A reportagem já estava no ar fazia menos de uma hora quando Isadora arremessou o celular contra a parede, fazendo-o se despedaçar.
— Aquela desgraçada! — gritou, os olhos em chamas. — Ela teve a audácia de me expor!
Carlos Ferraz tentou manter a calma. Estava de pé ao lado da janela do escritório da mansão, mas sua expressão estava tensa.
— Eu disse que ela poderia reagir, Isadora. Você a provocou demais...
— Eu a provoquei?! — Isadora virou-se para o pai, os cabelos desgrenhados e os olhos vermelhos. — Acha mesmo que vou aceitar isso calada? Todo mundo sabe agora que você teve uma filha fora do casamento! Que a santa Helena expôs o segredo que eu carreguei por anos só pra proteger você!
— Você carregou porque quis manter os privilégios! — Carlos respondeu, perdendo a paciência. — Você sempre soube quem era. Sempre soube que era minha filha. E usou isso pra se colocar acima da Helena desde o começo!
Isadora deu uma risada seca.
— E funcionou, não funcionou? Mamãe chorava pelas costas, e você me dava tudo. Ela era a sombra, e eu era o sol. Mas agora... agora essa sombra resolveu brilhar e apagar tudo o que conquistei.
Ela começou a andar em círculos, descontrolada.
— As redes sociais estão me destruindo. Me chamando de impostora, de víbora. Tudo porque ela resolveu bancar a mártir!
Carlos esfregou as têmporas, exausto.
— Precisamos controlar o estrago. Emitir uma nota. Reverter a narrativa.
— Não! — ela o interrompeu. — Eu vou acabar com a imagem dela. Essa história ainda não terminou.
Do outro lado da cidade, Helena observava a repercussão da entrevista com serenidade. A internet estava tomada de mensagens de apoio:
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