindo atrás de mim. Caminhei até a área do jardim que por sinal era enorme; havia bancos perto de uma coroa de flores silvestres e um lindo chafariz com o formato de anjo.
Pela arquitetura antiga do lugar, confesso que foi aprimorado mil vezes mais. A questão era o meu orgulho.
Respirei fundo vendo o homem se aproximar com um sorriso pálido.
—Senhor Simons, não seja assim. Recebemos mais ofertas, mas decidimos pelo senhor porque tem mais nome. – Disse ele me fazendo soltar um riso.
—Decidiram? – Perguntei virando o rosto para o olhar.
—Eu e meu pai fizemos uma análise. Mesmo que diminuamos o valor, tenho certeza de que aqui será um lugar bem valorizado. A única coisa que te peço é que mantenha a gerente. Ela fez todo planejamento sozinha e só entramos com o financeiro.
—Desculpa, tenho uma pessoa mais adequada. – Respondi me virando para olhar as crianças que brincavam no playground, vendo um pequeno que tanto me chamava atenção.
E de repente, alguém pareceu chamar Heitor e então ele me tocou no braço novamente.
—Senhor Sions, preciso atender. Vamos continuar essa conversa em um lugar mais adequado? – Perguntou ele me vendo com um aceno de cabeça, se retirando em seguida.
Quando passei os olhos nas crianças novamente, o pequeno havia caído ao chão.
Me assustei e fui até ele, mas ao ameaçar me aproximar, o vi se levantar sozinho e limpar as mãos, voltando a brincar.
Ele é forte! – Pensei.
As crianças estavam brincando de um lado para o outro e ele parecia mais retraído. Então, percebi que não havia ninguém por perto além de um garçom que passava com uma bandeja de bebidas e o parei pegando um copo de suco.
Quando vi que o garoto havia se cansado e ido até o banco para se sentar, fui até ele e me sentei ao lado.
—Deve ser difícil ser forte o tempo todo! – Falei o vendo me olhar com espanto.
—Desculpa, minha bisa disse que não devo falar com estranhos. – Disse ele me fazendo soltar um riso fraco.
—Sua avó está mais do que certa. – Falei me virando para o olhar. —Logo não serei um estranho!
—Verdade? Quem é você? – pergunto ele me vendo respirar fundo e me encostar no banco.
—Sou um tio e o chefe da sua mãe. – Respondi o estendendo o suco. —Está calor, deveria beber um pouco.
Falei saindo em seguida e ao caminhar de volta para a entrada do salão, peguei o telefone do bolso do terno e toquei no número de Dylan.
—Faça a transação. Assinarei os documentos em breve. –

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Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: DE REPENTE 30 e o presente foi um filho para o meu chefe.