Peguei o carro e dirigi até ela.
Sabrina estava em um quarto de hotel; um dos mais luxuosos da cidade.
Cheguei no lugar e parei o carro na porta, entregando a chave para o manobrista. Caminhei em direção ao quarto onde ela estava hospedada; eu havia recebido todas as informações pelo celular e decidi a surpreender.
Subi até a cobertura e bati na porta a vendo abrir animada, mas ao me ver, parecia que o semblante dela havia congelado.
—Archie? – Perguntou ela, mostrando-se completamente sem graça. —Como soube que eu estava aqui?
Quando ela perguntou, levei meus olhos ao corpo dela de cima até embaixo, encontrando-a coberta por uma camisa social.
—Oi querida, vamos conversar? – Perguntei arqueando uma sobrancelha, vendo-a se assustar. —Não vai me convidar para entrar?
Assim que ameacei dar um passo para dentro, ela estendeu as duas mãos em minha direção e saiu fechando a porta atrás dela.
—Archie eu estou com uma amiga lá dentro. Aguarde aqui que vou me trocar e já venho! – Disse ela, entrando no quarto novamente e com rapidez.
Naquele momento comecei a juntar as peças do quebra-cabeça, mesmo ainda o encontrando completamente bagunçado.
Ela veio até mim a dias atrás, mostrando o seu desespero. Tecnicamente, ela não me queria. A intenção dela era que eu não a descobrisse.
Será que ela estava com o verdadeiro culpado? – Me questionei pressionando forte os meus punhos. Minha vontade era de ir até lá e desmascará-los, mas eu ainda não tinha as provas completas.
Isso era frustrante, confesso. Cada passo que eu dava era como se voltasse para linha de largada novamente.
Respirei fundo vendo a porta do quarto dela se abrir novamente e então, Sabrina saiu de lá e me exibiu um sorriso. Um dos mais fingidos que já vi.
—Archie, vamos até o bar? De repente me bateu um calor! – Disse ela se abanando.
—Claro! Não quer convidar sua amiga? De repente ela também esteja com calor! – Falei ameaçando ir até a porta, mas ela me impediu e puxou meu braço.
—Ela está esperando alguém. Não vamos atrapalhar, não é mesmo? – Disse ela sorrindo novamente. —O que queria conversar? Estou curiosa.
Senti minha mão ser entrelaçada com a dela e naquele momento, senti uma repulsa tomar conta de mim. A parte mais complicada além de ter aquele contato com ela, era ter que colocar um sorriso superficial nos lábios para a convencer de que estava tudo bem.
—Vamos até o bar. Acho melhor mesmo nós termos um pouco de privacidade! – Falei a vendo sorrir.
Descemos até o bar do hotel; era um local de luzes baixas e em um tom mais frio.
No fundo tocava um jazz suave e baixo, dando um clima agradável para o lugar. No balcão havia algumas cadeiras de madeira e um garçom estava bem-vestido, realizando seu trabalho.
—Boa noite, o que vão pedir? – Perguntou o homem, parando de limpar as taças.
—Eu quero um whisky duplo, sem gelo por favor! – Pedi levando os olhos para Sabrina em seguida. —E você, Amor?
Ela então sorriu.
—Quero um suco! – Disse ela, fingindo ser delicada.
—É final de semana, vai mesmo ficar em uma bebida leve?
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Os comentários dos leitores sobre o romance: DE REPENTE 30 e o presente foi um filho para o meu chefe.