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Ela Casou com o Chefe romance Capítulo 37

O sol de Montserra parecia diferente naquela manhã. Mais brilhante, mais quente. Ou talvez fosse apenas Helena que agora via o mundo sob uma nova perspectiva.

Ela caminhava firme pelos corredores da empresa, cabeça erguida, salto ecoando com elegância e imponência. Os olhares se voltavam para ela — alguns de admiração, outros de puro respeito... e até de medo.

Funcionários que antes a ignoravam agora abaixavam a cabeça ou se apressavam para cumprimentá-la.

— Bom dia, senhora Martins. —

— Doutora Helena, precisa de algo? —

— Posso ajudar em alguma coisa? —

Ela apenas sorria de canto, mantendo a postura.

A mulher submissa e invisível que aceitava migalhas... tinha ficado no passado.

Na sala de reuniões, Leonardo a esperava de pé, ao lado da mesa, com aquele olhar que só ele tinha: arrogante para o mundo, mas absolutamente vulnerável quando pousava sobre ela.

— Achei que você não ia aparecer. — Disse ele, cruzando os braços, tentando esconder o sorriso.

Helena arqueou uma sobrancelha, se aproximando.

— E perder a chance de ver alguns rostos engolindo a própria língua? Jamais. — respondeu, com aquele tom ácido que ele havia aprendido a amar.

Leonardo segurou-a pela cintura, puxando-a para mais perto.

— Você está... — Ele parou, olhando-a dos pés à cabeça. —... simplesmente deslumbrante.

Ela sorriu, deslizando a mão pelo peito dele, até seu pescoço.

— Cuidado, Torres... está começando a parecer que você está apaixonado.

Ele apertou ainda mais sua cintura, os olhos faiscando.

— E se eu estiver? — respondeu, rouco.

Helena abriu um sorriso largo, mas se desvencilhou, mantendo a pose.

— Então você vai ter que se esforçar mais... porque agora eu sou uma mulher muito, muito difícil de conquistar. — piscou, caminhando até a cadeira.

Leonardo balançou a cabeça, rindo baixinho, completamente rendido.

As notificações não paravam no celular de Helena. Matérias, comentários, vídeos viralizando. A cidade inteira falava seu nome.

“Helena Martins: De rejeitada à mulher que derrubou o império Ferraz.”

Mas ele a interrompeu.

— Eu me apaixonei por você, Helena. De verdade. Desde que você entrou na minha vida, eu nunca mais fui o mesmo. E quer saber? Eu não quero ser o mesmo. Eu não quero mais fingir.

Ela ficou em silêncio por alguns segundos. Então sorriu, mordendo o lábio, segurando as lágrimas.

— Sabe o que é engraçado? — perguntou, segurando o rosto dele. — É que... quando eu decidi me vingar, achei que ia sair destruindo tudo e todos. Menos meu próprio coração.

Ele sorriu, puxando-a para perto.

— Então... deixa eu ser o único estrago que você não conserta.

E então ele a beijou. Um beijo cheio de promessas, de paixão, de entrega. Um beijo que selava não só um novo começo... mas o fim de qualquer dor que um dia ousaram causar a ela.

Porque agora... Helena tinha tudo.

Poder. Respeito. Amor.

E, principalmente...

A si mesma.

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