Resumo de Capítulo 10 – Capítulo essencial de Desejo Pecaminoso por Cristina Rocha
O capítulo Capítulo 10 é um dos momentos mais intensos da obra Desejo Pecaminoso, escrita por Cristina Rocha. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
Cap. 10
Adele Miller
Acordo com o barulho do despertador. Fico um pouco desnorteada, por conta da bebedeira de horas atrás. Levanto-me indo para o banheiro, faço minha higiene, tomo banho e volto para o quarto. Vou até o closet para pegar o uniforme da escola, quando termino de me vestir vou até o espelho para ver como ficou. Para um uniforme, achei sensual demais. Porém, eu gosto, termino de me arrumar e saio do quarto pegando minha bolsa.
Assim que chego à cozinha, Jones e Louise, estão sentados comendo as suas refeições. Para não ser mal-educada cumprimento os dois, mas só a megera responde, Jones continua comendo sem me olhar. Pego um pão francês, acrescento uma fatia de queijo. Percebo que não tem suco na mesa, para não incomodar a Maria, me levanto indo até à geladeira. Quando volto, Louise não está mais na mesa, apenas Jones continua sentado.
Dessa vez ele olha para mim, avaliando a minha roupa. Pela cara que faz acredito que não aprovou, porém, não diz nada. Sento-me para começar a comer. Quando ele termina se levanta da mesa, passa por mim me encarando. Ouço a sua voz rígida atrás de mim.
— Dei ordens para o motorista, levá-la à escola. Não quero que você saia de lá sem ele, entendido? — A vontade que tenho é de não respondê-lo. Mas pelo tom da sua voz ele quer uma resposta.
— Sim, senhor. Não se preocupe, minha intenção não é lhe dar dor de cabeça — protesto ironicamente.
Ouço o barulho das solas do seu sapato, preencher o ambiente. Sinto a sua presença perto demais, a ponto de me derreter com o seu perfume. Meu corpo se arrepia quando o seu hálito refrescante, bate no meu pescoço. Sinto um formigamento em meu ventre quando ele diz no meu ouvido:
— Dor de cabeça, eu tenho desde quando coloquei meus olhos em você, garota. Entretanto, garanto que não é na cabeça que está pensando. — Dito isso ele sai, me deixando desestabilizada.
Termino meu café com os pensamentos longe. Saio de casa e encontro o motorista na porta, a minha espera. Ele não é tão novo, mas também não é velho, na minha opinião é bem charmoso.
— Bom dia — o cumprimento.
— Bom dia, senhorita. — Depois de entrarmos no carro, seguimos viagem.
Quando chego à escola, fico impressionada com a estrutura. Passo pelos corredores a procura da sala da direção, quando acho o diretor, ele me passa todos os horários e os livros que irei precisar. Depois me acompanha até à minha sala. Quando entro, recebo olhares curiosos, quatro meninas que estão em um grupo me olham diferente, mas tento não me importar. Assim que termina a apresentação, vou me sentar ao fundo da sala. Quando me viro para a frente, tem uma menina e um menino me encarando.
— Oi, me chamo Luna. Esse aqui é o Guilherme — A moça se apresenta sorridente.
— Mas pode me chamar de Gui. Apenas os mais próximos me chamam assim, flor — o rapaz comenta com uma voz fina.
— Como o diretor disse, me chamo Adele. Quem são? — Faço um gesto com a cabeça, apontando para as quatros garotas. — Gui faz uma careta antes de responder.
— Resumindo em uma frase, elas são as vacas da escola. Não ligue para elas, por mais que elas façam do seu ano um dos piores. Por isso quando essas putas vierem soltar o seu veneno peçonhento, as faça engoli-los.
— Isso mesmo, amiga, não dê o braço a torcer. — Já amei eles.
— Pode deixar, obrigada pelo aviso.
As horas se passam rápido demais, tento prestar a atenção na aula de filosofia, no entanto, fica difícil quando Luna e Gui me contam sobre as suas vidas. Quando o sinal bate ainda estamos na sala, pois com tanta falação não ouvimos o barulho estridente. Após sairmos da sala, fomos à cantina, pois em seguida teremos aula de física. Quando finalmente as aulas terminam, anoto o número do celular deles, afinal não posso perder contato, mesmo que de agora em diante eles serão minha companhia diária.
Assim que cheguei à minha casa, Maria disse que o almoço já estava pronto. Subo para tomar outro banho e me trocar. Desço para a cozinha para almoçar, pois estou com bastante fome. Faço a minha refeição ao lado da Maria. Enquanto almoço penso em ligar para Jones, para perguntar se posso comprar outro celular, pois o meu está piorando a cada dia.
Depois que termino, ligo para ele, mas o celular só chama, então resolvo ir até o Will, perguntar se ele pode me levar até às empresas Marshall.
— Will, você pode me levar até à empresa do meu pai? É que estou tentando falar com ele, mas o celular só chama. — Ele me olha um pouco relutante.
— Não sei se é uma boa ideia, Sra. Marshall.
— Vamos, Will, estou precisando de um celular novo e ele não atende. Caso ele reclame ou algo dê errado assumo toda a culpa, fique tranquilo.
Ele acaba concordando, volto para pegar minhas coisas em seguida saímos.
Will para o carro em frente a um edifício, onde toda a frente é espelhada. Um verdadeiro deslumbre, a meu ver. Will desce e abre a porta para que eu possa descer.
— Informe na recepção que é filha do Sr. Marshall, a recepcionista irá conduzi-la ao andar correto.
Quando atravesso o hall, fico ainda mais maravilhada com o luxo do local. Chegando à recepção, pergunto a recepcionista onde fica o andar de Jones. Ela me encara como se não quisesse me dizer, porém, no fim ela acaba informando.
O escritório de Jones fica no último andar do prédio. Saio em disparada em direção ao elevador. Quando as portas se abrem vejo um corredor, apenas com duas salas. Ambas tem uma mesa ao lado, no entanto, uma das mesas está vazia. Na outra mesa tem uma mulher de pele branca e cabelos negros moldando o seu rosto. Assim que ela nota a minha presença, seu sorriso fica evidente para mim.
— Olá, você poderia me dizer qual dessas salas é a do Sr. Jones? — pergunto.
— Essa aqui — responde apontando à sua esquerda. — Essa outra é a do Sr. Théo. Caso queira falar com o Sr. Jones vou precisar anunciá-la, senhorita.
— Não precisa sou a filha dele, acho que ele não irá me proibir de entrar.
— Percebi hoje. Bom... mas se me der licença, vou ao shopping.
— Tenha cuidado e trate de mudar essa carinha. Você é muito nova para se preocupar com as rapidinhas do seu pai.
Quando entro no carro ligo para Luna e Gui, para que me encontrem no shopping. Will estaciona e desço, dizendo que ligarei quando for embora, assim ele poderá vir me buscar. Na porta do shopping consigo ver meus novos amigos. Eles me ajudam a escolher um celular, depois vamos para um salão dentro do shopping, onde já costumam ir.
Dou muitas risadas com as histórias do cabeleireiro que é amigo da Luna e do Gui. Mesmo depois de tudo que vi, consigo sorrir. Assim que nossos cabelos estão prontos, nos despedimos de Luiz com a promessa que iremos a boate, juntos. Passo pela praça de alimentação para comermos, quando termino, verifico as horas e são 18hr. Faço meu pedido e eles pedem o mesmo. Como pouco para conseguir jantar, quando chegar em casa. A comida de Maria é maravilhosa e não quero desperdiçar o seu trabalho.
Quase morri de tanto rir, Gui está paquerando um menino que está a poucos metros de distância de onde estamos sentados. De repente a namorada do rapaz chega e Gui fica com a cara no chão. Depois do ocorrido me despeço e ligo para o Will, vir me buscar. Após alguns minutos, vejo um jaguar XJ50 preto, estacionar bem à minha frente. O vidro abaixa e vejo Jones, no volante.
— Vim buscá-la pessoalmente. — Entro no carro em silêncio.
O carro por dentro é perfeito, ele cheira muito bem. O perfume natural do carro novo, se mistura com o de Jones. Já tinha visto esse carro em revistas, mas nunca pessoalmente, muito menos imaginei entrar em um. Pelo canto de olho, consigo ver o seu olhar penetrar os meus poros. Ele volta a olhar para a estrada, depois de alguns minutos ele diz:
— Tem certeza que não quer jantar comigo? Conheço um restaurante que fica aqui perto — ele insiste sem desviar o seu olhar da estrada.
— Obrigada, mas creio que você tenha outras opções além de mim — reitero fingindo não me importar. Entretanto, por dentro sofro com as lembranças do seu escritório. Ele para o carro bruscamente em uma rua deserta, tira o seu cinto e depois faz o mesmo com o meu. Em um movimento rápido ele me tira do meu acento e me senta em seu colo.
— Você tem que entender que não existe outra pessoa mais importante para mim, a não ser você, Adele. — Fico perdida em ouvir o que ele diz e prestar a atenção na minha bunda que está esmagando o seu pau embaixo de mim.
— Não preciso da sua atenção ou afeto, já passei tempo suficiente sem ela. Agora não faz tanta diferença.
— Adele, estou confuso com os meus sentimentos. Eles estão longe de ser apenas carinho de pai e filha e estou me sentindo um filha da puta por estar vendo você com outros olhos. Talvez seja o tempo que passamos sem nos conhecer... Não sei, mas estou enlouquecendo.
Ele passa leva a sua mão em meu rosto, desce pelo meu pescoço e dá uma atenção especial em meu decote. Sinto com mais firmeza o seu pau, quando ele segura minha cintura fazendo pressão em nossos sexos. Minha respiração fica pesada quando ele toca os meus lábios, me puxando mais para ele, intensificando o nosso beijo. Porém, me afasto alisando a sua barba por fazer.
— Não vamos começar o que não deveria acontecer. Você é meu pai e a sociedade não iria entender... É melhor irmos para casa e esquecer tudo isso.
Ele concorda com um aceno, depois volto para o meu lugar. O restante do trajeto até em casa, é feito em total silêncio.
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Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Desejo Pecaminoso
Amei!! Já quero o segundo livro Desejo ardente 🙂...
Amando d+++++...