Emma desceu do carro após estacionar e foi até Loui.
— Vem!
Ela não perguntou nada. Ela mandou que ele fosse com ela. Loui, ao ver quem era, tentou virar o corpo, mas ele estava fraco e Emma não permitiu, arrastando-o para o veículo, abrindo a porta de trás e o colocando ali.
Ela dirigiu rapidamente para o próprio apartamento e, quando estacionou na garagem, olhou para trás.
— Sem questionamentos, sem birra: vamos subir, eu vou cuidar dos seus ferimentos e, depois vamos conversar.
A forma decidida como ela falou fez Loui optar por obedecer. Ele estava cansado, dolorido, e não seria nada mal ter aquela mulher cuidando dele.
Ela apontou para o sofá assim que entraram e seguiu para dentro de um quarto. Ele se sentou e ouviu alguma coisa batendo, algum móvel, e logo depois, Emma apareceu, segurando uma maletinha de primeiros-socorros.
Sem falar nada, Emma começou a limpar o rosto dele e a aplicar medicação, que ardia. Como ele segurava o abdômen, ela fez sinal para que ele levantasse a blusa.
— Não é prudente.
— O que foi? Acha que eu vou me aproveitar, é isso? — ela perguntou e Loui fechou os olhos. — Anda, Loui Jarvis!
Ele começou a levantar a blusa azul, larga, mas Emma notou a dificuldade dele e colocou a mão na barra da blusa. Loui olhou para ela e ela apenas devolveu com um olhar de impaciência. Loui aceitou a ajuda e, logo, estava sem blusa, apenas de calça.
Emma lembrou a si mesma que estava ali cuidando de um ferimento — o roxo já estava bem forte. Ele tinha apanhado feio —, e não para secar o corpo de Loui.
Ele não era super musculoso, mas tinha uma boa definição. Ele se exercitava em casa, mesmo, já que não podia desperdiçar dinheiro com academia. Damian tinha convidado-o para ir com ele, mas ele preferiu não. Seria um problema explicar que era o patrão pagando.
Emma achou que ele era perfeito como era. Tudo exatamente no lugar, sem ser forte demais, algo que ela não apreciava muito. E… quando ela se aproximou mais, os olhos não puderam deixar de ir para a outra peça de roupa dele. Emma e ele não tinham avançado demais, quando estavam se curtindo, mas ela sentiu por cima da roupa que ele tinha sido bem agraciado, naquele departamento.
Ela se levantou e foi buscar um copo de água, estendendo a ele um comprimido.
— Como arranjou isso? — Emma perguntou. — E não se atreva a dizer: me bateram. Isso eu já sei!
Ele não disse nada. Emma levantou os olhos e o encarou.
— Loui?
O rosto dele se virou levemente para o lado, evitando-a.
Emma soltou o ar, exasperada e frustrada, levantando-se, com raiva.
— Eu não acredito que, mesmo depois disso aqui, você vai continuar escondendo as coisas de mim! — Ela soltou o ar. — Você e eu estávamos bem, daí, do nada, você surtou. Eu não mereço nem mesmo uma explicação? Heim? Nem que seja um: não tô interessado em você!
Ele pegou a blusa dele e a colocou de volta, mesmo fazendo careta.
— É o melhor. Principalmente pra você.
— Eu tenho o direito de escolher o que é melhor pra mim! — Emma insistiu, pegando a blusa dela e a colocando, mesmo sem lingerie por baixo.
Loui não olhou para ela, para como ela estava prestes a chorar.
— Me desculpa.
Ele abriu a porta e saiu. Emma atirou o rolo de esparadrapo na porta, assim que essa se fechou.
— Você é… argh!
*** *** ***
Damian recebeu uma ligação da polícia.
— Pegamos o culpado.

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