Cap. 14
Adele
Depois de horas ouvindo coisas desnecessárias pelo celular, o desliguei e me deito sobre a cama. Tento não pensar no fato em que Jones, está trancado com Louise no quarto. Quando estou quase dormindo, meu celular vibra em cima do colchão. É uma mensagem de um número desconhecido.
— Oi... Você se senti melhor? — Pelo conteúdo da mensagem, concluo que o dono do número misterioso é Murilo.
— Olá... Sim, mais uma vez quero agradecê-lo pelo ocorrido na festa. Sem você, nem sei o que teria acontecido. Devo confessar que sou uma catástrofe, em relação à festa.
Se passam alguns minutos antes da sua resposta, quando já estava desistido o celular vibra em minhas mãos.
Murilo: Não vou lhe julgar, o meu histórico não é um dos melhores. O que você acha de sairmos, para nos conhecermos melhor?
— Claro, sem problema. Você deveria vir jantar aqui, qualquer dia desse.. — Dessa vez ele não demora, para responder.
Murilo: — Por mim tudo bem. Agora tenho algumas coisas para resolver, depois te ligo para marcarmos o dia de sua preferência.
Encerramos a conversa. Me deito novamente e adormeço rapidamente.
A luz do sol invade o quarto, me fazendo despertar. Vou até à janela abro as cortinas, deixo a luz entrar com mais intensidade. Caminho até o banheiro para tomar banho e fazer minha higiene. Desço para tomar café da manhã, quando termino Will me deixa na escola.
Hoje teremos aula de educação física, o professor fez a separação do time já que optamos por jogar futebol. Durante uma corrida quando estava me preparando para fazer um gol, Rebeca vem por trás e esbarra mim de propósito, com isso acabo caindo de cara no chão. Por conta do impacto acabo machucando meu cotovelo e a testa.
— Oh... Me desculpe, juro que não foi porque eu quis — A desgraçada fala com deboche. Gui e Luna vem ao meu encontro e me ajudam a levantar.
— Florzinha, você está bem? Quer que eu te leve para o hospital? Quantos dedos tem aqui? — Gui pergunta desesperadamente fazendo sinais próximo ao meu rosto. Dramático!
— Não é para tanto, Guilherme. Mas não fiquem preocupados... Isso não ficará assim.
— Teremos vingança, amiga? — Luna pergunta animadamente. Apenas confirmo com um aceno.
Quando o jogo termina, todas vamos para os vestiários para tomarmos banho. Entretanto, vou primeiro que as meninas. Pego o shampoo Rebeca, despejo dentro meio tubo de cola branca. Fico esperando o momento em que o show irá acontecer, não demora muito para os seus gritos serem ouvidos pela escola toda. Sorrio olhando a cena patética de suas amigas, em uma tentativa falha de tirar a cola dos seus cabelos.
As meninas só pararam de rir horas depois. Não queria ter feito isso, mas foi preciso, pois nunca troquei uma palavra com a Rebeca, para receber tal tratamento. Quando as aulas terminaram, Will já estava me esperando ao lado de fora.
Ao passar pelos portões da linda mansão, vejo a correria de pessoas decorando o jardim e a parte interna da casa. Como sempre nunca sou notificada, não tenho nenhuma importância. Passo direto para a cozinha, a procura de Maria. A mulher corre de um lado para o outro, com as panelas nas mãos.
— O que está acontecendo, Maria? — Ela para de andar, dando-me a sua atenção.
— Minha querida, você nem sabe o quanto essa casa hoje está uma correria. Seu pai pela amanhã, informou que teria uma festa hoje de última hora. Não sei o motivo da comemoração — ela diz, em seguida volta a fazer o que estava fazendo.
Dou meia-volta, subo para o quarto, tomo banho e depois desço para almoçar. Assim que termino, vou para a biblioteca, preciso fazer algumas pesquisas para as provas que já começarão na próxima semana.
Passo o restante do dia perdida entre os livros e fazendo pesquisas no notebook. Minha atenção é desviada pela porta sendo aberta, Jones passa ela e meu coração dispara. Não adianta, meu corpo sempre agirá assim quando o ver. Ele está tão lindo, usando um calção fino e uma camiseta preta. Seus cabelos estão molhados, deixando algumas gotas descerem pela sua testa.
Ele se aproxima se apoiando na mesa, cruza os braços e me encara. Abaixo o meu olhar, me sentindo invadida diante do seu. Depois de um tempo ele diz:
— Vai me dizer como foi parar na casa do sobrinho de Louise? — Ouço a sua voz extremamente sexy, ecoar.
— Melhor não saber... Não tenho nada para dizer, afinal de contas a mamãe já conversou comigo — respondo fingindo mexer em um dos livros.
— EU SOU SEU PAI, PORRA! AGORA ME DIGA. — Estremeço ao ouvir o seu grito, extremamente alterado. Remexo-me na cadeira, então resolvo dizer o que tanto quer ouvir.
— A festa que fui era promovida pelo Murilo, porém, não sabia que a festa em si era dele.
— Quero entender qual o motivo de você chegar com ele aqui? — pergunta irritado. Olho para a sua boca, que parece tremer um pouco devido ao nervosismo.
— Bebi um pouco além da conta, quando estava prestes a fazer uma grande besteira, Murilo, me impediu. Então acordei na casa dele, no dia seguinte. — Ele sai do lugar que estava antes, se aproximando mais.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Desejo Pecaminoso
Amei!! Já quero o segundo livro Desejo ardente 🙂...
Amando d+++++...