“Quem sou eu”????
Sorri sem graça, intercalando os olhos entre ela e a avó dela.
—Como assim? – Perguntei soltando um riso simplista, voltando a olhá-la fixamente. —Isso é alguma brincadeira?
Olívia encarou a avó e fechou o rosto.
—Vovó, quem é ele? – Disse ela, tocando na testa. —Minha cabeça dói!
Naquele momento, a avó dela sorriu e a ajudou a se deitar.
—Querida não seja indelicada! – Disse a mais velha me olhando. —Senhor Simons, podemos conversar um pouco lá fora?
—Claro! – Falei olhando para Olívia antes de me mover até a porta e então, vi que ela deu um sorriso simples, mostrando delicadeza.
Assim que sai do quarto, a senhora veio atrás de mim e soltou um suspiro enquanto fechava a porta atrás de mim.
—Senhor Simons... – Eu então a interrompi.
—Senhora Bianchi, o que está acontecendo? – Perguntei preocupado a vendo soltar o ar de seus pulmões de forma lamentosa.
—Ela acordou a poucas horas, isso já não é bom?
—Muito! Agora me diz, o que os médicos disseram? – Perguntei preocupado a vendo abaixar o olhar e mudar o tom de voz para algo lastimável.
—Ela perdeu a memória. Não se lembra de você, nem de que tem um filho. – Disse a mais velha, mostrando-se triste.
—O quê? – Perguntei a vendo me olhar e então, uma lágrima sai de seus olhos.
—Uma vez ela foi até você para te pedir ajuda, agora é a minha vez de fazer isso com ela. – Disse ela, segurando minhas mãos. —Eu estou desolada, o que devo fazer?
Soltei um suspiro profundo e encarei a parede da lateral, voltando a olhá-la em seguida.
—Eu não sei, mas vamos dar um jeito nisso! Primeiro cuide dela que eu cuido de Aron. Ao menos até a memória dela voltar! – Falei soltando as mãos dela e a dando as costas.
Me movi para a saída do lugar, indo até o estacionamento. E assim que entrei no carro, dei alguns murros no volante para descontar minha raiva.
—Droga, Droga! – Gritei com ira, ouvindo meu celular tocar. Deslizei o dedo sobre a tela do eletrônico, a tendendo em seguida.
—Oi Alice! – Falei soltando um suspiro.
—Eu soube do que aconteceu. Como você está? – Perguntou ela me comovendo.
—Como acha que estou? Do que adianta meus esforços se ela nem ao menos sabe quem sou?
—Quem disse isso? – Perguntou ela com irritação. —Archie, seja paciente. Ao invés de reclamar, você pode muito bem usar isso ao seu favor!
—Usar ao meu favor? – Perguntei apertando o celular com firmeza, tentando conter minha raiva. —Que tipo de pessoa acha que sou?
—A do tipo que faz tudo por amor. – Disse ela me acalmando. —Eu estou te perdoando porque vi tudo o que fez por ela nesse tempo. Suas noites em claro ao lado dela e os gastos com o hospital.
—É o mínimo Alice! – Respondi em resmungo a ouvindo suspirar.

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Os comentários dos leitores sobre o romance: DE REPENTE 30 e o presente foi um filho para o meu chefe.