O sol mal havia surgido no horizonte quando Carlos Ferraz foi despertado pelo som estridente do celular. Atendeu no segundo toque, sem sequer olhar o número.
— Diga que encontraram ela! — rosnou, sem cumprimentar.
— Temos um problema, senhor — a voz do segurança soou abafada, nervosa. — Luciene já não está mais no país. Comprou uma passagem ontem à noite e embarcou em um voo particular para fora.
Carlos sentiu o corpo inteiro gelar.
— COMO ASSIM? — gritou, levantando-se tão rápido que quase derrubou a cadeira. — Quem autorizou esse voo? Quem pagou?
— Estamos apurando, mas... — o homem hesitou. — Tudo indica que foi a... Helena.
Carlos atirou o telefone contra a parede com tanta força que o aparelho se despedaçou.
— Maldita... — cuspiu as palavras. — Aquela desgraçada armou tudo isso!
No apartamento de Helena, Júlia pulava de empolgação.
— É sério, Helena! Isso aqui tá parecendo cena de novela! — Ela mostrava mais e mais postagens. — Você virou o assunto principal da cidade inteira. Todo mundo querendo saber quem é a mulher que humilhou a elite hipócrita de Montserra.
Helena apenas sorriu, tomando um gole de café. Seu olhar estava fixo na tela do notebook, onde os últimos contratos e documentos estavam sendo revisados.
— Eles achavam que podiam me destruir... — murmurou, ajeitando os óculos no rosto. — Só esqueceram de um pequeno detalhe: quem nasce subestimada, aprende a ser perigosa.
O celular vibrou. Era uma mensagem de Leonardo.
Leonardo:
"Prepare-se. Quero você pronta em uma hora. Temos uma reunião que vai mudar tudo."
Helena sorriu, sem conter o frio na barriga que sentia toda vez que lia algo vindo dele. Havia uma tensão estranha entre eles. Algo que beirava o perigo... e a atração.
Enquanto isso, na mansão dos Ferraz, Isadora socava as paredes, transtornada.
— ELE NÃO ATENDE! — gritou, jogando o telefone no chão. — Aquele homem prometeu que resolveria... PROMETEU!
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