Sabrina era uma peça complicada nesse quebra-cabeça, e era difícil saber até que ponto eu podia confiar nela. Até porque, com ela por perto, as coisas realmente não estavam se encaixando.
De repente, ouvi um suspiro irritado e o timbre da voz dela saiu de forma cansada.
—Está bem, querido, o que você achar melhor! – Disse ela me fazendo vincar as sobrancelhas com aquela resposta. Como assim, ela apenas acreditou no que eu havia dito tão de repente?
—Certo, nos vemos depois? Ainda tenho que resolver algumas coisas por aqui! – Falei desligando o celular em seguida, podendo respirar aliviado.
Continuei em silêncio acompanhando os passos dela se afastarem e então, percebi que ela havia ido embora.
Soltei um suspiro pesado e desci os degraus indo até a cozinha; eu precisava beber alguma coisa para acalmar os meus nervos.
Naquele momento, fiquei na dúvida entre um café forte ou um copo duplo de whisky, escolhendo a primeira opção por causa da situação; se eu bebesse agora, acabaria apagando pelo cansaço e me dar ao luxo de perder tempo dormindo, nesse momento não era uma boa ideia.
Respirei fundo enquanto me apoiei no balcão da cozinha para ligar a cafeteira. Apoiei meus braços na pedra e deixei que minha mente continuasse a me torturar.
Enquanto a cafeteira passava o café deixando o cheiro dos grãos torrados pairando pelo ar, me lembrei de Olivia e Aron. Eu havia prometido para Alice que conquistaria a confiança dela e resolveria tudo.
Só precisava colocar a cabeça no lugar e descobrir por onde começar!
E eu sabia bem o que precisava; eu teria que começar fazendo o certo. Eu precisava descobrir quem estava por trás desse acidente e pegar o verdadeiro culpado.
Ou culpada! – Pensei encarando a porta, tendo já a minha primeira suspeita.
Eu ainda tinha que trazer meu filho para o meu lado como Alice havia sugerido, mas como? – Me questionei mentalmente, ouvindo meu celular tocar.
Era Thomas.
Deslizei o dedo sobre a tela para o atender, soltando um suspiro pesado.
—Descobriu alguma coisa? – Perguntei.
—Senhor, eu consegui levar o celular para o conserto como havia me mandado, mas vai demorar alguns dias até recuperar todos os dados. Vou o mantendo informado. – Disse ele.
—Bom trabalho Thomas e tenha cuidado, as coisas parecem estar ainda mais complicadas do que pensei! – Falei o ouvindo desligar em seguida.
Respirei fundo e segurei a xícara, levando o líquido quente até os lábios. Naquele instante, minha mente ficou me atormentando com algumas cenas do passado. Tipo quando Olívia encontrava Sabrina na empresa e logo formava um bico nos lábios.
E também, tinha dias que ela se recusava se aproximar de Sabrina para realizar qualquer trabalho. Até cheguei a pensar que fosse uma implicância por ciúme.
Eu deveria ter prestado mais atenção! – Pensei me praguejando mentalmente.

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Os comentários dos leitores sobre o romance: DE REPENTE 30 e o presente foi um filho para o meu chefe.