Archie Simons –
Uma semana depois...
Eu estava sentado na poltrona observando Olívia atentamente e de repente escutei a porta do quarto se abrir.
—Bom dia! – Disse uma enfermeira entrando no quarto para verificar os sinais vitais de Olívia.
Eu me afastei um pouco, dando a ela espaço para trabalhar, mas mantive meus olhos atentos em cada movimento que ela fazia. Era como se minha intensidade pudesse trazer Olívia de volta.
A enfermeira então, terminou sua tarefa e saiu silenciosamente, nos deixando sozinhos novamente.
Respirei fundo e voltei minha atenção para Olívia, sentindo meu peito apertar ao vê-la tão vulnerável naquela cama de hospital.
E não tinha como eu não me sentir culpado.
Voltei a me sentar ao lado dela e então, me abaixei para encostar minha cabeça no travesseiro dela, sussurrando em seguida.
—Sabe, Olívia, eu não sou bom com palavras. Nunca fui e você sabe disso, mas acima de tudo eu preciso te dizer que...- Parei por um momento, tentando me recompor e lutar contra aquele turbilhão de emoções que estavam me dominando. Eu então, respirei fundo e continuei. — Eu queria que você soubesse que me importo muito com você. Eu faria qualquer coisa para fazer a gente dar certo de novo.
Falei aquilo de verdade; era o que eu realmente estava disposto a fazer.
Recomeçar! Fazer cada instante valer a pena!
E de repente, senti uma vibração vir da mão dela. Foi fraco e repentino.
Talvez tenha sido até coisas da minha cabeça, já que, quando depositamos esperança em algo, acreditamos que tudo se torna possível.
Então, Olhei para sua expressão serena e fechada, desejando loucamente que ela fizesse aquilo de novo.
Eu precisava de uma resposta, qualquer sinal de que Olívia estivesse me ouvindo.
Mas ela permaneceu imóvel, como se estivesse em um sono profundo do qual não conseguia acordar. E eu sabia que era o que realmente estava acontecendo ali.
—O que está se passando na sua mente, hum? Mesmo nessa situação, você ainda parece me odiar. Será que algum dia eu conseguirei mudar isso?
Fiquei ali por mais algum tempo, perdido em meus próprios pensamentos e remorsos. Pensei em todas as vezes que poderia ter agido diferente, em todas as oportunidades que deixei escapar. E agora, aqui estava eu, enfrentando as consequências de minhas próprias escolhas.
Não tinha um dia que eu não sentisse amargamente o peso de tudo e me sentisse um lixo por isso.
Finalmente me levantei daquela poltrona, sentindo uma enorme exaustão e vazio tomar conta de mim; mais uma vez.
Olhei uma para Olívia antes de sair do quarto, prometendo a mim mesmo que faria tudo para mudar essa situação.
Assim que cheguei no corredor do hospital, meu telefone tocou dentro do meu terno me tomando a atenção. Era Thomas!
—Senhor, você precisa vir para cá imediatamente. Encontramos algo que você precisa ver - Disse ele com urgência na voz.
—Estou a caminho! – Respondi desligando a ligação e assim que dei um passo, vi Alice se aproximar com umas sacolas em mãos.


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Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: DE REPENTE 30 e o presente foi um filho para o meu chefe.